Keeping You Safe

Nova Missão: Entrar para a investigação

Point Of View - Sara Jones.

O silêncio dentro do grande cofre é quase sufocante de tão incômodo, eu ouço os passos do mauricinho de um lado para o outro, enquanto tento inutilmente ouvir algo que acontece do lado de fora. Nenhum tiro, nenhum barulho de coisa quebrando. Nada.

Essa é a parte ruim de estar dentro de um local tão seguro, você fica tão preso que não tem acesso a mais nada e isso é extremamente agoniante para mim.

Me repreendo algumas vezes por não estar com um celular aqui, meu superior precisava saber o que está acontecendo e sobre as suspeitas do Robert, mesmo que eu ache isso incabível. A chance de ter alguém infiltrado dentro dos novos guardas é mínima, a CIA é cautelosa demais com as pessoas que escolhe para permitir que um infiltrado entre tão facilmente assim.

Eu sei que todo plano está aberto a falhas e que esse tipo de coisa pode vir a acontecer, mas é o tipo de coisa que a gente evita a todo custo. Porque pode prejudicar uma missão inteira.

Afasto o meu rosto da grande porta de aço e a encaro com atenção, passando os meus dedos levemente pelo seu material. Era um aço bem resistente. Eu sabia que estaríamos seguros o suficiente aqui, mas não consigo me sentir segura de maneira alguma. A sensação de ficar sentada esperando algo ruim acontecer, é terrível.

Estar lá em cima não seria o ideal, mas confesso que é o que eu preferia. Lá eu saberia exatamente o que esperar, aqui eu estou no completo escuro.

- Não precisa se preocupar, Jones. Eles não vão alcançar a gente aqui, esse aço foi feito para aguentar qualquer coisa. – percebo que o mauricinho tenta manter o seu timbre calmo, mas eu ainda consigo observar a tensão em sua voz.

- Espero que você esteja certo. – eu sabia que ele estava, mas não confiava totalmente em aço nenhum.

Se existe alguma possibilidade desses homens chegarem perto dessa porta, então nós corremos perigo. Porque se tem uma coisa que eu aprendi nesses anos de profissão é que, não existe nenhum material resistente que impeça um inimigo de chegar até você.

Eu nunca pagaria para ver.

- Eu estou. – ele garante e eu sinto a sua mão gelada sobre o meu ombro.

Seus dedos parecem trêmulos, mas o Justin parece notar isso muito rapidamente, já que aperta a minha pele com a intenção de parar o tremor.

Ele estava se esforçando para se manter calmo por mim, mas esse é um trabalho que ele não precisava ter de maneira alguma.

- Tudo bem estar com medo, sr. Não precisa agir como se estivesse bem e tranquilo com toda essa situação. – falo baixo, tentando tirar esse peso dos seus ombros.

A sua mão deixa o meu ombro e eu sinto que uma tensão nova toma conta de todo o ambiente, como se eu tivesse dito a coisa errada.

- Eu estou bem, Jones. Esse é só mais um dia em minha emocionante vida. – ele fala com tédio e se afasta de mim.

Me viro para o encarar, captando o momento exato em que seu corpo cai sobre o pequeno sofá. O mauricinho parecia bastante confortável nesse lugar, como se já tivesse ficado aqui outras vezes.

É evidente que eu tinha diversas perguntas para fazer ao homem que está sentado em minha frente, perguntas essas que ele era o único capaz de me entregar as respostas.

Enxergo esse como o momento propício para ganhar um pouco mais da confiança do mauricinho.

- Você já esteve aqui antes? – cruzo os meus braços.