Capítulo 23

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Deitada de costas sobre o corpanzil de Fiber, Aruana curtia o langor que a dominava. Ele, aparentemente saciado, a acariciava, deslizando as mãos dos seios aos  quadris.
Aruana ergueu as mãos e enfiou os dedos nos cabelos dele, puxando-os levemente.
Fiber a buscara na casa de Estela. Quando ele chegara parecia aborrecido e olhara para Felipe como se fosse quebrar o pescoço do rapaz, porém depois ficara brincando com Peace que se revezara entre o colo dos dois.
Quando Estela levara o menininho para dormir, Fiber a pegara pela mão e a puxara para fora, mal lhe dando tempo para se despedir.
Buscaram sua bagagem na cabana de Creek e foram para a cabana dele.
Fiber colocara as bolsas sobre o sofá e a levara para o seu quarto. Aruana se sentira uma boneca de pano. Fiber a jogara na cama, arrancara suas roupas e provocou todo o seu corpo, utilizando as mãos e a boca. A possuíra de quatro, agarrando-a pelos quadris. Ela pensara que morreria de tanto prazer.
Agora estava ali, mergulhando os dedos entre as mechas grossas do cabelo abundante. Suspirou quando ele acariciou seu púbis.
— É gostoso... - ele ronronou.
— Me tocar?
— Tocar esses pelos. - ele puxou os pelinhos e ela riu.
— Gosta?
— Gosto. As fêmeas espécie não têm pelos aqui.
— Não?
— Não.
— Mas... Você também não tem pelos. É todo lisinho.
— Fomos feitos assim.
— Eu gosto.
— Bom.
Ele aumentou a carícia e deslizou um dedo por sua fenda. Aruana deu um gemido fraquinho.
— Não provoque...
Ele riu contra sua nuca.
— Mas você gosta.
— Gosto.
Fiber subia e descia pela carne sensível e ela sentiu o desejo aquecer seu corpo. Se remexeu e sentiu o pênis duro contra sua bunda.
— Posso te fazer uma pergunta?
— Unhum. - ele beijou a curva do seu pescoço.
— Você não se cansa?
— De fazer amor com você? Não.
Ele mordiscou seu ombro.
— Ai...
— Machucou?
— Não. Foi só uma sensação diferente.
Ele pressionou novamente e ela sentiu as presas afiadas.
— Não vá me morder!
— Não posso?
— Nunca fui mordida.
— É bom.
—  O quê? - ela riu, apenas levemente inquieta. — Você morde?
— Já mordi fêmeas, mas porque elas pediram.
— Não acredito!
— O macho morde para mostrar sua posse sobre a fêmea. É o único momento que as fêmeas espécies aceitam nosso domínio.
— Nossa...
Ele deslizou as presas do ombro até o pescoço. Quando ele pressionou um pouco mais forte, ela arfou.
— Fiber!
— Hum?
— Não quero ser mordida! - ela riu novamente, mas agora de nervoso.
Ele soltou um gemido que parecia de frustração e soltou-a das presas. Aruana disfarçou o suspiro de alívio. Ficaram um longo momento de silêncio e ele falou.
— Esta é uma das diferenças entre homens e espécies.
— São muitas diferenças?
— Tenho DNA de animal e, às vezes, meu instinto prevalece.
Ela lembrou-se da luta dos Novas Espécies na França e de como reagiram com selvageria ao ataque. Enrolou os dedos nos cabelos dele, refletindo que ali debaixo dela estavam mais de cem quilos de uma criatura que era mais forte, mais rápida e, provavelmente, mais inteligente que ela. E ele também tinha uma fera dentro de si. E ela estava completamente indefesa contra ele. Soltou seus cabelos e pousou as mãos sobre as dele.
— Mas você é predominantemente humano.
— Creia em mim, doçura, não sou.
Ela engoliu em seco e decidiu tornar a conversa mais leve.
— Posso fazer outra pergunta?
— Pode, claro.
— Por que você sempre me pega por trás?
Fiber se virou e ela escorregou para o colchão; ele apoiou a cabeça numa mão e acariciou seus seios com a outra.
— Você não gosta? - perguntou com um olhar engraçado. Parecia um gatinho perdido.
Aruana segurou o rosto dele.
— Eu amo! - ele sorriu, mas ela continuou. — É que há outras formas...
— Eu conheço. - ele hesitou. — Mas nunca fiz.
— Nunca fez o papai-e-mamãe?
— Como é que é?
— É quando o homem olha a mulher no rosto.
— Ah... Sei.
— E tem quando a mulher cavalga o homem.
— O quê?
Aruana beijou rapidamente os seus lábios, rindo. Achava uma gracinha ele não ter tanta experiência assim.
— A mulher por cima.
— Alguns machos me falaram sobre isso, mas eu nunca quis fazer.
— Quero fazer tudo com você, Fiber...
— Nunca fiz.
— Você já me disse. - ela se encostou nele, que olhou para os seios pressionados nos seus músculos peitorais. — Mas não quer experimentar? - o olhar espantado dele era digno de uma risada, mas ela se conteve. Deslizou a mão por seus bíceps avantajados. — Eu adoraria...
Ele a encarou longamente. Aruana conseguia ver seu cérebro funcionando como uma máquina ajustando as peças. E sentiu o pênis muito duro cutucando suas coxas.
— Posso experimentar.
Aruana ergueu o rosto e o beijou. Apertou-se mais contra ele e imprimiu no beijo todo o desejo que sentia. Deslizou a mão pelo corpo dele e apertou sua bunda, enquanto passava a perna sobre a coxa poderosa.
O beijo se aprofundou e ele ronronou em sua boca.

Fiber: Uma história Novas Espécies 4Onde histórias criam vida. Descubra agora