24. Fotógrafo ⚓

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━━ 𝐊𝐈𝐀𝐑𝐀 𝐌𝐀𝐑𝐓𝐈𝐍𝐈

Era estranho entrar ao lado de Matteo naquele salão, passando a impressão de um casal, como se fossemos de fato um, só que verdadeiro. O ambiente estava repleto de pessoas, todas desconhecidas por mim e eu acompanhava Matteo, como sua noiva mesmo, passando essa impressão a todos que nos olhavam. Eu tinha que confessar que não me importava mais de estar ao seu lado e tão próxima assim e não me pergunte o porquê. Eu não saberia responder de fato isso.

Meu plano ainda seguia de pé e em certos momentos eu pensava se isso estava dando certo ou não, porque Matteo não demonstrava nada sobre isso. Às vezes eu sentia que ele nem sequer notava em mim ou se notava, não dizia nada ou nem se importava. Eu queria evoluir cada vez mais e todo aquele sentimento de raiva, ódio e fúria com ele, havia sumido e não sei onde foi parar. E seu lado babaca e escroto, tinha sido deixado de lado também, coisa que percebi de cara. Não vivíamos mais como um cão e gato e parece que já havíamos nos acostumado com a presença um do outro, como se não nos conhecemos há menos de dois meses.

Isso ainda é tudo muito louco, mas podemos superar.

Eu sorria simpática para as pessoas que nos olhavam ou para ninguém em específico, apenas para manter a simpatia no rosto. Eu seguia Matteo para dentro daquele salão, que acho que era uma festa, mas não sabia do que exatamente, mas tinha tudo muito organizado e com pessoas chiques andando por todos os lados. Eu me sentia como elas, pela primeira vez. Nunca fui uma pessoa de esbanjar dinheiro, rica, onde poderia me sentir igual ao nível de pessoas de classe alta, mas pela primeira vez, eu me sentia como elas. Sempre tive as coisas simples, assim como Rico também teve e nunca nos esbanjamos, quando tínhamos alguma coisa de alto valor. Fomos criados sempre com as coisas mais comuns, igual ao resto das pessoas e nunca agimos ao contrário.

Só que agora, eu havia subido de patamar. Meu vestido custava caro, meu salto alto também, principalmente minha bolsa e as joias que Bianca me fez comprar, para combinar com as peças de roupas novas que agora tenho. Não me orgulha por um lado, de saber que tudo que está no meu guarda-roupa, foi Matteo quem comprou. Seu dinheiro, na verdade. Mas por outro lado, eu gosto da ideia de saber que agora minhas roupas são de marca, coisa que nunca tive na vida e que agora eu passava a impressão de uma mulher de respeito, onde tinha muito dinheiro, mesmo não sendo meu. Eu gostava de trasmitir isso e caralho, é muito boa a sensação.

Mais um ponto positivo desse casamento.

— Onde estamos indo? — digo, ao rolar os olhos pelo lugar lotado e desconhecido. Matteo não me responde e eu sigo seus passos, sem tirar minha mão, que está apoiada em seu braço, acompanhando-o.

Quando diminuímos os passos, pude ver quem procurava. Emilio está acompanhando de uma mulher, que deve ser sua esposa e está usando trajes formais também, iguais aos de Matteo. Eu sorrio para os dois, mesmo não conhecendo a mulher e Emilio parece contente em me ver ali.

— Fico feliz de encontrá-los juntos assim. — Emilio diz, sorrindo para nós e indicando que Matteo e eu estávamos um do lado do outro, com minha mão apoiando seu braço forte e musculoso.

— Vieram só vocês? — Matteo interrompe a cena, que me deixou um pouco sem graça, por saber que nada daquilo era verdadeiro.

— Sim. Otavio e Pietra não quiseram vir.

Quem eram esses?

— Você deve ser a noiva de Matteo. Estou certa? — a mulher do lado de Emilio fala comigo, que ainda permanece ao lado de Matteo.

— Sim. Kiara, prazer. — me solto de Matteo, podendo cumprimentar a mulher com um abraço simpático.

— Greta. — se apresenta, com um sorriso amigável nos lábios. Ela com certeza deveria ser esposa de Emilio. Volto para o lado de Matteo, sem trocá-lo e agora apenas segurando minha bolsa de mão prateada. — Fico feliz de estar conhecendo a noiva de Matteo. Vi ele crescer. — ela sorri, olhando meu noivo.

𝐍𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀Ç𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐎𝐒𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora