Capítulo 18- Quanto Mais As Coisas Mudam.

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🌺Eliza🌺

Cheguei na empresa tem algumas horas, agora de pouco do Álvaro saiu para uma reunião com seu cúmplice Warren. Tiro meu salto, colo pra tocar Meddy- Slowly no meu fone e começo a dançar no meio da sala.

Costumava fazer em casa, quando eu estava sozinha. Sinto algo se encostar no meu braço e levo um susto. Assim que me viro é o Álvaro.

Eliza- Não estava em reunião, senhor?- tiro os fones.

Álvaro- Foi bem rápido, não gostei da proposta. Aliás, minha empresa está com cara de balada? Até onde sei não te contratei para dançar- me olha estranho.

Eliza- Eu, eu terminei o que tinha pra fazer. Então achei que podia dançar um pouco- o olho confusa.

Álvaro- NÃO SEJA INCOMPETENTE, VOCÊ É MUITO INFANTIL.

Eliza- Senhor, o que eu fiz de mais? Eu estou no meu canto, sem incomodar ninguém- me seguro pra não chorar, odeio que gritem comigo.

Álvaro- Pouco me importa, essa é a minha empresa e eu não quero saber disso!

Eliza- Nossa, você consegue ser pior a cada dia que passa- um desgosto me consome.

Sigo até minhas coisas e começo a guardar tudo com raiva e rapidez.

Álvaro- Posso saber o que você está fazendo?- cruza os braços.

Eliza- É o seguinte, eu não aceitei esse maldito emprego pra ficar sendo humilhada, você adora fazer isso só pra satisfazer o seu ego. Prefiro mil vezes trabalhar como catadora de lixo do que trabalhar pra uma pessoa como você. Uma pessoa soberba, que só se sente melhor pisando nos outros. Uma hora a casa cai Álvaro, quero ver quando você estiver sendo o humilhado da história, garanto que não vai gostar. A e mais uma coisa, você com esse muro em volta do seu coração, apenas acabará sozinho. Quer alguém do seu lado? Faça por merecer, não é atoa que seu avô é tão rígido com você.

Álvaro- Eliza, não- se põe na frente da porta.

Eliza- Por favor, tenha respeito por mim pelo menos uma vez na vida e me dê licença.

Álvaro- Você não vai sair daqui. Me desculpa, eu estou de cabeça cheia e venho descontar em você que também bate boca comigo.

Eliza- Por isso você acha que eu não tenho sentimentos?

Álvaro- Não saia, por favor! Isso não vai se repetir.

Eliza- Não precisa fingir que gosta de mim, tem muitas outras pessoas que adorariam trabalhar com você!

Álvaro- Eu sei, mas como você é casada comigo, é melhor que você esteja ao meu lado.

Eliza- E que diferença isso faz? Não somos um casal, Álvaro.

Álvaro- Pra mim somos sim, mas só não nos entendemos.

Eliza- Somos? Na época que era pra supostamente estarmos em "lua de mel" você estava comendo outra na porcaria do seu escritório, então como ousa me dizer que sou casada com você? Somos medos estranhos.

Álvaro- Desde aquele dia Eliza, eu não fui pra cama com mais ninguém.

Eliza- Pra cama? Pode ter ido na mesa, no chão, no teto... não tem só a cama e você já deixou bem claro isso.

Álvaro- Por qual razão você não acredita ou confia em mim?

Eliza- Isso fala alto mesmo, quer que seus funcionários saibam que você é casado com uma morta de fome?

Álvaro- Essa sala e a minha são anti-ruidos, ninguém vai ouvir nada e você não é morta de fome. Como ousa dizer isso de si mesma? Uma pessoa que sempre esteve batalhando pelo ganha pão se considera uma morta de fome? Você pode ter sido pobre Eliza, mas sempre se certificou de que não faltasse nada.

Eliza- O que isso importa pra você? Muitas vezes você já deixou claro que minha vida não importa pra você.

Álvaro- As coisas mudam, Eliza. Eu aprendi a conviver com você e aceitei o fato que nem todos tiveram a mesma sorte que eu, da família do meu pai ser boa de vida.

Eliza- Eu vou pra casa, chega desse assunto.

Álvaro- Eliza, fique!- segura meu braço- Eu quero que você fique.

Eliza- Não posso ficar em um ambiente no qual frequentemente irei ser esculachada.

Álvaro- Isso não vai mais se repetir, eu gostei do seu trabalho, sua planilha é organizada, fique por favor.

Eliza- O que está acontecendo Álvaro?

Álvaro- Nada, só quero que fique e trabalhe ao meu lado.

Eliza- Se você querer fazer o que fez agora pouco, eu saio dessa empresa e você nunca mais me verá aqui.

Álvaro- Ok, tudo bem! Trégua?- me estende a mão.

Eliza- Trégua- aceito seu aperto de mão.

Álvaro- O Warren trará meu almoço, deseja almoçar comigo?

Eliza- Acha mesmo que não sairia burburinhos sobre o CEO almoçando com a secretária? Melhor não- me sento na poltrona.

Álvaro- Pedirei para a recepcionista buscar pra você então.

Eliza- Álvaro...quer dizer, senhor não precisa.

Álvaro- Aceita ou irá almoçar comigo- seu tom é intimidador.

Eliza- Tudo bem- me dou por vencida.

O Álvaro realmente pediu para mulher buscar meu almoço, achei isso um exagero mas era melhor do que almoçar com ele. Sei que depois ficarão falando, mas falam de tudo mesmo. Quando terminei meu expediente fui até o mercado comprar algumas coisas que estava faltando em casa.

❤️❤️❤️

Amanhã É Outro Dia [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora