Fiber respirava pesadamente. Estava tão excitado que seu membro não cabia mais dentro do short e suas bolas doíam.
Ela olhava para ele, os olhos muito abertos e brilhantes.
— Eu não posso. - ela respondeu, arfante.
— Pode, sim.
— Fiber, você não devia nem... Concussão é muito sério.
— Você não quer? - ergueu-se e ficou de quatro por cima dela.
Aruana segurou seus ombros.
— Você não pode.
— Eu quero.
— Não. - ela tentou empurrá-lo. — Eu vou embora.
— Não. - ele se deitou em cima dela. — Você ficará aqui.
— Fiber... Seja coerente. Você não pode fazer esforço; já fez demais.
— Você não gostou?
— Eu... foi... Foi maravilhoso.
Fiber tentou beijá-la, mas Aruana virou o rosto. Ele sentiu sua irritação surgindo. Queria aquela fêmea! Segurou seu rosto e o virou para ele. Ela o olhava com firmeza.
— Diga que sim.
— Você me fez sexo oral para eu concordar?
— Sim.
— Me solte, Fiber.
— Não.
— Você disse que não me forçaria.
Fiber rosnou.Ela não mudaria de ideia! Levantou-se e a olhou. O sexo dela desprendia um aroma maravilhoso e ele não sabia quanto tempo mais conseguiria se controlar para não possui-la. Apertou o pênis, frustrado.
— Melhor você sair. - ela entreabriu os lábios e ele lamentou o olhar magoado. Tratou de se explicar. — Para eu me controlar.
Ela piscou os olhos e se ergueu nos cotovelos. Encarou-o por um instante e se levantou. Fiber respirou fundo e a observou vestindo a calcinha e a calça comprida; a braguilha estava destruída.
— Você tem um alfinete ou coisa parecida?
— Não sei o que é alfinete.
— Algo para prender a braguilha.
Ele franziu a testa, pensando.
— Não tenho nada.
— Vou ter que sair desse jeito. - lamentou.
— Desculpe.
Ela balançou a cabeça e deu um sorriso.
— Você é muito intenso.
— Sou espécie.
— Grande explicação... Você tem um cinto?
— Tenho.
— Me empresta?
Fiber abriu o guarda-roupa, pegou um cinto e entregou para ela. Aruana o vestiu e o apertou ao máximo.
— Deu um jeito. - encarou-o. — Estou indo.
Ele queria abraçá-la, mas não confiava em si mesmo. Foi para a sala e esperou que ela o seguisse. Pegou sua bolsa e entregou para ela. Aruana a vestiu caminhando para a porta. Segurou a maçaneta e o olhou.
— Quem vai me acompanhar amanhã?
Ele já havia esquecido daquilo.
— Pedirei à Estela que a leve pelo complexo. E Firmness será sua escolta.
— Obrigada.
Ela mordeu o lábio e deu um pequeno sorriso, ainda segurando a maçaneta.
— Obrigada por tudo. Foi muito, muito bom.
Ela abriu a porta e saiu para a varanda. Firmness enfiou a cabeça na abertura.
— Te vejo depois, Fiber.
— Até mais.
E Aruana saiu para o crepúsculo.
Fiber fechou a porta, chateado. Já se frustrara sexualmente antes, porém nada parecido com aquilo. Mais cedo Leona o visitara, oferecera carinho, contudo ele não a quisera, apesar da gentileza da amiga. E o problema era que suas bolas continuavam doendo e o pênis estava duro como um pau. Zombou de si mesmo; estava se comportando como um macho inexperiente. Foi para o banheiro, decidido a resolver o problema. E que se danasse a concussão!
Abaixou o short onde o pênis formava uma barraca. Segurou o órgão sofredor e o apertou; doía. Começou com movimentos para cima e para baixo e gemeu. Aquilo era bom, mas queria mesmo era se enfiar todo dentro de Aruana. Ela era muito apertada como os outros caras disseram sobre as fêmeas humanas.
Aumentou a pressão no pênis imaginando-o entrando e saindo dela. Fechou os olhos, curtindo as sensações que a carícia despertava.
Lembrou do gosto de Aruana e de como ela se desmanchara em sua língua. Os sons que ela fazia voltaram à sua mente e ele acelerou os movimentos, os quadris acompanhando para frente e para trás.
Queria Aruana, tinha que tê-la. Ele a montaria com cuidado para não machucá-la, mas lhe dedicaria toda a sua luxúria.
Gemeu, sentindo o orgasmo se aproximar.
— Aruana... - o nome dela soando como um afrodisíaco. Lançou a cabeça para trás. — Aruana... Aruana... Ah...
Ele contraiu os glúteos e o gozo veio muito quente e abundante; segurou os testículos que esvaziavam rapidamente, gemendo de pura satisfação.
Respirou fundo com o alívio e sentou no vaso sanitário, exausto de prazer e com uma dor de cabeça se insinuando.
Sentia que aqueles dias com Aruana seriam bem intensos.Aruana saira da cabana se sentindo envergonhada. O que Firmness havia pensado de sua demora na cabana? Deixara a blusa para fora da calça para esconder a braguilha arrebentada. Pelo menos a Nova Espécie não comentara nada.
A mulher a deixara na cabana de Creek, prometendo buscá-la para jantar.
Aruana tomara banho e sentara para escrever sobre a visitação na estufa. O acontecimento, porém que não saía da sua mente, não poderia ser escrito. Era claro que uma mídia de fofocas adoraria saber sua aventura sexual com um Nova Espécie, mas aquele não era o seu trabalho.
E , para falar a verdade, ela não saberia explicar aquele encontro. Fora uma surpresa, fora intenso e puramente sexual. Como justificar sua entrega total?
Creek entrou na cabana.
— Aí está a melhor repórter do Brasil.
— Eu?
— Você.
— Por quê?
— Foi testemunha do acontecimento mais marcante do ano.
— Qual?
— Blade colocando Fiber para dormir.
Aruana levou a mão à boca.
— E isso é acontecimento mais marcante?
— Blade é um grande lutador e Fiber nunca lutou com ele. Fiber não luta para vencer, só para treinar.
— E você está feliz por que ele foi ferido?
— Não. Estou feliz, porque aquele macho sombrio se permitiu sair do controle uma vez na vida.
Aruana pensou então que aquele era um dia atípico para Fiber, já que aparentemente saíra do controle com ela também.
— Entendi.
Creek lhe deu um olhar curioso.
— Soube que você passou o dia com ele.
O rosto de Aruana queimou.
— Eu só o acompanhei depois que acordou. Ele disse que estava tonto.
— E você conseguiria carregá-lo se caísse?
— Bom, não.
— Ficou com ele, não foi?
— Almoçamos, mas Blade estava junto. Como você sabe disso?
— Leona me contou.
— Ah...
— Ela foi para a casa dele, mas não ficou. - Aruana não fez comentários. — Ela gosta dele.
— São um casal?
— Eles compartilham sexo. - ela ficou de queixo caído e Creek continuou. — Mas isso não é grande coisa, ele compartilhou com outras também.
— E Leona sabe?
— Por que não saberia?
— Porque é um assunto particular.
— Ah, pouca coisa é segredo entre os espécies.
— Com as fêmeas também?
— Ninguém faz nada escondido.
— E se a pessoa quiser segredo?
— Acho difícil.
Aruana franziu a testa. Fiber contaria a alguém o que acontecera?
— Eu acho que me incomodaria com isso.
— Tomamos cuidado com os humanos. São muito sensíveis.
— Somos bem diferentes.
— Em algumas coisas. - Creek caminhou para o banheiro. — Vou tomar um banho. Se quiser, me espere para jantar.
— Eu espero.
— Beleza.
A mulher entrou no banheiro e Aruana ficou pensativa. Bem que desconfiara do envolvimento entre Fiber e Leona! Ele pretendia fazer sexo com ela, mas já tinha sua parceira. Ele era igualzinho aos outros homens!
Primeiro a pegara no colo, depois a assediara no Clube e por último... Estalou a língua, contrariada. Por ultimo lhe fizera o melhor sexo oral da sua vida! Cretino! E ela preocupada com a sua saúde!
Balançou a cabeça, chateada, e se pôs a limpar as lentes das câmeras.
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Fiber: Uma história Novas Espécies 4
FanfictionQuando Fiber foi libertado do laboratório Mercille no Colorado, ele encontrou a sociedade das Novas Espécies estabelecida. Mesmo com todo o apoio da ONE, Organização das Novas Espécies, Fiber sente que não se adaptou totalmente ao mundo. Sente-se ma...