NarradorGiulia seguiu Max pelo paddock de Spielberg, ambos mergulhados em um silêncio tenso desde o desfile da Louis Vuitton. A chateação ainda pesava em seu coração, e ela preferiu ficar em outro quarto no mesmo andar do hotel para evitar confrontos. No entanto, Max não havia falado com ela desde então, alimentando ainda mais a raiva dela.
Por mais arrependido que Max estava, ele era orgulhoso demais para falar, então ainda não tinha pedido desculpas para ela. E quando ela pegou um quarto para ela, pensou que Giulia era infantil e não sabia lidar com seus problemas.
Afinal era mais fácil ver no outro o que você via em você. E agora eles andam juntos para a Red Bull, Max a dois passos à frente de Giulia que estava ocupada organizando a agenda nele no tablet, a brasileira estava tão decidida a ignorar Max, que não percebeu quando o piloto parou de andar e ela bateu em seu corpo.
Seu tablet quase vai para o chão, mas ela se recupera rápido, pronta para xingar Verstappen, que estava igual uma estátua na sua frente, mas ela não faz isso, quando entende o porque ele para.
Jos Verstappen estava ali.
Quando Giulia percebeu a presença de Jos Verstappen, conversando com os engenheiros de Max, pensou em sair dali, considerando que aquela discussão era um problema dele, não dela. No entanto, as mãos de Max seguraram as suas, como se pedisse socorro, ela tenta, tenta várias vezes fazer ele soltar seus dedos, mas Max reluta apertando mais, ele não queria passar por isso sozinho.
O pai de Max, ao vê-los, se aproximou com um misto de emoções.
— Finalmente! — O pai de Max exclama quando vê os dois, e anda em direção a eles. — Filho.
— Não sabia que você viria. — Max diz ainda apático com a situação, e quando seu pai o abraça sua mão continua segurando a de Giulia.
— Você ainda está aqui. — O mais velho diz com um certo nojo na voz ao olhar para a brasileira.
Giulia reprimiu o desejo de desferir golpes com o tablet e encarou Jos com uma expressão de desdém, sem esconder o nojo que sentia.
E ele revira os olhos quando desce a mão e vê as do filho entrelaçada com a delas, e só para irritar Giulia entrelaçada os dedos direito com os de Max e se próxima com o corpo do piloto.
— Também é um desprazer ver você, Jos. — Giulia diz com um sorriso no rosto. — Com a graça de Jesus ele não é meu progenitor e eu tenho que falar com os meninos de filmagem. — Giulia se vira para Max, com um grande sorriso dizendo "bem feito". — Bom treino, te vejo na coletiva.
Depois de uma despedida irônica a Max, ela se aproximou para dar-lhe um beijo no rosto, mas não mais um selinho como antes. A reação do piloto ainda era apática, abalado pela surpresa da presença de seu pai no GP da Áustria.
— Podemos almoçar juntos? — Max questiona Giulia antes dela sair do seu lado.
— Não vou almoçar com Lando, mas almoça com seu pai. — Ela diz ironicamente e se vira para Jos. — Antes que eu me esqueça, Jos: Vá a merda.
Enquanto Giulia se afasta do meio dos dois Verstappen, Max fica ali com seu pior pesadelo: seu pai. A relação entre os dois era impregnada de mágoa, e Max tinha certeza de que, se seu pai pudesse voltar no passado, ele não teria permitido a gravidez de sua mãe; Jos odiava ser pai e Max sabia disso.
Max não podia ser menos que excelente para Jos, era sufocante! Ele nunca era bom o bastante, segundo lugar nunca foi bom, primeiro sempre foi por outro motivo que não era ele, Jos sempre fazia questão de reforçar para Max que ele era inútil, nunca bom o bastante para nada.
E ele entendia que todas as suas inseguranças era por culpa do cara que estava bem a sua frente, era por causa dele e de seu jeito fudido de criação, que Max não se achava bom o suficiente para nada, nem para Giulia.
Principalmente para Giulia. E ver ela saindo da sala, com seu pai a sua frente, apenas confirmava que ele estava deixando ela escorrer de sua mão, assim como areia escorre pelos dedos.
— Não me faça passar vergonha e tempo. — Jos fala despertando o filho dos pensamentos, e fazendo ele tirar os olhos de Giulia.
Max sentiu um aperto no peito ao ouvir as palavras de seu pai, e uma mistura de emoções o invadiu. Raiva, ressentimento e uma profunda tristeza. Ele não queria admitir, mas Jos tinha o poder de afetá-lo como ninguém mais.
— Não estou aqui para te envergonhar, Jos. — Max respondeu, lutando para manter a calma. — Estou aqui para correr e dar o meu melhor.
Seu pai lançou um olhar desdenhoso para ele, como se não acreditasse em suas palavras. Vendo que o olhar do filho se direcionava para porta onde Giulia tinha saído.
Ele sentia um nó na garganta e queria gritar para ela voltar, mas sua teimosia o impedia de agir. Jos Verstappen olhou para o filho, com uma expressão que misturava desdém e preocupação.
— Você não pode continuar assim, Max. — Jos disse em tom sério. — Essa garota não é boa para você. Você precisa focar em sua carreira.
Max sentiu a raiva borbulhar dentro de si. Seu pai sempre fora assim, sempre criticando e subestimando seus esforços. Ele não suportava ser julgado, principalmente quando se tratava de Giulia.
— Você não entende nada! — Max respondeu, sua voz carregada de frustração. — Giulia é importante para mim, e eu não vou abrir mão dela por causa das suas opiniões.
Jos suspirou, olhando para o filho com uma mistura de pena e irritação.
— Você sempre foi teimoso, como sua mãe. — Ele disse. — Mas não posso ficar calado vendo você se afundar em problemas.
Max apertou os punhos, lutando contra o desejo de gritar com o pai. Ele sabia que Jos nunca seria capaz de entender o que ele sentia por Giulia, e isso o deixava ainda mais furioso.
— Não vou discutir isso com você, pai. — Max falou, sua voz firme. — Giulia é minha escolha, e eu não vou abrir mão dela por causa de suas opiniões ultrapassadas.
Com essas palavras, Max se afastou de Jos
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The Contract • Max Verstappen
FanfictionNa história, Max Verstappen, um piloto de Fórmula 1, se vê envolvido em um namoro de contrato com Giulia, uma jovem determinada e destemida. Embora o relacionamento comece como uma estratégia de marketing, os sentimentos começam a surgir à medida qu...