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—O que está fazendo?—Mal questionou, se sentando ao lado do marido na mesa de jantar, onde ele analisava vários papéis.

—Tentando te colocar no meu plano de saúde.—Murmurou, sem desviar os olhos.

—Por que, exatamente?

—Diabetes, asma, depressão, remédios controlados, fora todas as vezes que você quase morre. É melhor pagar um plano de saúde do que o hospital todas as vezes. Você já tem carteirinha.—Ele sorriu de canto, encarando ela sarcasticamente.—Sério, eles me cobraram uns cinquenta mil pelo parto do Austin sendo que você chegou lá com ele praticamente para fora.

—Eles ainda me cortaram, okay? Não foi legal.—Relembrou, encarando os filhos brincando na sala, bem pertinho.

Austin estava no seu quinto mês de vida: era esperto e agitado. Ria bastante e cada dia mais cresciam mais fiozinhos ruivos em sua cabecinha. Conseguia se sentar, segurava tudo que via pela frente - e os jogava, claro - além de estar sempre tentando segurar os próprios pés. Ellie se divertia com ele como se fosse uma boneca. Estavam fazendo isso agora: a loirinha sentada no chão com uma coroa de plástico, servindo chá imaginário em uma xícara logo antes de ele pegar a xícara e jogar longe. O peito do bebê nu por conta do calor.

—Quero ter a garantia que você vai ficar bem da próxima vez.

—Chega de parto normal. Estou traumatizada.—A garota de cabelos púrpura sussurrou.

—Achei que ficaria traumatizada da primeira vez.—Ben continuava sorrindo, riscando os papéis como se realmente contasse alguma coisa, preocupado com algo. Não estava, até porque cinquenta mil não era o problema. O problema era ele se desesperar todas as vezes.

Ficaram em silêncio por um tempo, agora ambos encarando as crianças brincarem. Eram lindos e eles mal podiam acreditar que aqueles dois seres perfeitinhos saíram deles dois: uma fera e uma fada. Um príncipe e uma vilã. Estavam arrasando na questão ser pais.

—Tenho um comentário.

Mal falava aquilo quando ia soltar uma bomba a nível de fofoca. Eles preferiam dizer que comentariam entre si, mas geralmente vazavam para Din e Jas. As vezes até Evie, quando ela trazia Elliot - filho dela e de Gideon, filho de Frollo, que também veio da ilha por culpa de seu pai, juiz de notredame - para brincar com Austin.

—Sua tia. Grávida. Meu pai.—Listou ela, encarando enquanto ele absorvia.

—Vai virar irmã mais velha.—Ele bateu na mesa, gargalhando.

—Aí que droga. Nada disso, não assumo esse problema.—Resmungou Mal.—Nada de irmãos. Mas... olhe, é sangue de Auradon e ilha de novo.

—Por que eu deixei eles ficarem aqui mesmo?

—Te enrolaram falando que se amam.

—Quem se ama?—Ellie ergueu os olhinhos, segurando o irmão nos braços gentilmente. Ele agora se acolhia nela - sua melhor amiga - totalmente relaxado. Provavelmente dormiria logo.

—Eu e a sua mãe.—O rei disfarçou, sorrindo de canto.—E vocês dois.

Ela sorriu para o menininho em seus braços, tratando ele como sua boneca. Mal observava calada pois a menina já estava sentada no chão e não tinha como ele cair. Caso contrário estaria desesperada.

—Quando ele crescer, vamos poder brincar lá fora? Aqui dentro é chato.—Ellie suspirou.

—Por que não vai ao parquinho lá fora e deixa ele aqui com a gente?—O homem insistiu.

—Quero brincar com ele. As crianças daqui são chatas.—Deu de ombros, recebendo de Mal um olhar específico. Era aquele olhar de mãe, que a fazia se arrepender do que disse.—Quer dizer... ah... não são legais para brincar. É isso. Ele é legal e sempre quer brincar do que eu quero brincar.

going crazy - História malenOnde histórias criam vida. Descubra agora