Capítulo 59- Confissão.

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🍁Álvaro🍁

Neste exato momento estou na empresa, me afundei no trabalho e agora está difícil sair. Faz alguns dias que a Coral não me liga, confesso que estou um pouco desconfortável com isso. Será que a Eliza apareceu? Quer saber? Dane-se, ela me odeia mesmo.

Álvaro- Entra- falo assim que batem na porta.

Conrad- Álvaro, podemos conversar seriamente, mas também civilizadamente?- sua expressão é estranha.

Álvaro- Sim, claro! O que houve? O senhor está bem?- fico preocupado.

Conrad- Eu preciso que você mantenha a calma e não faça nada que eu não faria.

Álvaro- O senhor está me deixando preocupado- fico aflito.

Conrad- Pode entrar- chama e logo a Avyana entra.

Álvaro- O que você está fazendo aqui?- pergunto bravo.

Conrad- Ei se acalma! Ouça pelo menos desta vez, é importante.

Álvaro- Fala e vaza da minha frente!- me sento novamente.

Avyana- Pra começo de conversa, eu queria te pedir desculpas, não achei que as coisas tomariam uma proporção dessa- sua expressão é de medo.

Álvaro- DA PRA FALAR LOGO?- grito e ela se assunta como a Eliza se assustava- Fala, Avyana- me acalmo.

Avyana- Serei breve! Mamãe havia mandando a Cora e eu para o Oregon, para podermos dar um fim no seu relacionamento. Não estávamos conseguindo então a Cora entrou em contato com algumas pessoas que trabalham pro pai dela e descobriram dos pais da Eliza. Fomos até eles, ela contou que precisava tirar a Eliza de perto de você e eles, na verdade o pai dela concordou em tirar ela do nosso caminho. Levamos ele até lá e há uma semana atrás ele a sequestrou. Eu fiquei com a consciência pesada, pois chegou em meus ouvidos que ele está machucando muito ela e eu não quero que ela morra por capricho da Cora e meu. Me desculpa meu irmão- começa a chorar.

Álvaro- ONDE ELA ESTÁ? AONDE?- fico furioso.

Avyana- Eu não sei, só sei que eles não saíram de Portland. Me perdoe Álvaro.

Álvaro- Eu tenho nojo de você! Não quero te ver nunca mais na minha vida- puxo meu blazer da cadeira e me retiro.

Pego meu celular e ligo para o meu piloto, eu estou desesperado e trêmulo de medo do que aquele maldito é capaz de fazer com a Eliza.

Ronan- Álvaro, o que houve? Estava alterado na ligação- fica confuso assim que me aproximo do jatinho.

Phil- Senhor Burckhardt, como vai?

Álvaro- Vou mais o menos, Phil! Podemos ir? Estou com muita pressa!

Phil- Sim, senhor!

Adentramos no jatinho e o Ronan está sem entender nada, completamente nada.

Ronan- Álvaro, quem vamos matar?- me olha sério.

Álvaro- Meu "sogro"- faço aspas no sogro.

Ronan- Ei, ei, ei...você e a Eliza sequer estão juntos, como poderia ter um sogro?

Álvaro- A minha adorável irmã e aquela vagabunda cometeu uma atrocidade, ajudaram o Graham a encontrar a Eliza e ele a sequestrou! Provavelmente ele quem a obrigou terminar comigo.

Ronan- Espera um segundo que eu preciso digerir isso! Aquele homem pode mata-la.

Álvaro- Nossa, como você me ajuda- sou irônico.

Escondo minhas mãos, pois as mesmas estão trêmulas...estou com medo de como a Eliza está, estou me segurando para não surtar de desespero.

Algumas horas depois...

Já chegamos em Portland e o taxista está nos levando até o endereço da Coral. Pagamos a corrida, descemos do carro e toco a campainha.

Ronan- Álvaro tenha calma, vai quebrar a campainha assim- segura meu braço assim que eu toco várias vezes seguidas.

Coral- Está com o dedo coçando- ouço- Álvaro, o que faz aqui?- fica surpresa ao me ver- Tudo bem, entrem- da espaço.

Álvaro- Preciso falar com a senhora e a Averly- ela assente.

Coral- A Averly não está, ela foi até o departamento de polícia novamente.

Álvaro- Então vocês já deram queixa do desaparecimento da Eliza?

Coral- Sim, depois de falar com você corremos até lá, eles disseram que estão fazendo de tudo, mas até agora nada. Eu estou entrando em desespero, mas o Damián precisa de mim.

Álvaro- Então a senhora surta quando souber que é o Graham que está com ela.

Coral- Álvaro não me diz uma coisa dessa- coloca a mão no peito e fica pálida.

Álvaro- Fica calma, meus homens já estão aqui, vamos dar um jeito de encontrá-la- tento não parecer desesperado.

Coral- Você não entende, ele não vai ter compaixão pela Eliza.

Álvaro- Tenta manter a calma, por favor.

Coral- A ELIZA É FRUTO DE UM ESTUPRO- grita chorando.

Ronan- Como...como assim?- fica mais perdido que eu.

Coral- O Graham estuprou a Madison quando ela estava indo para a faculdade a noite, o meu progenitor descobriu e o obrigou a se casar com ela, por esse motivo eles odeiam tanto a pobre Eliza. A Madison deve ser por ela ser fruto de estupro e o Graham por ter sido obrigado a assumi-la.

Álvaro- Coitada da Eliza. Ela deve ter rancor disso.

Coral- Não Álvaro, ela não sabe disso. Eu nunca tive coragem de contar.

Álvaro- Então ele não vai medir esforços para machuca-la.

Ronan- Mais que inferno- fica bravo.

A Coral me passou os contatos de algumas pessoas na polícia que são conhecidos dela e eu acabei entrando em contato com eles. Algo me diz que eles ainda estão por perto, mas perto não sei onde.

🖤🖤🖤

Amanhã É Outro Dia [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora