29. Digna ⚓

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━━ 𝐌𝐀𝐓𝐓𝐄𝐎 𝐁𝐄𝐑𝐓𝐎𝐋𝐈𝐍𝐈

— Você deveria fazer isso. — aconselha Emilio, seguindo meus passos, enquanto entro para dentro de casa. Rolo os olhos pelos lados, não encontrando Kiara. Deve estar com Rico, suponho.

— Depois eu penso o que eu faço. — respondo, ficando de saco cheio da sua voz no meu ouvido. Ao entrar no meu escritório, Emilio entra em seguida e fecha a porta e aquilo indica que queria conversar sobre algo importante comigo.

— E onde está sua noiva? — se sentando na poltrona que tem em frente a mesa onde trabalho, se acomodando. Sento-me na minha, prestando atenção no que Emilio diz.

— Deve estar com Rico por aí.

— Pelo o que percebo, vocês estão se entendendo. Está mais prestativo em relação a ela.

— Ela é minha noiva. É claro que tenho que demonstrar um pouco de prestação.

— Fico tranquilo em relação a isso. Às vezes acredito que esse casamento pode dar certo de verdade. — diz e eu reviro os olhos, não querendo ouvir essa merda saindo da sua boca. Emilio pode dizer coisas mais importantes.

— O que quer, Emilio? Sei que tem alguma coisa mais importante para dizer, do que ficar falando sobre eu e Kiara.

— Bom... — se ajeita na poltrona, juntando seus dedos em cima da mesa, me fazendo pensar que seria algo sério que vai dizer. — Marco e os demais conselheiros marcaram uma reunião com você.

— Sobre que merda é agora?

— Eles querem conhecer Kiara. — franzo o cenho na mesma hora, estranhando aquela reunião. Querem conhecer minha noiva? Por qual motivo?

— Por que?

— Não disseram. Inclusive... — ele olha para o relógio do pulso, checando as horas. — A reunião é daqui trinta minutos. — avisa.

— E você vem me falar isso agora?

— Você não atendeu minhas ligações. Queria que eu fizesse o que?

Grunhindo, me levanto do meu lugar, querendo esmagar o celebro do idiota que teve a ideia dessa reunião. Mas que porra. Dou a volta na mesa e abro a porta do meu escritório, para procurar Kiara pela casa. Ela com certeza estava aqui e provavelmente no quarto. Subo os degraus para o segundo andar da casa, indo em direção a porta do quarto do Kiara, querendo saber se estava lá. Ao abrir a porta, encontro o quarto vazio, sem a presença dela, mas escuto sua voz vindo de algum lugar. Dando alguns passos para dentro do cômodo, encontro Kiara mexendo em algo no seu guarda-roupa do closet e pelo que parece, está organizando sua coleção de bolsas.

Aliás, pra quê tantas? Somente uma não está bom?

— Kiara. — chamo e ela se vira na mesma hora, se surpreendendo de me encontrar ali. Ela ergue as duas mãos, tendo uma bolsa pendurada em cada uma dela.

— Qual? Rosa ou branca?

O que?

— Branca?

— Rosa.

Kiara se vira de costas para mim, colocando a bolsa rosa que segurava dentro do armário, posicionando-a em uma das prateleiras que tinha ali, expondo todas suas bolsas. Ela parece entretida com o que quer que esteja fazendo e eu apenas observo, tentando entender o que faz. Ela vira o rosto pra mim, percebendo que ainda estou ali parado e precisava avisar algo.

— O que foi?

— Precisam... — ela me corta, fazendo expressão de que se lembrou de algo, ao mexer nas suas roupas agora.

𝐍𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀Ç𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐎𝐒𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora