O almoço acabara sendo muito mais tarde. Fiber fora até o clube e trouxera sanduíches e suco. Comeram na cama conversando sobre suas vidas, ela inteiramente nua.
Fiber fizera muitas perguntas sobre sua vida em São Paulo e sobre sua ancestralidade.
— ... também sempre acho que vai sair um bicho do mato.
— E você aceitou vir para o Acre mesmo com medo?
— Trabalho é trabalho.
Fiber engoliu o último pedaço do último sanduíche e pegou a garrafinha de suco. Aruana admirou o pomo de Adão mover-se a cada gole. Fiber era simplesmente um monumento sensual.
Ele abaixou a garrafa.
— O que foi?
— Você é gostoso demais. Não consigo parar de te olhar.
Ele deu um pequeno sorriso.
— Não vai terminar o seu sanduíche?
— Estou cheia.
Fiber enfiou o restante do sanduíche dela na boca, pegou as embalagens dos sanduíches e as garrafinhas. Aruana o observou, enquanto ele saía do quarto. Aquele uniforme da ONE privilegiava o seu corpo. A bunda era uma delícia...
Deitou-se de bruços na cama e cruzou os pés no alto, balançando-os tranquilamente. Sentia-se relaxada demais. Apoiou o queixo nas mãos e ficou esperando ele voltar.
Transar com aquele homem fora uma experiência incrível! Sentira-se frágil e pequena em seus braços e se entregara completamente. Fazer sexo com um Nova Espécie era diferente de tudo o que já vivera. Relembrou os rosnados e grunhidos dele enquanto a possuía e o urro animal no clímax. Não tinha com o que comparar.
Fiber voltou e parou à porta, olhando-a.
— Vai ficar me olhando, poderoso Fiber? - ela brincou.
— É uma visão muito boa.
— Então, vem cá...
Fiber hesitou.
— Precisamos voltar ao trabalho.
— Está no horário do almoço.
— Espécies não têm horário de almoço.
— Não descansam após o almoço?
— Não.
— E começam a trabalhar ainda de madrugada.
— Sim.
— Sei que dormem muito pouco.
— Dormimos o necessário.
— São como super-homens.
Fiber sentou-se na cama.
— Alguns humanos nos chamam disso e dizem que queremos dominar o planeta.
— Você não acha isso possível?
Fiber estreitou os olhos para ela e acariciou suas costas.
— É possível, porém não temos a intenção.
Aruana sentiu seu ímpeto jornalístico aflorando.
— Eu pesquisei sobre as Novas Espécies. Vocês são mais fortes, mais rápidos e têm sentidos apurados como alguns animais. Soube que enxergam no escuro e ouvem à distância.
— Os caninos ouvem e farejam melhor que os felinos.
— E você enxerga no escuro?
— Muito bem.
— E a inteligência? São todos muito inteligentes?
— Acho que Justice é o espécie mais inteligente, mas os primatas costumam ser bem inteligentes.
Aruana se sentou na cama e percebeu o olhar sobre seus seios. Acariciou o rosto dele e Fiber beijou sua mão.
— É verdade que os bebês são superiores também às outras crianças?
Fiber voltou a estreitar os olhos.
— Está fazendo uma reportagem comigo? - perguntou com o semblante sério.
Aruana o abraçou.
— Estou aproveitando sua companhia ao invés de perguntar para outra pessoa.
— Hum...
Ela percebeu o incômodo dele.
— Mas posso perguntar para outros se você preferir.
— O que mais quer saber?
— Sobre os casamentos.
— O que tem?
— E se uma mulher desejar se separar?
— Isso não acontece.
— Mas e se ela estiver infeliz?
— No acasalamento o macho faz tudo para fazer sua fêmea feliz.
— Tudo o que ela quiser?
— Tudo, desde que não prejudique nenhum espécie.
— Ah, entendo.
Ela se ajoelhou na cama e passou uma perna sobre ele e sentou em seu colo. As narinas dele estremeceram.
— E se, mesmo assim, a mulher quiser se separar? - perguntou, beijando a pele do pescoço dele.
— Não sei responder.
— Nenhuma tentou? - depositou vários beijinhos.
— Nenhuma.
Aruana imaginou se todas as mulheres realmente eram felizes. Os Novas Espécies seriam tão diferentes dos homens comuns?
Fiber acariciou suas costas e segurou seu traseiro. Aruana o beijou. Achava excitante beijar sua boca sabendo que as presas poderiam feri-la a qualquer instante. Fiber a movimentou, esfregando-a em seu pênis. Virou-se e se deitou sobre ela, que afastou a boca.
— Não estava preocupado com o trabalho?
— E você não está trabalhando, fazendo todas essas perguntas?
Ela riu, o rosto escondido pela cortina que os cabelos de Fiber formavam.
— Você tem toda a razão.Fiber se esticou todo, curtindo o carinho que Aruana fazia em suas costas. Eles compartilharam sexo novamente e ele adorou montá-la mais uma vez. O corpo dela, apesar de ser tão diferente de suas fêmeas, parecia ter sido feito para ele, tão bem se encaixavam.
— Fiber, você vai me mostrar o sistema de defesa de vocês?
— Por que quer saber?
— Porque sei que já foram atacados algumas vezes. Imagino que tenham todo um esquema montado.
Ele não queria falar sobre suas defesas e não acreditava que os humanos precisavam saber daquilo.
— Estamos preparados.
— Que tipo de armamento usam?
— Por que quer saber? - repetiu.
— Nossos leitores se interessam por tudo sobre as Novas Espécies.
— É sigiloso.
— Possuem um pequeno exército?
Fiber se virou para ela.
— Precisa saber sobre isso?
— Eu gostaria que minha reportagem fosse diferente das outras que já postaram.
Ele a olhou, ressabiado.
— Não posso te dar estas informações.
— Tem certeza?
— Tenho.
Ela ergueu os ombros.
— Que pena. Eu queria que pudesse.
Ele estendeu a mão e a puxou para si.
— Posso te levar de novo para ver as instalações.
— Eu gostei da plantação.
— A plantação, não.
— Por quê?
— Por que eu não quero.
— Não entendo.
— Não quero aquele Felipe perto de você.
— Está com ciúmes do Felipe?
Fiber ergueu as sobrancelhas.
— E se estiver?
Aruana segurou seu rosto e lhe deu um beijo estalado.
— Vou achar uma gracinha.
— Nunca senti ciúmes.
— E está sentindo agora?
Ele fechou os olhos e a beijou, encerrando o assunto. Beijou-a gostosamente, pensando que a queria muito. Aruana se afastou dele.
— Preciso de um banho.
— Por quê?
— Por que estou suada. E você também.
— Quero ficar com o seu cheiro.
— Prefiro que tome um banho comigo. - ele se interessou. — Vou adorar lavar os seus cabelos.
Fiber se ergueu e tirou o uniforme.
— Vamos.
Aruana se levantou, faceira e foram para o banheiro. Algo dentro do peito de Fiber se aqueceu ao entrar com ela no box; experimentava uma intimidade que nunca tivera.
Abriu o chuveiro e ela deslizou as mãos pelo corpo dele. Fiber ficou debaixo da ducha, gostando da sensação da água fresca com as mãos quentes de Aruana. Ela pegou o sabonete e começou a ensaboá-lo.
— Você é enorme.
— E você é pequena.
— Não sou pequena. As Novas Espécies que são muito grandes. Não vou conseguir lavar os seus cabelos.
— Eu posso me abaixar.
— Tá.
Ele ficou quieto, curtindo enquanto ela o ensaboava.
— Vire de costas.
Ele se virou e ela continuou. Chegou na bunda e deu um beliscão.
— Está tentando tirar um pedaço?
— Não, quero você inteiro.
Aruana o fez virar-se novamente e ensaboou seu pênis. Fiber gemeu.
— Isso é bom...
— Está gostoso?
— Está. - ela largou o sabonete e começou a massagea-lo. Aruana o olhava com um sorrisinho. — Você também está gostando?
— Estou. - acariciou seus testículos. — Você é uma delícia.
Fiber apenas sorriu. As mãos dela deslizavam por ele numa carícia sensual. Ela acelerou o ritmo das mãos e sorriu para ele. Fiber sentiu o desejo de pega-la no colo e possuí-la. Seria tão fácil, mas ela parecia estar gostando tanto...
— Quero fazer você gozar... - ela falou com os olhos brilhando.
— Faça. - ordenou e se entregou à carícia.
As mãos de Aruana eram frágeis, mas o acariciavam com firmeza. Ele segurou seus quadris e ficaram olhando-se. Aquele era um dos momentos mais eróticos que já vivera.
Curtiu como seu corpo reagia à Aruana. Seu coração batia loucamente e gemia, enquanto o prazer lhe causava arrepios.
Sentiu uma pressão começar na base da sua coluna e seus músculos se retesaram. Lançou a cabeça para trás e avisou.
— Vou gozar, Aruana.
— Goza, querido, goza. - convidou, encostando o pênis em sua barriga.
Ele rosnou quando sentiu a onda de prazer começar e urrou quando o orgasmo explodiu, quente, pesado. Jorrou seu esperma contra ela, que apertou seu pênis.
Fiber se entregou ao gozo, suas pernas enfraquecidas com a força do clímax. Gemendo, encostou a testa na dela. Estava vivendo novas experiências com Aruana e se perguntou como se sentiria quando ela partisse.
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Fiber: Uma história Novas Espécies 4
Fiksi PenggemarQuando Fiber foi libertado do laboratório Mercille no Colorado, ele encontrou a sociedade das Novas Espécies estabelecida. Mesmo com todo o apoio da ONE, Organização das Novas Espécies, Fiber sente que não se adaptou totalmente ao mundo. Sente-se ma...