28. Presentes ⚓

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━━ 𝐊𝐈𝐀𝐑𝐀 𝐌𝐀𝐑𝐓𝐈𝐍𝐈

Viro a página do livro, continuando a leitura, me entretendo com o presente de Lídia, que infelizmente não tinha conseguido terminar antes. O livro é bom e isso foi a melhor coisa que me serviu para me entreter o dia inteiro, querendo esquecer o que aconteceu mais cedo. Faltam apenas cinquenta páginas para terminar o livro, mas o barulho da porta do meu quarto se abrindo e Matteo entrando, me tira todo o foco.

— Você não aprende mesmo, não é? — sou irônica, fechando o livro, sabendo que veio me dizer alguma coisa, que espero que seja importante.

— Demoro para aprender certas coisas. — retruca, olhando meu quarto inteiro, parecendo estar conhecendo o lugar ou procurando por algo.

— O que veio fazer aqui? — pergunto, apoiando o livro fechado na minha barriga, prestando atenção no que veio fazer.

— Levante-se e vá se arrumar. — manda.

— Para?

— Vamos jantar.

— Hum, obrigada, mas não quero. — demonstrando desinteresse, abro o livro de novo, onde deixei o marca página e volto a ler.

— Pelo jeito já se recuperou do susto. — tira sarro. — Não está sentindo falta de me agarrar? — provoca, cruzando os braços, fazendo uma pose sexy. Fecho a cara, continuando a ler, sem olhar para ele.

— Estava frágil. Não se gabe por isso.

— Não estou me gabando. Só estou te recordando que me pediu para que eu não a tocasse e no dia seguinte me agarra? — insiste na provocação, me fazendo perder a paciência e fechar o livro com tudo.

— Será que dá pra parar? — me sento no sofá, encarando ele, não gostando da provocação. — Estava frágil, porque para sua informação, eu nunca havia sido assaltada antes, muito menos tive uma arma apontada na minha cara, tirando a vez que você colocou uma contra a minha cabeça. Obrigada por me ajudar naquela hora e me desculpe se você se incomodou quando eu te abracei, prometo não fazer mais. — digo, jogando um pouco na cara dele sobre hoje, sendo verdadeiro o meu momento frágil mais cedo e que não foi algo que eu realmente queria ter feito. — Agora, será que pode ir embora?

— Posso, se você parar de ser marrenta e ir se trocar para jantarmos. — diz e eu reviro os olhos, vendo o quanto é insistente.

— Por que quer tanto jantar comigo? Está com saudades? — provoco de volta, pouca coisa e ele ri fraco, irônico.

— Não vou repetir de novo. Vá se trocar. — aponta com a cabeça para meu closet. — Te espero lá embaixo. — se vira, caminhando até a porta, descruzando os braços. — E não demore. Estou com pressa. — avisa, antes de sair e fechar a porta.

Bufando, me levanto do sofá que tem no canto do quarto, onde cabe somente uma pessoa e vou para o closet, me rendendo ao convite, depois sentir minha barriga roncar. Eu não tinha comido mais nada, desde o almoço e eu não queria passar a noite com fome. Escolho qualquer roupa do armário, mas combinando com a peça de baixo que escolhi. Por ser de maneira inusitada o convite, não me preocupo dessa vez em demorar pra me arrumar, deixando Matteo irritado.

Faço uma maquiagem simples, não muito demorada e me avalio no espelho, gostando da roupa escolhida. Até que eu havia feito uma combinação boa de última hora, mesmo ficando indecisa às vezes quando me arrumo. Pego uma bolsa pequena que complementa a roupa, colocando apenas um batom dentro e nada mais. Que saudade do meu celular. Aqueles bandidos de merda me pagam! Saio do quarto, descendo as escadas e encontrando Matteo da forma que me disse a minutos atrás. Ele estava de fato me esperando. Quando me vê descendo os degraus, sorri debochando.

𝐍𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀Ç𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐎𝐒𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora