Nova Missão: Ceder ao desejo.

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Point Of View – Sara Jones.

Todos os meus sentidos estão em alerta máxima enquanto passamos por entre as árvores, temendo que a qualquer momento alguém poderia simplesmente aparecer e tentar fazer algo contra a vida do Justin. Por mais que o Robert garantisse que não seríamos vistos aqui, eu jamais seria capaz de confiar em algo assim, ainda mais quando eu já tive o vislumbre de atitudes suspeitas vindo do homem.

Ainda é estranho para mim que ele tenha saído de uma situação tão caótica sem ser visto por ninguém, sem ser seguido e sem ser morto. Eu até poderia justificar isso com a sua habilidade no ramo em que trabalha, mas para ser sincera, não vejo o Robert como um profissional tão bom a tal ponto.

Ele não é tão perspicaz para conseguir agir da forma correta em uma situação assim, ou talvez ele esteja escondendo as suas habilidades a sete chaves.

Eu de fato não sei qual é a do grisalho, e provavelmente, só descobrirei quando as coisas ficarem verdadeiramente caóticas.

Observo a enorme mansão sendo consumida pelas chamas e a única coisa que eu consigo pensar é em todos os arquivos que se perderam nesse processo, como o mauricinho não se deu o trabalho de fazer um backup em outro lugar? Ele achou mesmo que todas essas informações estariam protegidas nessa casa? Quanta ingenuidade!

Isso só me mostra o quanto ele é amador e que jamais deveria estar a frente de uma investigação desse porte. Algo que eu já sabia desde o princípio, só estou confirmando a minha teoria.

Talvez agora ele entenda o formigueiro a onde colocou as mãos.

Começo a desacelerar os meus passos, tentando ficar atrás do mauricinho, mas ele não permite que eu faça isso e rapidamente se coloca atrás do meu corpo. Ele acha mesmo que pode me proteger de algo? Nenhum homem nunca tentou me proteger de qualquer coisa que fosse, mesmo porque, eu nunca precisei de proteção.

Ok, talvez isso seja um pouco fofo...

O quê? Eu pensei mesmo isso? Não tem nada de fofo nisso.

Começo a andar ao seu lado.

- Ande mais rápido, Jones. – ele praticamente ordena.

- Não. – digo com calma.

Os olhos do mauricinho estavam sobre a propriedade em chamas e eu conseguia ver o quanto o seu maxilar estava travado. Ele estava chateado, mas não era só isso. Justin estava com raiva, muita raiva. E talvez esse sentimento seja muito útil para a nossa investigação.

E, bem, não posso julgá-lo por isso.

- Jones, eu sou o seu chefe e isso foi uma ordem.

- Peço desculpas, sr. Mas não posso respeitar essa ordem.

Ele bufa.

- Você escolheu o pior momento para ser teimosa. Cadê aquela garota que obedecia a todas as minhas ordens?

- Peço desculpas pela quebra de expectativa.

- Pare de pedir desculpas, apenas ande na minha frente. - fala mais autoritário, mas só sinto vontade de rir da sua tentativa de mandar em mim.

- Sr, não vou fazer isso. - falo com calma.

Ele bufa e cruza os braços, como uma criança birrenta.

- Por que você não deixa eu cuidar de você, Jones? Estou tentando te proteger.

- Agradeço a gentileza, mas eu não preciso de proteção. – meus olhos passam por todo o local e deixo os meus ouvidos bem focados em qualquer barulho estranho que possa surgir.

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