Point Of View – Sara Jones.
Meu corpo todo dói, mas a dor maior está em minha cabeça. Sinto que estou deitada em um lugar duro, mas não consigo identificar o que é. Cinco segundos é o tempo que eu levo para abrir os meus olhos. Dez segundos é o tempo que levo para entender o que estava acontecendo e me lembrar da razão de eu estar a onde eu estou agora.
O desgraçado do Robert!
O lugar é escuro e balança bastante, vejo duas frestas de luz em minha frente e rapidamente entendo que estou dentro de alguma coisa, talvez uma caixa?
Então foi para cá que me trouxeram após minha cabeça ser golpeada?
Eu estava me esforçando ao máximo para deixar as minhas suspeitas em relação ao Robert contidas e guardadas como um segredo para mim, mas depois de hoje, creio que isso terá que mudar. Não há dúvidas de que ele foi o responsável por me apagar, a pessoa responsável por me golpear de forma covarde.
Ele não olhou em meus olhos no ato, esperou que eu me virasse para atacar.
E, bom, acredito que isso diz muito sobre os seus métodos.
Confesso que estou surpresa por ainda estar viva, mas talvez Robert ainda tenha planos para mim e essa será a minha chance de salvar a minha vida, e consequentemente, salvar o mauricinho. Se é que já não chegaram nele.
Eu não sei a quanto tempo estou apagada, e se algo tiver acontecido com o Justin nesse tempo em que estivesse presa aqui? Não, não, não. Melhor focar em me salvar, para ter alguma chance de salvá-lo.
Ao aproximar o meu rosto de uma das frestas, consigo ver uma rua e alguns carros andando em minha direção.
Ah, então estou em um porta-malas.
Quando tento me mexer, percebo que as minhas mãos estavam presas e que a minha falta de mobilidade não era apenas pela falta de espaço. Com concentração e muita calma, eu passo a minha mão pelos bolsos da minha calça, para checar se o meu celular ainda estava comigo.
Constatando que não. Pelo menos ele foi esperto o suficiente para não deixar o celular comigo.
Terei que partir para o plano B então, o plano que envolve mais violência e força bruta. Já que meus pés não estavam presos, eles seriam uma excelente ferramenta para atacar quem quer que fosse.
O carro para de forma brusca e eu sinto meu corpo sendo jogado para frente e minha cara batendo contra a lataria.
Ok, isso doeu.
Ouço a porta do carro se fechando e passos se aproximando da parte traseira do carro, aproximo o meu rosto da fresta mais uma vez e consigo ver dois pares de pés.
Um deles poderia ser o Robert.
- O que você pretende fazer com ela? – um deles questiona e eu não reconheço a voz.
- Queria mata-la, mas ainda não posso fazer isso. Ele deixou para que o chefe decida, e o chefe ainda não sabe o que fazer. Então por enquanto a deixaremos aqui. – outra voz que eu não conheço.
Poderiam ser capangas, ou até mesmo os guardas do Justin.
- Não sei a razão dele ter tomado essa decisão, deveria ter a matado quando teve a chance e depois era só dar a notícia.
- Ter a confiança do alvo é muito importante.
Confiança do alvo? Talvez esse assunto tenha ligação com o Justin.
Ouço o porta malas ser destravado e já me preparo para golpear a pessoa que estava prestes a abri-lo, quando a porta começa a subir, eu chuto a primeira parte do corpo dele que eu vejo, ouvindo o seu grunhido como resposta.
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Keeping You Safe
FanfictionTreinada desde sempre para servir o seu país, sua identidade sempre escondida; diversos nomes, diversas profissões. A segurança de todos acima da dela. Sara Evans sempre esteve a frente da prisão de grandes bandidos, e dessa vez, não seria diferent...