Bela - Parte 2

194 4 0
                                    

Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

Após entrar e se sentar, o mesmo estendera a mão e cumprimentara Bela, a beijando no rosto. A garota torcia para que ele não tivesse notado o quanto tremia. Sua garganta tinha ficado seca enquanto admirava aquele olhar sério, aqueles cabelos castanhos com uns poucos fios grisalhos penteados para o lado sem deixar um único fio perdido. Pela pele tão macia em sua face era claro que fazia a barba todos os dias e o cheiro de sua colônia invadira o carro.

—Enfim, nos conhecemos – dissera ele com um sorriso de dentes brancos que cairia com perfeição em qualquer comercial de creme dental – Garanto que responderei tudo que quiser saber nessa noite. E quero saber muito sobre você também. E me perdoe por não começar com essa observação, mas devo dizer, pessoalmente você é ainda mais linda que pela webcam ou nas fotos.

Quando Isabella colocara o carro para andar novamente, mordera de leve o lábio inferior contendo um suspiro. Que idade ela tinha realmente? Parecia uma adolescente! Por que de repente os painéis coloridos do Jetta lhe pareciam como arco-íris? Só tinha certeza de uma coisa, seria dele, como a desejasse.

Já haviam se falado tantas vezes que aquele encontro parecia mais natural que quando saía com o namorado. Era como o conhecesse há anos, como se estivessem juntos desde muito tempo. Enquanto conversavam ela tinha vontade de parar o carro ali mesmo, em qualquer lugar e se entregar a ele sem demora.

A voz e as palavras daquele homem a seduziam, era a mesma pessoa com quem sempre falara pela internet, mas muito mais galanteador quando o ouvia pessoalmente. Bela sabia que o relacionamento entre ambos era não mais que amizade, mas ali, ao lado dele, o que ela sentia era um misto de desejo, tesão, carinho, paixão. Uma mistura de sentimentos doces e prazerosos que ela não sabia descrever. Estava prestes a explodir por dentro.

Isabella, em seu íntimo, queria negar para si mesma que quase gozara sem acontecer nada demais em um momento quando ele, de surpresa, pedira que ela parasse o carro. Estacionara embaixo de uma árvore de copa bem grande, frente a uma casa que parecia vazia e desligara o motor.

O que ele queria que não poderia esperar até chegarem ao restaurante?

Por um instante lhe ocorrera que ele poderia estar desistindo e seu mundo quase ruiu. Qual era o problema com ela? Aquele homem charmoso e sedutor era apenas um amigo, não o namorado!

Felizmente Lucian não dera tempo para que Bela pensasse demais. Antes que ela perguntasse qualquer coisa, aquele estranho de palavras amáveis levara uma das mãos até sua cintura enquanto a outra lhe acariciava a face e a puxando para junto dele, envolvera seus lábios em um beijo de língua com o qual ela sonhava desde muito tempo atrás.

Quando Bela sentiu os lábios daquele homem roçando nos seus e sua língua procurando pela dela, seu corpo todo estremeceu e ela ficou solta, mole, lenta, incapaz de oferecer resistência ou dar uma resposta.

Retribuiu na mesma intensidade, aproveitando o que lhe fora oferecido. Era o beijo que ela desejava há muito tempo, o presente que ela esperava que nunca fosse ganhar, era como se o conto de fadas de sua vida, enfim, se tornasse real.

—Me perdoe – dissera o sujeito, afastando sua face uns poucos centímetros da dela. Na distância em que estavam, Bela podia sentir a respiração quente do amigo e fitar seus olhos bem de perto – Mas não conseguia esperar mais para provar um beijo desses seus lábios. Creio que vamos nos demorar um pouco no restaurante e estava ansioso para conhecer o sabor do seu beijo...

Fora a garota quem dessa vez passara a mão pela nuca do amante, colando seus lábios aos dela. O beijou com vontade, um beijo intenso e molhado.

—E quem disse que eu resistiria até deixarmos o restaurante para provar esse beijo? Não acha que me fez esperar mais que o necessário?

