A babá ideal

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George era aquele tipo de homem partidão, boa pinta com seus quarenta e três anos. Tinha cabelos grisalhos, porte atlético definido pelas muitas voltas na piscina da faculdade todas as manhãs e olhos azuis. Não bastasse o semblante elegante e charmoso, era ainda um advogado admirado, respeitado e desejado pelas alunas da faculdade onde lecionava sobre perícia criminal.

Esta tarde, diferente do habitual, o sujeito estava sozinho em sua casa, uma bela propriedade no condomínio mais caro da cidade de São João da Boa Vista, no interior do estado de São Paulo. Sua esposa, a linda e desejada Arlete, estava no escritório de advocacia do casal. Tinha uma reunião com um cliente agendada para aquela tarde e não podia perder casos importantes da promotoria.

A bela mulher de trinta e oito anos também era advogada, havia conhecido o marido durante a faculdade e tão logo se formaram, já conceberam a união.

Segundo o casal, advogados solteiros ou em relações não estáveis não eram levados a sério. George M. King atuava na área criminal e era a quinta geração de uma família conceituada de advogados. Já a esposa trabalhava com a vara de família. Em ambos casos, para os negócios, era melhor que fossem casados.

Fazendo uso da reputação do sobrenome e do foco na família, o casal estava sempre colhendo os louros do sucesso. Contudo, Arlete King deixara o escritório quatros anos atrás, logo após engravidar da primeira filha do casal.

Por longos quatro anos a mulher se dedicara apenas ao trabalho de ser uma boa mãe e uma semana atrás retornara aos negócios com garra total, fechando acordos com vários clientes importantes. Ela ainda estava no jogo.

Naquela tarde George ficara em casa para receber uma garota que o casal deveria entrevistar, uma jovem a procura da vaga de babá que ambos haviam anunciado. Era complicado para um casal que vivia em audiências, congressos, aulas, palestras e diversas outras atividades ainda encontrar tempo para cuidar da filha vinte e quatro horas por dia.

O mal dos tempos modernos, pais que para oferecerem o melhor conforto, educação e segurança que o dinheiro podia comprar aos filhos, pagavam por isso com a própria ausência durante o crescimento da criança.

Por fim, o interfone tocara e George vira a garota pela câmera de segurança no portão. Dissera pelo viva-voz que ela entrasse e avançasse direto pelo jardim até a porta grande da frente, pois a receberia na sala de estar.

♥♥♥

Já na sala, Carla, candidata à vaga para o trabalho, ficara boquiaberta com a decoração e a elegância do lugar. Tudo ali reluzia a majestade, desde os sofás às luminárias no teto, bem como os tapetes e quadros nas paredes.

Quando o advogado e a menina se viram pela primeira vez, fora como se o tempo parasse brevemente. Sabe aquele impacto que rola quando se encontra uma pessoa e ela é completamente diferente do que se esperava?

Fora algo assim, mas de um jeito bom, agradável.

O homem era grande, alto e forte, quase um gigante perto da moça. Vestia uma camisa social branca fechada até o pescoço com uma gravata azul celeste que se destacava. A calça escura tinha cor de grafite, combinando perfeitamente com os sapatos negros tão lustrados que era possível se ver em seu reflexo.

Ficaram ali se observando por cerca de quinze segundos que parecera uma eternidade. Carla usava um vestido vermelho bem curto e botas negras que iam até pouco abaixo dos joelhos. Além disso, trazia apenas uma pequena bolsa com a alça longa e fina no ombro esquerdo. Traje nada habitual para uma entrevista de emprego – pensara o advogado, mas não podia negar que gostava da visão.

A garota de vinte anos tinha olhos castanhos escuros e cabelos negros que desciam por suas costas. Tinha lábios carnudos e a pele morena. A maquiagem bem aplicada sem muito excesso a deixava atraente e sexy.

Verdade seja dita, tinha um encontro depois daquela entrevista. Era a razão de toda aquela produção. Mas obviamente, o advogado também apreciava.

George explicara que a casa estava sempre em ordem, pois algumas vezes no ano ele e a esposa recebiam convidados em festas casuais e de negócios e não podiam tolerar deslizes. A filha tinha quarto de dormir e de estudos, além de uma área de lazer própria. Assim, não precisava andar pela casa.

Carla, caso ficasse com o trabalho, não precisava se preocupar com a casa em si, pois uma faxineira vinha duas vezes na semana para garantir a que tudo estivesse em seu devido lugar. Sua prioridade seria a filha do casal.

George mostrara as dependências da casa para Carla, explicando os limites, quais áreas podiam ser acessadas e quais eram restritas. Já na cozinha, ambos falavam sobre valores, o assunto preferido dos advogados. Carla apenas ouvira e concordara, afinal, o valor oferecido era muito acima do que esperava.

Fora então que as coisas tomaram outro rumo, um caminho que George não esperava, mas que não se arrependeria por seguir aquela tarde.

♥♥♥

—Então... – George estava encostado na pia da cozinha segurando um copo d'água – O que pode me dizer que me convença a lhe dar esse trabalho?

Carla estava sentada bebendo o suco de laranja que George lhe oferecera e ao ouvir aquela pergunta ficara o encarando em silêncio por alguns instantes. Pouco depois molhara os lábios e se levantara, se aproximando lentamente do advogado, o bastante para sentir o perfume de sua colônia Quasar Brave.

Que rumos aquela conversa estava tomando? O que aquele homem sedutor realmente esperava dela? Não era possível que a desejasse, ela era uma moça simples e distante daquele mundo de glamour e sucesso em que vivia.

George tinha idade para ser seu pai – pensara.

Mas não era – recordara logo em seguida.

—O que o senhor deseja que eu faça para convencê-lo? – dissera ela.

As palavras haviam saído naturalmente. Carla esperava que ele dissesse o que queria. Contudo, de repente, era ela quem desejava a coragem para dizer o que realmente desejava, coragem para dizer que sua calcinha estava molhada.

 Contudo, de repente, era ela quem desejava a coragem para dizer o que realmente desejava, coragem para dizer que sua calcinha estava molhada

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