07. Acordo ⚓

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━━ 𝐌𝐀𝐓𝐓𝐄𝐎 𝐁𝐄𝐑𝐓𝐎𝐋𝐈𝐍𝐈

— Ainda não acredito que sequestrou aquela mulher. — Emilio diz, de pé no meu escritório e de braços cruzados, me olhando fumar. Assopro a fumaça, abaixando o cigarro.

— Pois é, mas pode acreditar. Foi bem fácil, sabia? — sou irônico ao dizer, virando a cabeça para ele, não querendo que se intrometa no que decidi fazer com Kiara.

— Agora vai fazer ela de prisioneira?

— Tudo vai depender dela. Kiara é bem grandinha para saber o que deve ou não fazer. — digo, encarando seu curriculum de trabalho em cima da minha mesa, que até agora não guardei em outro lugar.

— Do jeito que está agindo com ela, só vai colocar medo na menina. — Emilio diz, assim que penso em Kiara e na coragem que teve de me acertar um chute no meio das pernas, para tentar fugir. — Deveria pegar mais leve com ela. — aconselha.

— Ela não é criança. — retruco, puxando o resto do cigarro para dentro da boca, soltando o ar em seguida e descartando a droga no cinzeiro, apagando o pequeno fogo da ponta.

Ao fazer isso, alguém abre a porta do escritório de supetão, me fazendo assustar por um segundo e ficar atento com isso. Me impressiono mas ao mesmo tempo não deixo de ficar surpreso, quando vejo Romano ali, me olhando com uma certa raiva nos olhos e na mesma hora interpreto sua vinda esperada até minha casa. Olho com tédio para ele, percebendo que vamos ter que tratar sobre o assunto de Kiara. Rico abriu a boca para ele sobre Kiara estar sendo trancafiada dentro se um quarto, na minha casa e como o pai protetor que é, veio tirar satisfações.

— Onde está Kiara? — Romano pergunta, ainda olhando fixamente para mim, sem ao menos notar a presença de Emilio.

— Olá pra você também, Romano. — brinco, ignorando até então sua pergunta.

— Eu quero ver minha filha, Matteo. Enrico me contou que você simplesmente sequestrou ela e está mantendo-a trancada aqui. — Romano me encara com mais raiva, que até então não me lembro da última vez que o vi assim, mas de qualquer forma, ignoro. — Por que fez isso?

— Romano, é o seguinte... — levanto-me da cadeira, disposto a dizer logo o que tenho que dizer a Romano, para ser menos um problema na minha cabeça. Fico de pé, de frente com Romano, só a mesa nos separando. — Quero me casar com Kiara.

Ele se assusta, parecendo que levou um choque e dá um passo para trás, arregalando os olhos pra mim, que permaneço com o olhar sério para ele, para que perceba que não estou brincando, coisa que nunca fiz.

— O que?! Que história é essa? — Romano gritou. — Está ficando louco?

— Estou sendo educado demais por te pedir essa permissão, mesmo sua resposta não mudando minha decisão. — digo, deixando bem claro a ele minhas intenções com Kiara, mesmo que sejam completamente absurdas no momento.

— Kiara não vai se casar com você. Ela está aproveitando a vida agora, tem vários pensamentos para o futuro e não quero que um casamento estrague os planos dela, muito menos que tenha essa responsabilidade logo cedo, então minha resposta é não. Agora, eu quero ver minha filha. — manda, me deixando ignorar de novo sua ordem e atravessar a mesa, indo até ele, tendo que aceitar o fato de que terei que convencê-lo a deixar Kiara se casar comigo.

Não posso me casar com ela, sem a porra do consentimento de Romano e da sua permissão. Coçando o queixo, me encosto na mesa, ficando mais perto de Romano.

— Que história é essa, afinal? Você nem conhecia minha filha e agora quer se casar com ela? Você enlouqueceu?

— O negócio é o seguinte: me obrigaram a casar. Não tenho nenhuma mulher para ser minha noiva e não estou querendo conquistar nenhuma no momento para essa ocasião.

𝐍𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀Ç𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐎𝐒𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora