Capítulo 58- Alguém Que Eu Conhecia.

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🌺Eliza🌺

Não estou conseguindo pregar os olhos, estou morrendo de medo do Graham tentar algo contra mim. Amarrada já não posso fazer nada então pelo menos tenho que estar acordada. A torre do relógio começa a fazer barulho indicando que são meia noite.

Eliza- Se eu consigo ouvir a torre tão bem, presumo que estejamos perto do centro da cidade- sussurro pra mim mesma.

- Toque, Toque...tem alguém em casa?- ouço do outro lado da porta, é o Graham.

Não falo nada e ele abre a porta com fúria dando um tapa no interruptor para a luz ascender.

Graham- Quando eu falar com você, trate de me responder- gruda no meu cabelo puxando minha cabeça para trás e me fazendo o olhar.

Eliza- Amarrada e com a porta trancada eu fugiria? Que pergunta mais idiota- uso a raiva.

Graham- OLHA BEM COMO VOCÊ FALA COMIGO, SUA PUTA- grita e segura meu queixo.

Eliza- Eu tenho nojo de você- falo entre dentes.

Graham- Não se preocupe, depois que eu fizer o que tanto desejo com você, tenho certeza que você vai pegar mais nojo ainda- passa a mão no meu peito e eu começo a me mexer de desespero.

Eliza- Você é um imundo, como é capaz de desejar sua própria filha? SANGUE DO SEU SANGUE- grito inojada.

Graham- Eliza, meu amor! Eu te vendi, pois precisava mais do dinheiro do que do meu desejo. Mas, quando o dinheiro acabou...bom...o desejo começou a falar mais alto.

Eliza- Você é um verme maldito- ele gruda na minha garganta e começa a me enforcar.

Graham- Essa sua boquinha é tão linda- passa o dedo na boca e uma repulsa percorre meu corpo.

Ele tira um canivete do seu bolso e me olha sorrindo. Graham se senta no meu colo e estica os braços para alcançar os meus que estão amarrados. Sinto a lâmina do canivete cortar minha pele e o sangue escorrer em meu rosto. Para que eu não grite de dor, ele coloca um pano em minha boca.

Já estou toda suja do sangue da minha cabeça e agora sangue do meu próprio braço.

Graham- Eu sou um artista nato- se vangloria.

Eu estou ficando sem forças, me disseram que estou aqui há quatro dias, na contagem do Álvaro são seis, quatro dias desde o término e dois dias de desaparecimento dado.

Graham- Olha que lindo, minha princesa- levanta meu rosto para que eu veja seu nome escrito em meu braço- Álvaro, Álvaro...essa mulher você nunca terá, pois é minha- tira o pano da minha boca.

Eliza- Ele me ama e eu o amo, então não será você que nos impedirá de ficarmos juntos.

Graham- Acha mesmo que aquele playboyzinho te ama? Se toca garota. Como você terminou com ele, pode ter certeza que atrás de você ele não virá mais. Ele tem dinheiro para ter a mulher que quiser.

Eliza- Dinheiro não compra amor- retruco.

Graham- CALA ESSA MALDITA BOCA- acerta um soco na boca do meu estômago.

Começo a ficar sem ar, a sentir muita dor e desespero.

Graham- Maldito dia que eu fui te vender logo pra ele, nunca imaginei que se apaixonaria por ele. MAIS QUE INFERNO- grita e eu tento não mostrar que estou agonizando de dor.

Eliza- Foi um favor que você me fez! Além de ser um homem lindo é milionário- sou debochada.

Graham- Do que adianta ter dinheiro e não ser bom na cama?- arqueia uma das sobrancelhas.

Eliza- Você é nojento de mais! Aliás, não tem como você saber se ele é bom ou não! Não tire conclusões precipitadas.

Graham- ENTÃO VOCÊ FOI PRA CAMA COM AQUELE MISERÁVEL? SUA BISCATE SEM VERGONHA.

Eliza- Grito não impõe autoridade, abaixe seu tom pra falar comigo- sou seca.

Sorrindo de nervoso ele se aproxima de mim, solta minhas mãos das correntes que antes eram cordas e me joga na parede fazendo com que eu bata minha cabeça onde já está machucado.

Graham- Muito soberba pro meu gosto- aperta os cortes em meu braço fazendo com que eu entre em desespero de tanta dor.

Eliza- O QUE VOCÊ QUER DE MIM INFERNO?- grito me segurando pra não chorar.

Graham- Eu quero você todinha pra mim- me joga em uma cama que tem aqui neste lugar.

Ele começa a subir encima de mim e eu o empurro mesmo estando com as mãos presas com fitas, ele morre de medo que eu escape.

Madison- Graham, seu amigo chegou- entra no quarto.

Ele me prende nas correntes só que desta vez de pé, me deixando um pouco longe do chão, conseguindo apenas encostar a ponta do meu dedão no chão.

Graham- Sorte sua, pois eu ia fazer você ficar sem andar por um mês- aponta o dedo na minha cara e sai.

Eliza- Eu não aguento mais, eu estou dolorida, estou com fome e sede...ô Deus.

Por estar amarrada à dias, meus pulsos estão sensíveis e agora está doendo mais ainda, eu estou desesperada de dor, daqui a pouco chega no vivo, pois minha pele é sensível.

♥️♥️♥️

Amanhã É Outro Dia [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora