Firmness bateu na porta de Fiber e Aruana esperou que Blade a abrisse, porém foi o próprio Fiber quem apareceu. Ele entreabriu os lábios ao ver Aruana.
— Olá, Fiber. - cumprimentou a Nova Espécie.
— Olá.
— Sente-se bem?
Ele olhou novamente para Aruana.
— Estou melhorando.
— A fêmea Aruana quis ver você.
Fiber a encarou e seu rosto pegou fogo. Com a mão ainda segurando a porta, ele piscou e ficou em silêncio.
— Vim ver se está bem.
— Se preocupou?
— Claro. O acidente foi sério. - olhou para dentro da casa. — Blade não ficou com você?
— Eu o expulsei. Queria dormir.
— Ah, tá, claro.
— Entre.
— Só dei uma passadinha. Precisa descansar.
— Entre.
Aruana mordeu o lábio inferior, porém resolveu entrar. Ouviu Fiber falando com Firmness.
— Quer entrar?
— Não, vou ficar na varanda.
— Certo.
Aruana ficou no meio da sala e ele fechou a porta. Ele caminhou para ela e parou bem à sua frente.
— Você está bem?
Ela riu.
— Você já me perguntou isso. Eu estou bem. E você?
O rosto de Fiber relaxou.
— Estou bem.
— Você estava tonto mais cedo.
— Exagerei.
— Como assim exagerou? Você estava com sintomas da concussão, não estava?
— Não mais.
Aruana o olhou por um instante.
— Não entendo. Por que disse que estava passando mal?
Ele fixou os olhos nos dela e Aruana engoliu em seco.
— Gostei da sua preocupação comigo.
O queixo dela caiu com a franqueza dele. Não era a primeira vez.
— Isso... Eu... Não sei o que dizer.
Fiber se aproximou dela e Aruana se viu presa no olhar profundo e brilhante. A aura ao redor dele era estranha, misteriosa. O que se passava pela cabeça daquele homem?
Ele chegou mais perto e ela precisou olhar para cima, impressionada com os ombros largos e bíceps enormes.
— Eu nunca toquei numa humana. - ele comentou serenamente.
— O quê?
— São frágeis.
— Não estou entendendo.
Ele estendeu a mão e tocou no rosto dela, um arrepio a percorreu. Sua pele era tão quente...
— Ontem, no barco, eu quis tocar em você. Você se assustou?
— É...
— Espécies não ferem fêmeas.
— Não pensei nisso.
— Fomos acusados disso antes. Somos acusados de muitas coisas ainda.
— Eu sei. - ele acariciou sua pele e ela sentiu seu coração acelerando. — Eu... preciso me preocupar?
— Espécies tomam as mulheres que querem.
Aruana sentiu seu corpo pegar fogo.
— Vocês forçam mulheres?
— Não precisamos.- Fiber ergueu a outra mão e acariciou a curva do seu pescoço. Ele inclinou a cabeça e cheirou sua pele. - Seu cheiro mexe comigo.
Ela sentiu uma pontada no baixo ventre.
— M-meu cheiro?
— Sinto vontade de lamber você.
— O quê?
Espantada, Aruana se afastou e ele deixou.
— Nem te conheço! Não pode falar comigo assim! - Fiber a encarou. Ela apertou as mãos em punhos. — Não precisam forçar mulheres?
— Não estou te forçando.
— Você... você está sendo...
Fiber estendeu os braços e a puxou. Aruana se preparou para chutá-lo, mas ele apenas tirou sua bolsa.
— O que está fazendo? - ele colocou a bolsa em cima da mesa. — Não vou ficar. - ele ficou parado olhando-a e Aruana sentiu o suor aumentar em sua testa. Ele a estava deixando muito nervosa. — É melhor eu ir.
Dando um passo ele se aproximou dela novamente. Os olhos de Aruana desceram pelo corpo grande, pela pele escura e não foi com surpresa que sentiu os mamilos enrijecerem.
— Quero você, Aruana, e você me quer.
— Eu não quero você!
Ele arqueou a sobrancelha e olhou-a de cima a baixo.
— Seu corpo humano me diz algo diferente.
Ela ficou emudecida. Ele conseguia perceber sua excitação?
Não era puritana, já desejara outros homens antes, mas seu corpo nunca reagira tão violentamente a um.
Fiber se aproximou e segurou-a pela nuca. A outra mão deslizou por suas costa e parou na lombar e a puxou para ele.
— Eu quero você e você me quer. - ele repetiu.
— Você não sabe o que eu quero...
Fiber desceu a mão por seu pescoço e segurou um seio. Aruana inspirou fundo.
— Eu sei.
Ela viu o rosto dele se inclinando e não conseguiu evitar a boca cobrindo a sua. Gemeu quando as línguas se encontraram, sentindo a textura mais grossa. Primeiro as línguas deslizaram uma na outra e depois... Ah, depois as línguas digladiaram, se enroscaram, se lamberam! Ela gemeu novamente e, se colocando na ponta dos pés, passou os braços por seu pescoço. Fiber segurou sua bunda e a ergueu; Aruana o circundou com as pernas, apertando-se contra ele.
Ficaram um longo tempo se beijando, sugando a língua do outro. Aruana se sentia inflamada e se esfregou nele, tentando diminuir a pressão entre suas pernas; sua calcinha já estava encharcada.
De repente ela se lembrou do acidente dele e afastou a boca.
— Você está se recuperando! - exclamou com a voz arfante.
— Eu estou bem.
Ela notou que seus olhos pareciam mais sombrios e o amarelo das suas íris brilhava agudamente.
— Me ponha no chão.
— Não.
— Não deveria estar fazendo força. - ele sorriu e ela ficou impressionada com as presas brilhantes.— Por que está rindo?
— Não estou fazendo força.
— Está comigo no colo.
Ele apertou sua bunda.
— Você não pesa nada.
Aruana suspirou. Tinha que confessar que estava muito à vontade no colo dele. Fiber a fez deslizar por seu pênis e gemeram juntos. Ele fez novamente e Aruana fechou os olhos, curtindo a sensação. Um gemido longo escapou de sua boca quando ele chupou seu pescoço.
Por um momento Aruana pensou que ele a acharia muito fácil, contudo a ideia de estar nos braços de um sombrio Nova Espécie a fazia esquecer seus pudores. Precisou de muita força de vontade para colocar a preocupação por ele acima do tesão enorme que sentia. Abriu os olhos e o puxou pelos cabelos.
— Por favor, me ponha no chão.
— Você não quer?
O semblante decepcionado quase a fez desistir.
— Você teve uma concussão, tem que repousar.
— Não faça isso comigo, Aruana.
— Quero que você se recupere.
— Eu estou bem, já disse.
Ele apertou-a novamente, mas ela não mudou de ideia.
— Amanhã poderemos conversar sobre isso.
— Hoje.
— Será que não entende?
— Eu nunca quis uma humana. Você é a única.
— Amanhã.
Ele fez um som como um silvo e ela se surpreendeu. Fiber a soltou devagar e, ao ficar em pé, Aruana sentiu as pernas trêmulas.
Então, pegando-a completamente desprevenida, Fiber a pegou no colo.
— Fiber!
Ele foi para o quarto e ela arfou quando a deitou na cama.
— Não! Fiber, isso não vai acontecer!
Sem ter tempo de impedi-lo ela sentiu suas mãos no cós da calça comprida.
— O que está fazendo?
— Abra ou eu a rasgarei.
— O quê? - ela arregalou os olhos. — Eu não vou... - Aruana ouviu o estampido do botão sendo arrancado quando ele forçou o tecido. — Ei! - Fiber puxou a calça com tanta força que sua calcinha desceu junto. — Pare! Você está me assustando! - Para sua enorme surpresa, Fiber abriu suas pernas e megulhou o rosto entre elas, beijando suas coxas. Ela tentou empurrá-lo, mas ele nem se mexeu— Pare, seu doido! Você disse... você disse que não forçava mulheres!
Erguendo o rosto que parecia ao de um predador, ele a olhou.
— Não vou te forçar. Você vai gostar.- e abaixou a cabeça.
O movimento seguinte foi lamber sua vulva de baixo para cima. Aruana quase engasgou com o choque. Ele fez de novo e ela tentou se afastar, porém as mãos grandes a seguravam firmemente.
Fiber começou um movimento de subida e descida, a língua forçando a pele sensível.
— Não... - reclamou, mas até ela sabia que não havia nenhuma convicção.
Ele sugou o clitóris e ela arquejou, seduzida pelo prazer. Fiber segurou o pequeno botão com os dentes e ela gemeu, derrotada.
Nos momentos seguintes só ouviu-se os gemidos dela que mais pareciam um choramingo. Aruana segurou os seios, sentindo-os muito sensíveis. Ele diminuiu a pressão das mãos e ela ergueu os quadris para aumentar o contato com ele.
Fiber colocou suas pernas sobre os ombros e, segurando as bandas do seu traseiro, enfiou a língua profundamente em sua vagina. Aruana deu um grito e, pela primeira vez, lembrou-se de Firmness.
— Fiber... Fiber... Minha escolta...
Ele ergueu a cabeça e ela imaginou que derreteria de excitação ao ver os lábios dele molhados com o seu suco.
— Ela está bem.
— Mas...
— Nada de mas.
Ele mergulhou nela novamente e Aruana pensou que aquilo era uma loucura.
Fiber enfiou um dedo em sua vagina e ela a contraiu.
— Apertada. - ele grunhiu e continuou.
O ritmo das carícias aumentaram e ela se viu agarrando a cabeça dele, rebolando contra a sua língua, repetindo o seu nome e gemendo enlouquecida de prazer.
Estava com os olhos apertados, impossibilitada de mantê-los abertos quando sentiu outro dedo de Fiber entrando nela. Mas ele não ficou ali; ele tirou o dedo pingando e o esfregou contra seu ânus, fazendo-a arquejar.
Aquela sensação, o dedo entrando e saindo da sua vagina, a boca que a devorava... Aquilo a levou ao limite .Aruana arqueou as costas e gritou quando seu corpo liberou toda a energia acumulada em suas entranhas. Arregalou os olhos e não reconheceu o grito agudo que soltou, nem as lágrimas que escorreram de seus olhos. Ergueu as pernas com o impacto do orgasmo, estremecendo nas mãos dele. Ficou sem fôlego e aspirou o ar pela boca. O gozo foi forte e longo.
Não sabia quanto tempo se passou quando ergueu a cabeça. Fiber acariciava sua coxa e a olhava, os olhos brilhando.
— Por favor, Aruana, não me faça repousar.
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Fiber: Uma história Novas Espécies 4
ФанфикQuando Fiber foi libertado do laboratório Mercille no Colorado, ele encontrou a sociedade das Novas Espécies estabelecida. Mesmo com todo o apoio da ONE, Organização das Novas Espécies, Fiber sente que não se adaptou totalmente ao mundo. Sente-se ma...