Capítulo 59

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Max Verstappen

Certeza que ela vai estar rindo. Ela vai mesmo fazer isso, não é? Meu Deus, eu sei que vou encontrar Giulia com os olhos cheios de lágrimas de tanto rir quando sair dessa palhaçada. Quem teve essa ideia? Estamos aqui para correr, não para participar desse circo.

Deixe-me adivinhar, alguns burocratas acharam que seria uma excelente ideia trazer mais "diversão" para a Fórmula 1. Agora me sinto como um palhaço, e sei que meu sentimento vai piorar quando ver minha namorada se divertindo à minha custa.

— Ela não vai te dar um minuto de paz. — Checo comenta, lendo meus pensamentos quando Giulia aparece.

— Giulia, não. — É minha primeira reação quando a vejo.

Seu rosto está vermelho de tanto rir, e ela tem os olhos cheios de lágrimas, como previ. Mas, para surpresa de todos, ela está usando uma camiseta enorme com meu rosto photoshopado junto com uma fantasia de Elvis Presley.

— Eu amo esse circuito. — Ela diz enquanto se aproxima.

A equipe inteira está rindo, e quando penso que o espetáculo acabou, ela passa os braços em volta de mim, tirando meu boné e colocando uma peruca na minha cabeça.

Como previsto, todos os celulares estão apontados para nós com os flashes ligados. Não consigo evitar o riso, afinal, o quanto isso vai repercutir não está escrito. Mas, pelo menos, ela me faz rir nesses momentos inusitados.

— Deixe de rir desse jeito, você sabe que quando ri assim, faz xixi e fica sem ar. — Comento, tentando ser útil, mas recebo um tapa em troca.

— A culpa é do meu filho que está aqui. — Ela diz, acariciando a barriga.

— Do nosso filho.

— Meu filho, está aqui dentro.

— Nosso filho, colocou aí sozinha? — Faço uma cara de indignação brincalhona, provocando-a.

E ela me lança o olhar mais travesso do mundo, já sabia que deveria ter ficado quieto nesse exato instante.

— Praticamente, você só ficou lá deitado. Eu que dei meu máximo. — Ela diz rindo e eu reviro os olhos.

Que esse bebê puxe a mim, porque o pessoa para ter resposta rápida e adiada igual ela. Imagina como que eu vou sobreviver em uma casa com dois Salvatores?

A resposta era simples: eu não sobreviveria, especialmente se fosse uma menina. Giulia já me domina completamente, e se nossa bebê for uma menina, sei que serei totalmente submisso, meu mundo inteiro se tornaria dela.

A transformação desde o início do ano foi surreal. Ser campeão novamente e, ao mesmo tempo, me tornar pai no final do ano era algo que nem nos meus melhores sonhos eu imaginava. Quando conheci Giulia, sabia que ela mudaria minha vida, mas inicialmente, achei que seria uma reviravolta temporária. No entanto, a vida tinha outros planos para nós. Me apaixonei profundamente, comecei a fazer terapia, e a cada dia me esforço mais para ser o melhor para ela e para nosso bebê.

Ser o homem mais feliz do mundo não é um exagero quando vejo Giulia rindo, passando a mão carinhosamente pela barriga. Ela é, sem dúvida, a grávida mais linda que já vi. Dizem que as mulheres ficam mais lindas grávidas, mas Giulia transcende essa ideia.

— Você está fazendo isso de novo. — Ela diz, estalando os dedos na minha frente. — Me olhando como se eu fosse a melhor coisa da sua vida.

Eu não pude evitar, dei um sorriso bobo.

— Linda, você é a melhor coisa da minha vida. E agora, com esse pacotinho de alegria a caminho, nosso mundo está ficando ainda mais incrível. — Coloco as mãos suavemente sobre a barriga dela, sentindo o pequeno ser que está se desenvolvendo ali.

Ela revira os olhos, mas o sorriso revela que ela gosta da minha resposta.

— Max, pare de filosofar, por favor. — Ela ri, empurrando gentilmente meu ombro.

— Você não me deixa ser fofo um minuto se quer. — Reclamo e ela ri.

•••

Quatro dias depois

Max Verstappen

Após o agitado GP de Las Vegas, seguimos para um momento ainda mais emocionante, especialmente para Giulia, que carregava nosso pequeno campeão. Em Mônaco, não estávamos buscando a velocidade das corridas, mas algo muito mais especial: a revelação do sexo do bebê.

Confesso que estava mais nervoso que ela, resistindo à tentação de puxá-la rapidamente para a sala e descobrir o sexo do nosso filho.

— Vai dar tudo certo, Giulia. — Tentei tranquilizá-la, segurando sua mão. Contudo, a verdade é que estava tentando me acalmar. — Não importa o que seja, seremos uma família incrível.

Ela sorriu, e naquele momento, eu soube que, independentemente de ser um mini Max ou mini Giulia, nossa vida mudaria para melhor.

— Você está falando isso mais para se acalmar, né? — Ela gargalhou. — Nem parece que vai ser campeão de novo da Fórmula 1.

Brinquei:

— Definitivamente, ele não pode puxar seu jeito.

Antes que ela pudesse responder, o médico chamou nosso nome, e lá fomos nós, ansiosos para vislumbrar a primeira imagem clara do nosso bebê.

— O coração está batendo forte e saudável. — O médico afirmou durante o ultrassom.

Ficamos maravilhados com a visão da pequena criaturinha em crescimento. A felicidade nos olhos de Giulia era indescritível.

— E agora, vocês querem saber o sexo? — O médico perguntou.

Giulia olhou para mim, e eu assenti. Com um sorriso, o médico revelou o segredo.

— É...

The Contract • Max Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora