UAE - Parte 3

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Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

Será que eu passava realmente a impressão de ser pervertido daquela forma para meus alunos? O homem no conto da garota era um tarado clássico, quase sem pensamentos, um animal escravo de seus instintos. Embora me excitasse a ideia, aquilo nem de longe se parecia comigo, a pessoa controlada e metodista que eu era. Estava lendo há quase uma hora quando meu celular tocou.

O número que apareceu na telinha não estava na minha lista de contatos. A verdade era que eu ainda não havia o adicionado, mas sabia a quem pertencia.

Atendi e deixei que ela falasse primeiro. Fui surpreendido.

Já está de pau duro, professor? – perguntou a garota sem rodeios.

A voz era sensual e me pegou desprevenido. Decidi entrar no jogo.

—Claro. Você captou bem tudo o que foi estudado nas aulas. Sua linguagem e a forma como descreve as cenas e os personagens são perfeitas. O leitor se envolve, é como se estivesse dentro da história, realmente muito envolvente... – respondi sentindo que havia sido técnico demais nas palavras.

—Se está de pau duro quer dizer que consegui sua aprovação, só usei tudo o que ensinou. Não é assim que disse que o leitor tem que se sentir quando lê?

Em outro mundo, na pele dos personagens?

Respondi a mesma coisa de antes, mas resolvi tentar descobrir o que mais aquele menina provocativa estava pensando.

—Isso mesmo. No entanto, acho que não poderia usar esse trabalho como sua avaliação. Apesar de ter usado nomes fictícios para os personagens, está meio óbvio onde se inspirou. Diria que o Reitor irá achar um pouco antiético uma redação que cita a relação entre uma aluna e um professor e isso pode não ficar muito bem para nenhum de nós dois... – expliquei.

—Se lhe agradou está ótimo. Posso fazer outro, mas tenho certeza de que não vai ficar tão bom quanto esse. Acabei de sair da república para ir pegar uma pizza para as meninas, mas estou só rodando de carro pelas ruas e não acho sequer uma lanchonete aberta. Que tal se eu desistir disso e passar por aí para discutirmos um pouco mais sobre os detalhes da história? Posso pagar por uma aula particular, se quiser me cobrar... – propôs a garota.

—Discutirmos detalhes da história à uma da manhã? – indaguei parecendo incrédulo com a ousadia – Creio que essa hora está mais para reproduzirmos as cenas, não acha? Me parece que é o que realmente quer.

—Se a ideia lhe agradar tanto quanto a mim, o que nos impede?

—Sabe que sou comprometido, não é? – respondi com outra pergunta.

—Sim, você deixa isso óbvio durante as aulas – o tom de voz era debochado, parecendo quase irritada – É uma tentativa de afastar as fãs?

—Talvez, embora eu pense que não tenha essas fãs que citou – respondi.

—A ideia não lhe agrada então? – indagou ela diretamente.

É preciso admitir, Fernanda era persistente no que queria.

—É impossível uma garota como você não agradar um homem com essas ideias. Mas sabe que ninguém nunca poderia saber sobre isso, não é?

—Como você disse antes, seria antiético algo assim entre professor e aluna. Mas por que não pode ser o nosso segredinho? – provocou.

Enrolei alguns segundos pensando. Era um risco enorme e ao mesmo tempo uma grande tentação. Quantas chances como aquela eu teria outra vez? Quando voltei a falar, decidi citar um trecho da história que lia.

Contos Eróticos: Desejo & SeduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora