Capítulo 30- Acredite Nele.

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🌺Eliza🌺

Álvaro- No que está pensando?- chama minha atenção.

Eliza- No motivo de você ter contratado duas inúteis para trabalhar pra você- fico olhando pra fora da sala.

A sala do Álvaro tem uma parede em vidro que só dá pra enxergar de dentro pra fora, pois do lado de fora é como um espelho gigante.

Álvaro- Não sei do que você está falando- me olha confuso.

Eliza- A loira fica o dia todo andando de um lado para o outro sem fazer nada, a morena fica sentada fazendo as unhas. Todo dia ela muda de cor. Na segunda ela usa azul, na terça vermelho, na quarta rosa, na quinta verde e na sexta branco. As vezes ela inverte, começando a segunda como se fosse sexta, a quinta como se fosse terça e assim por diante.

Álvaro- Como notou tudo isso?- me olha com a mão no queixo.

Eliza- De boba eu só tenho a cara, enxergo muito além do que imaginam. Aliás, semana passada a loira terminou o relacionamento, pois o namorado não aceitava que ela trabalhasse com um homem "com uma beleza indescritível" palavras dele mesmo.

Álvaro- Que fofoqueira- se senta rindo.

Eliza- Ora essa, não sou surda.

Álvaro- Sempre que as vejo estão fazendo seu trabalho. Nunca as vi bobeando.

Eliza- Quem seria boba de ficar sem fazer nada na frente do próprio CEO? Só eu mesma!- rimos.

Álvaro- Talvez eu deva te despedir, está sendo muito incompetente- sorri e fica sério.

Eliza- Incompetente? Até o momento meu trabalho está cumprido, será injustamente. Senhor, posso ir até a cafeteria ao lado comprar um capuccino, estou com muita vontade.

Álvaro- Eliza, Eliza...como assim vontade? Eliza você está grávida?- seus olhos se arregalam.

Eliza- Não sabia que dedo engravida- saio rindo.

Vou até a minha sala, pego meu cartão e sigo até o elevador.

Rec.Loira- Ei, ei aonde você pensa que vai?- chama minha atenção.

Eliza- Desde quando eu preciso lhe dar satisfação? Eu não trabalho pra você- saio andando.

Rec.Loira- Empregada insolente- ouço mas me seguro pra não voltar e dar na cara dela.

Desço até o térreo e vou rapidamente até a cafeteria, estou sentindo que algo vai acontecer, minha intuição está palpitando. Peguei um capuccino de chocolate pra mim e um café com canela pro Álvaro, não sei como ele consegue gostar.

Rec.Loira- O CEO está com visita e ninguém deve interferir. Sei muito bem que você é intrometida.

Eliza- Uma pergunta, você é minha chefe?- me aproximo dela.

Rec.Loira- Eu...eu não- se assusta.

Eliza- Então cuida da sua vida que eu cuido da minha- sigo até a sala.

Sem bater na porta a abro, dando de cara com a vagabunda da Cora sentada na mesa com as pernas abertas e o Álvaro afastado dela tentando ligar para alguém, então quem estava me ligando era ele e eu achando que não fosse nada importante.

Eliza- O que você pensa que está fazendo?- bato a porta.

Cora- Eu vim atrás do meu marido- coloca o dedo na boca.

Sigo até ela com uma raiva desproporcional, grito em seu cabelo e a jogo no chão de raiva.

Eliza- Você só pode ter perdido o medo da morte, não é?- me aproximo dela- Se você chegar perto dele novamente, eu acabo com você- lhe acerto um soco.

Álvaro- Não perca seu tempo com uma pessoa como ela, ela não merece seu desgaste- me puxa para me afastar dela.

Eliza- Por qual motivo não saiu da sala- lhe acerto um tapa no braço.

Álvaro- Queria que vissem uma porcaria dessa?

Cora- Ele nunca vai ser seu! Ele é meu!

Eliza- É seu? Tem certeza?- quase esfrego a mão da aliança na cara dela.

Cora- Esse casamento mesquinho vai acabar, custe o que custar- sorri.

Eliza- Tenta a sorte- meu sorriso é pior que o dela.

Ela sai da sala e eu me viro pro Álvaro que está pálido.

Álvaro- Achei que você nunca chegaria, eu estava suando frio.

Eliza- Como estava suando frio sendo que antes de mim você ficava com qualquer uma sem precisar de intromissão?!

Álvaro- Antes meu coração não batia por uma mulher, agora ele erra até as batidas por causa dela- gruda em meu abraço.

Eliza- Demorei 5 minutos para voltar, o que você ficou fazendo neste meio tempo? Não é possível que tenha ficado sem olhar.

Álvaro- Eu não olhei, juro pra você! Se ela tava usando calcinha ou não, eu não sei. E se tiver eu não sei nem a cor.

Eliza- Não acredito em você!- fecho a "cara".

Álvaro- Eliza sente-se nesta cadeira- fica bravo- Funcionária Eliza, sente-se nesta cadeira- me sento na sua poltrona.

Ele abre seu notebook, mexe em um aplicativo e entra em uma câmera que eu não sabia que tinha na sua sala. Consigo ver que na hora que ela entra, ele está tomando um pouco de whisky quando ela se senta na mesa parecendo uma prostituta...ele rapidamente nota e se vira de costas enquanto ela tenta de toda maneira chamar sua atenção, depois de poucos minutos eu entro.

As vezes a confiança é algo que se torna difícil de ter, já presenciei tantas coisas ultrajantes que as vezes me custa acreditar nele.

❤️❤️❤️

Amanhã É Outro Dia [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora