19 Uma nova Vor v Zakone

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Isabelly Moretti

Chegamos à casa de Lethicia, o que posso afirmar ser uma maravilha, especialmente considerando que era parte do meu plano encontrá-la e que ela estava à minha espera.

No entanto, como às vezes o destino resolve brincar comigo, a realidade é que Iam argumentou que nossa presença aqui era crucial para nossa segurança. Ele mencionou a amizade íntima entre Vicky e Fióri ao longo dos anos, acrescentando que seria de bom tom aguardarmos na casa dela.

No entanto, isso representa um problema, uma vez que, não tendo obtido o comando dos Bratva, precisarei retirá-la do país discretamente.

Descemos do carro e nos dirigimos à casa. Subi os poucos degraus das escadas lentamente, indo em direção à porta da casa de Vicky, onde Iam bateu com firmeza.

Ela abriu a porta, e percebi que seus cabelos agora estavam castanhos, abandonando o tom platinado, próximo ao natural que eu havia visto nas fotos do senhor Lopez/Ken. 

Ela retirou as lentes de contato azuis, revelando olhos naturalmente escuros, surpreendentemente próximos à imagem compartilhada por seu pai. Um sorriso espontâneo iluminou meu rosto ao encontrá-la. Ver ela voltando ao que é natural me parece um bom sinal.

Era reconfortante vê-la se arrumando para reencontrar o pai. 

Ela respondeu com um sorriso caloroso. No entanto, seu semblante mudou quando notou a presença de Iam e Sasha, um lampejo de medo atravessando sua expressão. Era compreensível, considerando a possível conexão de Iam com a Bratva.

Num gesto sutil, levantei as sobrancelhas, indicando que era crucial manter a calma. Ela assentiu, ciente da necessidade de discrição diante da presença de Iam e Sasha. 

Ao entrarmos na casa, observei Iam se acomodando no sofá ao lado da loira, seu braço casualmente envolvendo os ombros dela. A dinâmica entre os dois deixava claro que formavam um casal, um detalhe que eu, assim como Fióri, não havia percebido anteriormente. Preocupava-me que meu amigo não tivesse notado o envolvimento entre seu funcionário e sua própria irmã.

— Vou preparar um café! — Lethicia anunciou, dirigindo-se à cozinha. Senti que ela desejava minha companhia, então a segui.

Enquanto ela se aproximava do armário para pegar xícaras, me aproximei.

— O jatinho estará pronto em alguns minutos. Você tem um carro? — perguntei, ajudando-a a colocar o pó de café na cafeteira, já abastecida com água.

Ela concordou com um gesto positivo, e naquele momento, um agudo sinal de notificação ecoou em meu celular. Alguém havia acessado não apenas meu computador, mas também o celular de Fióri. Será que era ele? Estaria em perigo? Droga, eu precisava ajudá-lo.

— Lethicia, preciso do seu carro. Fique aqui com Iam e Sasha. Preciso resolver algo, e logo em seguida, volto para buscá-la. — falei com calma, percebendo seu nervosismo. 

Coloquei a mão em seu ombro. 

— Tenho um plano que nos ajudará a lidar com o problema envolvendo os Bratva.

— Meu carro é um Granta azul e está logo ali na frente da casa. — anunciou Lethícia, estendendo-me as chaves.

Identifiquei-o como um Lada (AvtoVAZ) pela marca gravada na chave, confirmando com um aceno positivo.

Lancei um rápido olhar para Iam e Sasha, assegurando-me de que estavam ocupados na sala em uma troca silenciosa de carícias. Deixei o local rapidamente, dirigindo-me ao Granta azul. 

Era melhor que o casal permanecesse em segurança ali. Menas pessoas para eu me preocupar. 

Desbloqueei o veículo com as chaves, entrei e girei a chave na ignição. O motor ronronou suavemente, mas notei que era um carro mais lento do que estou acostumada. Mesmo assim, pisei fundo no acelerador, tentando extrair o máximo, mas o carro atingiu apenas 160 km/h. Este carro ainda não foi amaciado, não alcançou seu potencial total.

ILEGAISOnde histórias criam vida. Descubra agora