Os respingos no para-brisa indicavam o fino chuvisqueiro que começava a cair do lado de fora. Isabella fechara os vidros e ligara o ar condicionado, então voltara o olhar na direção do homem que a acompanhava.

—Não quero falar sobre outro homem nesse momento – dissera o sujeito – Mas devo ressaltar que tem um namorado de muita sorte – concluíra.

—Você poderia ser... – Bela não terminara a frase, já iniciando outra – Sabe que me apaixonei nos primeiros momentos, logo que nos conhecemos...

—Eu sei, mas eu não podia – explicara Lucian – Já tivemos essa conversa. Na verdade, ainda penso que nem deveria estar aqui, mas...

—Tenho esperado por esse momento. Viria quando concordasse e sempre soube disso. Por que está aqui? – Isabella sabia a resposta, embora não fosse o que desejava ouvir.

—A cada dia que passa você se torna uma mulher ainda mais linda. Sempre desejei vê-la de perto, senti-la, saber que é real. Ainda assim não posso lhe dar o que sempre me pediu, entende? – respondera Lucian.

—Apenas porque é um homem mais velho não significa que não possamos ficar juntos – argumentara a moça – E não sou mais menor de idade.

—Entendo o que sente, Bela, mas as coisas no mundo real são um pouco mais complicadas. Só nos falamos virtualmente até hoje, não pode dizer que me conhece o suficiente para gostar de tudo em mim e sabe que isso é verdade – o homem parecia um médico falando – Se fossemos personagens de um livro não teríamos com o que nos preocupar, eu poderia ser um vampiro afeminado que brilha no sol com um histórico de assassinatos sangrentos e isso não mudaria seu amor quando descobrisse – a garota riu ao ouvir a referência a seu nome na protagonista daquele livro horrível enquanto o homem mantinha a expressão séria enquanto falava – Infelizmente somos pessoas reais e não sou apenas um pouco mais velho. Não são dois, três ou cinco anos de diferença, mas dezessete. Não estamos aqui por um romance adolescente – completara.

—Claro que não. Estamos aqui por uma história erótica – dissera a garota, não segurando o suspiro pelo tesão no momento em que pronunciara aquelas palavras sem pensar – Podemos fazer um acordo? – indagara ela.

Lucian erguera uma das sobrancelhas curioso.

—Que tipo de acordo?

—Eu já sabia que não o convenceria de nada com esse encontro, mas estou feliz por isso agora. Espero me deprimir e lamentar só nos próximos dias. Nesse momento, prefiro aproveitar cada minuto – explicara – E confesso, desde que o vi estou ansiosa por ouvir aquelas coisas mais quentes que já falamos. Amo sua voz, quero te ouvir sussurrar no meu ouvido e me ensinar o que puder. Se essa é minha versão de poucas horas das mil e uma noites, que cada segundo valha a pena – concluíra tocando a face do sujeito e aproximando seus lábios dos dele novamente.

De olhos fechados, Bela imaginava como seria maravilhoso se pudesse ficar ao lado dele para sempre, mas sabia que isso jamais aconteceria. Lucian era um homem maduro, cabeça dura e decidido. Trabalhava como chefe de redação em um jornal e desde que o conhecera, Bela sabia apenas que era solteiro, o mesmo nunca falara sobre qualquer relacionamento pessoal e ela nunca perguntara.

 Trabalhava como chefe de redação em um jornal e desde que o conhecera, Bela sabia apenas que era solteiro, o mesmo nunca falara sobre qualquer relacionamento pessoal e ela nunca perguntara

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Muitíssimo obrigado pela leitura, pela companhia e pelo carinho.

Já votou no capítulo? Eu sei que é feio pedir, mas seu VOTO é muito importante. Se gostou, faça esse xamego para esse escritor. Isso é inspirador, me mostra o quanto está gostando e me inspira a escrever cada vez mais para vocês.

Gostaria de fazer parte de um grupo de leitoras dos meus Contos Eróticos no Whatsapp?

Me chame no privado que lhe envio o link. Seja bem-vinda a juntar-se com outras leitoras que, como você, apreciam o universo erótico na literatura.

Contos Eróticos: Desejo & SeduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora