Bela - Parte 3

147 3 0
                                    

Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

Como a rua ficara deserta, talvez pela ameaça de chuva, o casal ficara mais de trinta minutos curtindo a companhia um do outro enquanto conversavam e se beijavam, se esquecendo completamente do tempo. Acabaram se esquecendo também da reserva feita no restaurante. Quando se lembraram, ainda foram ao local, mas graças ao atraso encontraram todas as mesas ocupadas.

Então, o jantar romântico acabara indo parar em uma lanchonete, onde o casal apenas tomara suco e comera fritas enquanto Bela terminava de especular tudo que podia sobre a vida daquele homem. Ao saírem dali seguiram para outro jardim, um jardim carregado de flores molhadas da chuva daquela noite.

Um vento frio soprava pela rua de asfalto molhado. Bela se agarrara ao braço do companheiro, simplesmente apaixonada pela ocasião. Naquele noite a garota não pensava em mais nada, fosse o namorado ou trabalho ou carreira, em nada. Só queria se esquecer do restante do mundo e viver aquele momento.

Caminhavam de braços dados despreocupados pelo jardim quando aquele chuvisqueiro de antes voltara. Começara leve e fora aumentando até que o casal percebera que não deviam ter se afastado tanto do veículo.

Voltaram pelo mesmo caminho se escondendo embaixo das coberturas nas frentes das lojas que encontravam. Uma vez dentro do carro novamente, vidros fechados e ar condicionado ligado, se desvencilharam das roupas úmidas. Bela dera partida a fim de estacionar em outro ponto até o chuvisqueiro passar, sendo guiada para um lugar mais tranquilo pelo parceiro.

O que não contavam era que a chuva aumentasse tanto. Pararam sob um barracão que ficava aberto e servia de pátio para feiras livres aos domingos. Era um espaço público durante a semana. Muitos casais estacionavam para namorar por ali, mas devido ao tempo, não havia ninguém naquela noite, nem carros, nem motos ou qualquer pessoa. Estavam literalmente sós.

O carro estava protegido da chuva, mas não podiam sair dali com o temporal que caía, mal se podia enxergar a rua. Também, não apenas o barracão estava imerso na escuridão com suas luzes apagadas, mas um curto-circuito em algum transformador da rede elétrica próxima de onde se encontravam deixara muitas quadras ao longe no escuro. Sozinhos e sem testemunhas.

Bela deitara a cabeça no ombro do amante e lhe beijara o pescoço, depois a face e então avançara aproximando seus lábios dos dele.

—Quando estava vindo para cá, imaginei que, por finalmente ter concordado em nos encontrarmos, há esta hora estaríamos já em um motel... – dissera ela, rindo – Não estou me queixando, não me entenda mal...

—Devo admitir... – continuara ele – pensei a mesma coisa, mas me parece agora que se sairmos daqui antes de amanhecer teremos tido sorte...

♥♥♥

Bela e o companheiro ficaram ali e os toques começaram a se intensificar, as palavras começaram a se tornar desnecessárias e os beijos começaram a ficar mais desejosos e doces do que antes.

Do lado de fora do veículo não se via nada e não se ouvia nada, a não ser o ruído da chuva forte que caía e o barulho dos trovões. No porta-luvas, o celular de Bela já havia tocado dezenas de vezes. A mãe da garota já havia ligado para todas as amigas da filha tentando descobrir onde ela estava com toda aquela chuva, mas ouvira inúmeras desculpas. Até mesmo as amigas que não sabiam onde Bela estava, tentavam acobertar a escapada da moça.

Isabella, no entanto, estava ocupada e distraída demais para atender.

Nesse instante, a linda dançarina estava perdida em outro mundo, aquecida e acompanhada dentro de seu carro, apenas envolvida pelo som no rádio e pelos carinhos que recebia. E não queria estar em qualquer outro lugar.

Contos Eróticos: Desejo & SeduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora