42. Surpresa ⚓

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• 𝐀𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚𝐬 𝐬𝐞𝐦𝐚𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬

━━ 𝐊𝐈𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐄𝐑𝐓𝐎𝐋𝐈𝐍𝐈

— Assine este outro, por favor, Kiara. — Emilio, depois de analisar, me entrega uma dupla de folhas, na qual nem perco em ler, para ver o que está escrito.

Assino os dois papéis, colocando ao meu lado esquerdo da mesa, onde uma pilha começa a se formar, me fazendo perceber que estou prestes a enlouquecer com tantos papéis e negócios a serem resolvidos. Não sei que horas são, muito menos a quanto tempo estou dentro desse escritório, mas o que sei, que a minha mão precisa de um descanso. Agora entendo perfeitamente o que Matteo passa, quando precisa resolver esses tipos de assuntos.

— Ah! Já ia me esquecendo. — Emilio diz, no momento em que penso que terei um minuto de descanso. — Preciso da sua assinatura neste papel. — ele me entrega, o que parece ser um papel de algum fornecedor ou algo do tipo.

— Sobre o que é esse?

— Encomendas de munição e drogas. — diz, com tanta simplicidade, que até me esqueço os tipos de coisas que andei assinando, confirmando o que o que estava escrito no papel me propunha.

— Não seria correto Matteo assinar esse? — questiono.

— Sim, mas como ele não está aqui, precisamos da sua. — sorri de canto. — Seu papel é esse, Kiara. A sua assinatura vale pela a de Matteo. É mulher dele, então se não temos ele, precisamos de você. Essa é uma das responsabilidades propostas para uma mulher da máfia, que inclusive, está se dando super bem no cargo. — elogia, me tirando um sorriso contente e satisfeito do rosto.

Assino o papel, perdendo as contas de quantas vezes fiz isso pela manhã. Como assinar papéis cansa!

— Acabou? — questiono, quase resmungando e implorando por uma pausa. Emilio me olha, notando meu cansaço e minha falta de vontade para continuar com o que fazíamos.

— Podemos dar uma pausa. — diz e no mesmo segundo solto um suspiro alto e aliviador. — Pode descansar, enquanto chamo Caio para que faça a entrega disso tudo e que preste a conta de outros. — Emilio deixa uma pasta em cima da mesa, de certo contendo diversos documentos dentro e sai do escritório, me deixando sozinha.

Quando penso que terei poucos minutos de tranquilidade e descanso, meu celular começa a tocar e no meio de tanta bagunça que está sobre a mesa, procuro pelo toque do telefone, encontrando ele debaixo de um caderno de anotações. Meus problemas de cansaço parecem desaparecer logo, assim que vejo quem me liga. Atendo a chamada, sem nem pensar duas vezes.

— Demorou para ligar. — aviso, assim que atendo o telefonema e volto a me sentar na cadeira confortável do escritório do meu marido.

- Acabei de sair de uma reunião. Não liguei antes porque não queria acordar você. — Matteo diz do outro lado da linha, onde também escuto uma porta se fechar.

— Onde está?

- Cheguei no hotel agora. Mais tarde preciso resolver outros assuntos pendentes. — ele dá uma pausa. — E você? O que está fazendo?

— Agora estou sendo sua esposa, mas antes de me ligar, estava sendo uma mulher da máfia e seu braço direito, resolvendo diversos assuntos e assinando diversos papéis e futuros negócios. — digo, me orgulhando de estar fazendo corretamente meu papel de sua mulher, principalmente quando está longe.

- Creio que está lidando corretamente com tudo.

— Na medida do possível. Emilio disse que estou me dando bem nesse cargo. — comento com ele, que deve ter percebido meu orgulho pela voz.

𝐍𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀Ç𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐎𝐒𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora