Capítulo 33

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Aruana caprichara nos cuidados naquela noite. Tomara um banho revigorante e passara um hidratante com odor suave, apenas para deixar a pele mais macia. Fiber gostava de acariciar todo o seu corpo.
Ela não tinha uma camisola sensual para usar, então comentara com Creek e logo a mulher surgira com uma camisolinha vermelha de seda e renda. Em Creek ficava muito curta, mas nela ficara perfeita.
Fiber não ligara para ela o restante do dia, o que confirmara que estava muito, muito chateado.
Agora acendia velas na mesinha de cabeceira, deixando o ambiente aconchegante.
Recostou-se à cabeceira da cama e cruzou as pernas, aguardando.
Quando passava um pouco das oito da noite a porta da sala se abriu. Apagara todas as lâmpadas da cabana e esperou que ele fosse atraído pela luz das velas.
Fiber parou na porta do quarto, olhando-a com o semblante sério.
— O que é isso?
— Uma noite especial. - ele deu dois passos em direção à cama; Aruana ajoelhou-se, deixando-o ver a camisola. Fiber continuou a olhá-la com seriedade. Ela deslizou as mãos pela camisola. — Você gostou da camisola?
— É bonita.
— É emprestada. Eu quis vestir algo bonito para você.
Ele inclinou a cabeça para o lado.
— Por quê?
— Porque você merece.
— Mereço?
Ela fez um barulhinho com a boca.
— Você tem sido maravilhoso para mim. - ele ficou em silêncio. Aruana se colocou de quatro e começou a se movimentar como uma gata. Fiber franziu as sobrancelhas, porém ela viu que estava fazendo efeito, seu pênis crescendo contra as calças. Chegou na beirada da cama e se ajoelhou de novo. — Por que não vem tirar essa camisola de mim?
Ele estreitou os olhos, dourados à luz das velas. Depois de alguns segundos ergueu a blusa e a tirou. Se aproximou dela e parou na beirada da cama.
— Quer me agradar? - ele perguntou, segurando sua nuca.
— Sempre, Fiber.
Fiber arqueou uma sobrancelha.
— Sempre, não.
Aruana suspirou.
— Não vamos discutir agora, por favor.
Ele acariciou seus lábios.
— Você não quer que eu diga o que desejo.
— Fiber...
Ele a encarou por um instante.
— Está bem.
Fiber começou a tirar a bermuda e Aruana passou a língua nos lábios, saboreando aquele momento. Não se cansava de vê-lo nu.
Ele a tocou e empurrou para trás. Aruana caiu na cama, rindo.
— Ei!
Fiber acariciou-a por cima da camisola, os olhos ainda muito sérios. Enfiou as mãos debaixo do tecido sedoso e puxou a calcinha. Aruana colocara uma preta que ele gostava.
Ele puxou a peça por suas pernas rapidamente.
Ela riu novamente.
— Que pressa!
Fiber ajoelhou na cama, abriu suas pernas, colocou-as sobre seus ombros e mergulhou o rosto em sua fenda. Aruana gemeu ao sentir a língua lambendo-a toda. Segurou a cabeça dele, enfiando os dedos pelas longas mechas.
Ela arquejou quando ele enfiou a língua em sua vagina, vibrando e metendo rapidamente.
— Fiber... - gemeu o nome, sentindo-se absurdamente excitada.
Quando ele deu uma mordida suave, ela arqueou o corpo. Desde que conversaram a respeito, ela ficava esperando, com medo, que ele a mordesse repentinamente.
Ele passou a lambe-la e chupá-la como se tivesse pressa. Fiber a devorava, fazendo-a encolher os dedos dos pés de tanto prazer.
— Ai, amor!
Aruana agarrava seus cabelos, puxando, mas ele não reclamou.
Então Fiber a virou de bruços impetuosamente. Aruana arfou, surpresa com a paixão dele. Ele abriu suas nádegas, cravou os dedos em sua carne e lambeu seu ânus. Ela rolou os olhos, o coração acelerando a cada lambida. Sentiu que gozaria em breve.
Fiber ergueu seus quadris, encaixou o pênis na entrada da vagina e numa arremetida a penetrou . Aruana deu um gritinho com a firmeza que ele usou.
Ela estranhou,  pois Fiber só a penetrava depois que gozasse e achou extraordinário que ele não vestiu o preservativo.
Fiber não esperou que ela se acostumasse com seu tamanho, mas começou a meter e recuar em movimentos rápidos. Aruana se viu lançada para a frente e ele a puxou de volta.
Ele gemia e rosnava e finalmente percebeu que Fiber não estava falando. Abriu a boca para falar, porém o que saiu foi um grito quando ele tocou num ponto que a fez ver estrelas.
Ele não estava sendo cuidadoso e se lançava nela com um ímpeto que nunca usara antes. Seu quadril se chocava com a bunda dela, sons de carne contra carne, sons molhados.
Aruana jogou a cabeça para trás e gemeu loucamente, o clímax se aproximando. Fiber acelerou os movimentos e ela imaginou que não aguentaria mais.
Ele deu uma estocada profunda, urrou e estremeceu contra ela. Fiber ejaculou em jatos quentes, abundantes e ela sentiu sua intimidade ficar mais quente do que já estava.
Os dedos dele, que a apertavam com força, relaxaram e ele ficou quieto, apenas buscando fôlego.
O ato fora impressionante, entretanto Aruana ainda estava excitada, o corpo clamando por alívio. Fiber se inclinou, cobrindo o seu corpo. Ele tocou sua vulva e começou a acariciá-la. A sensação era muito gostosa, mas ela estava decepcionada. Queria ter gozado com ele dentro dela.
Em um minuto ela atingiu o orgasmo, dizendo o nome dele. Fiber beijou suas costas, enquanto ela sentia seu corpo sacudindo de prazer.
Aruana se sentou e sentiu o sêmem vazar. Fiber se deitou e a puxou, deixando-a de costas para ele.
Aruana esperou seu coração desacelerar. Fora tudo tão intenso!
Puxou a mão dele e colocou sobre seu coração.
— Uau... O que foi isso tudo?
Ele  beijou-a atrás da orelha.
— Você disse que queria me agradar.
Aruana olhou para trás.
— E isso te agradou?
— Foi bom.
— Bom? - Aruana se virou para ficar de frente para ele. — Só bom? Você estava... Foi uma loucura!
— Gosto de fazer mais forte.
Aruana franziu as sobrancelhas.
— Não gostava de antes?
Fiber beijou a testa dela.
— Gostei de todos os modos que fizemos sexo. É que é muito bom quando me solto.
— Você gosta assim... mais forte?
— Duro e rápido.
— Mas... Gosta mais desse jeito?
Fiber acariciou seu rosto. Os olhos amarelos estavam estreitados numa fenda. Ele parecia perigoso...
— Eu me contenho para não machucá-la.
Aruana entreabriu os lábios, sentindo-se decepcionada.
— Pensei que você se sentia livre fazendo amor comigo.
Ele ficou em silêncio por um instante.
— Já te disse: gostei de todos os modos.
Ela sentia-se confusa.
— Eu não quero que você se controle.
Fiber apertou seu quadril e ela arfou.
— Doeu?
—  Hum... Um pouco.
— Eu peguei você bem forte. Vou deixar marcas.
— Mas você não queria me machucar.
— Não. - ele tocou sua intimidade. — Mas está dolorida aqui, não está?
Aruana não queria responder. Tinha prazer em dar prazer para ele.
Fiber a fez deitar-se de costas e cobriu seu corpo.
— Sou muito grande, muito forte para você e, se não me controlar , sou capaz de machucá-la.
Ela entendia, mas não deixava de ser decepcionante. Pensou em Leona.
— O sexo com as mulheres Novas Espécies é sempre intenso?
— É diferente.
Instigada, ela continuou a perguntar.
— Então você gosta mais?
Fiber abaixou o rosto e beijou seu pescoço.
— Seguimos nossos instintos animais.
Pensar que não o satisfazia totalmente  foi um golpe para ela. Naquelas duas semanas o sexo fora excepcional , e ele parecia sempre muito satisfeito. Estava fingindo para ela?
Ele tornou  a deitar de lado e a abraçou. Beijou-a carinhosamente.
— Não pense mais nisso; eu adoro transar com você. - beijou seu nariz. — Descanse agora.
— Está cedo.
— Bom, eu estou cansado.
Ele a beijou novamente, depois fechou os olhos e fez silêncio.
Um incômodo a dominou. Desde o início do seu relacionamento, Fiber demonstrara estar encantado com ela. Ele pedira várias vezes que ela fosse sua companheira, confessara que estava apaixonado por ela, mas agora... Saber que não o satisfazia plenamente a fez sentir-se insegura.
Aruana admirou o rosto dele. À luz das velas o rosto escuro parecia de granito. Ela não via as presas, mas elas a lembravam que eram muito diferentes.
E aquele dia estava sendo todo diferente. Primeiro por ele não ter almoçado com ela e nem mandado mensagens. E agora pela forma intensa  com que a possuíra.
Passou o braço por ele, se aconchegando. Fiber  se dera conta de que ela não era tão especial assim?
Ficou por um longo tempo admirando seu rosto, acariciando seu corpo. Não passou em branco que ele dissera que fizeram sexo e não amor. Quando finalmente dormiu, teve sonhos em que procurava chegar a algum lugar e o caminho sempre mudava quando estava chegando ao seu destino.

Fiber: Uma história Novas Espécies 4Onde histórias criam vida. Descubra agora