seventeen, twenty nine

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Em uma outra época, as mãos de Ben passeando bobas entre seus seios, entre suas pernas ou em sua cintura, deixariam Mal incrivelmente incomodada.

Mas agora, sendo ele o amor de sua vida, tudo o que ela queria era que ele a consumisse. Que a tocasse, a beijasse, a abraçasse, amasse, alimentasse ou passasse todos os dias da vida dele grudado a ela.

Ben era tudo o que ela tinha. Era seu confidente, seu melhor amigo, seu noivo.

—Diga de novo que sou o amor da sua vida.—Ele sussurrou ali em sua cama. As mãos passeando nos seios da menina enquanto eles se deitavam em uma conchinha para assistir um filme de terror.

—Você... você... é o grande amor da minha vida. Eu te amo muito.

Desde que ela tinha dito aquilo para ele, mesmo que por mensagem dois meses atrás, ele não parava de pedi-la para repetir. Era sua frase favorita.

Digo então que fazem dois meses desde que Soren tinha chegado em Auradon, e parece mesmo que Ben faz esforços para que Mal não passe tempo no quarto com ele. Mesmo que as vezes seja inevitável.

Também parecia que o garoto fera se esforçava para ficar mais tempo com a noiva. Talvez aproveitando a gravidez dela. Talvez querendo criar um vínculo com o bebê. Talvez querendo mesmo passar mais tempo com a noiva e menos tempo se estressando no trabalho. O ponto era: Mal e Ben nunca pareceram tão unidos quanto agora. E ali, aquele momento, era a representação ideal disso: Mal deitada de camisola na cama dele. A barriga grande de sete meses agora, com sua menininha dentro. Ben atrás dela, a abraçando com cuidado. Sua mão passeando boba e fazendo carícias em todos os lugares que podia alcançar.

Ele ergueu um pouco a cabeça, colocando seu nariz no cabelo da garota para sentir seu cheiro, e deu um beijo no topo da cabeça por fim.

—Eu também te amo muito.—Disse ele por fim.—Amo você e a nossa menininha.

Ela murmurou, se encolhendo mais no abraço, de repente sonolenta com o quão confortável estavam. Queria dormir no abraço protetor dele.

—Podemos... falar sobre o parto e os primeiros meses?—Ben murmurou.

—Posso tirar um cochilo antes?—A garota de cabelos púrpura questionou com sinceridade, não querendo ter uma conversa difícil agora.

—Só depois que me disser o que quer para o parto e os p-p-p-primeiros dias da Isa.—Gaguejou ele.

—Eu... quero que a gente espere minha bolsa estourar e em seguida a gente vá ao hospital para eu ter um parto humanizado. Quero que ela fique bem, e que meu corpo faça o trabalho dele sozinho.—Contou.

—Sem anestesia?

—Sem anestesia.

—Vai aguentar?

—Com certeza. E... olhe... se tiver em algum momento de escolher entre a minha vida e a vida dela, saiba que eu quero que escolha ela.

—Não. Definitivamente não.—O menino discordou, se sentando na cama abruptamente e soltando do corpo dela. Incomodando-a com o movimento brusco.—Mal... não.

—Você quem queria conversar sobre o parto.—Deu de ombros.

—Não posso escolher sua morte!

—Não quero ficar viva sem ela!

—Não posso criar ela sozinho!—Ele debateu.—Filho eu posso fazer outro. Podemos fazer outro filho caso algo aconteça a ela. Mas você... você é uma só. Se você morrer, eu jamais vou te ver de novo.

going crazy - História malenOnde histórias criam vida. Descubra agora