39. Vício ⚓

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━━ 𝐌𝐀𝐓𝐓𝐄𝐎 𝐁𝐄𝐑𝐓𝐎𝐋𝐈𝐍𝐈

Estou há duas horas vendo-a dormir.

Despertei cedo, como de costume, assim que senti a claridade entrar no quarto. Fechei as portas da sacada, que ficaram abertas a noite toda, não deixando a luz do dia nos incomodando. Depois que me levantei, me sentei na poltrona que havia no quarto e decidi bisbilhotar o álbum que Kiara parecia ver, antes de adormecer de roupão na cama.

Eram fotos antigas. Fotos de Kiara e Enrico pequenos, junto com alguns familiares. Eram diversas fotos, sendo a maioria de Kiara quando criança. Kiara lembrava sua mãe, que descobri no casamento ser dela os olhos azuis que minha esposa tem. Enrico foi azarado, não puxando isso da mãe. A beleza tinha que ser somente de Kiara. Depois de ver todas as fotos, Kiara continuava dormindo e eu tive a visão perfeita da sua bunda marcada pelo lençol, durante essas duas horas que não tiro meus olhos dela.

Caralho, eu não imaginava que a minha noite terminaria daquela forma. Eu adorei. Me enterrar nela daquela forma, da maneira que sempre desejei e sonhei, foi o meu cúmulo. Essa mulher já era a minha perdição e agora eu a tenho, com MINHA, as coisas ficaram cada vez piores. Se ela não saía da minha cabeça antes, quando eu nem sequer a provei, agora que conheci o céu, sua imagem na minha mente vai ficar para sempre me atormentando. Mas de uma maneira boa.

Ela precisava descansar, seu dia foi cheio, sua noite principalmente e seu cochilo aqui, foi seu único momento de descanso e depois da noite que tivemos, que puta merda, foi com certeza a melhor da minha vida, ela precisava descansar, por mais que eu não parasse de pensar em ter minhas mãos nela, meu pau enterrado em sua boceta quente e apertada e minha boca grudada na sua. Caralho, não posso ficar duro, só de pensar no corpo dela junto ao meu.

Talvez eu possa foder ele de novo mais tarde. Mal posso esperar por esse momento.

Parecendo escutar meus pensamentos, Kiara começa a se mexer na cama e resmungar, parecendo estar acordando. Fico onde estou, observando o que irá fazer quando notar que não estou do seu lado, mas sim atrás seu, fantasiando diversas coisas com seu corpo. Ela parece se espreguiçar na cama, logo em seguida passando a mão do seu lado no colchão, não encontrando nada. Ela ergue a cabeça, ficando de costas para mim e acho que vê que eu não me encontro ali.

— Estou aqui, mia preziosa. — eu falo, vendo ela se virando, como se tivesse levado um pequeno susto e me encontra sentado na poltrona, observando-a. — Não se preocupe, não saí de perto de você.

— Pensei que tinha sido escroto o bastante pra me largar sozinha aqui e sumir, depois de transar comigo. — ela diz, não escondendo seu pensamento e eu tento ignorar a forma que me chama, não querendo surra-la agora de manhã.

Mas na próxima ela não me escapa.

— Por que? Iria sentir saudades? — provoco, me levantando da poltrona e indo até ela, querendo me deliciar do seu corpo nu e dos lábios.

— Não. Só pegaria minhas coisas e iria embora, nunca mais querendo olhar na sua cara. — diz, de jeito bravo, me fazendo sorrir com a expressão que faz, sendo emburrada. Fico sobre seu corpo, encarando seu rosto.

— Nós dois sabemos que nunca conseguiria fugir de mim, mia preziosa, muito menos sem eu notar. — sou verdadeiro, lembrando isso a ela, que agora que era totalmente minha, jamais ficaria longe de mim.

— Um dia farei isso e eu quero ver me encontrar. — ela desafia e eu solto uma risada sarcástica, sabendo que na minha cabeça, isso seria uma possibilidade impossível e na sua, com certeza queria se enganar da verdade.

Passo a mão por de trás do seu pescoço, grudando minha mão em seus cabelos, trazendo seu rosto para perto do meu. Encaro seus lábios, que parecem estar muito mais vermelhos do que ontem, de tanto que chupei eles e a cor vira uma das minhas favoritas. Beijo sua boca, sentindo o gosto dela de manhã, provando o sabor que eu sentiria todos os dias, assim que acordasse.

𝐍𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀Ç𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐎𝐒𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora