going crazy - História malen

Why

—Guarda isso.—Mal resmungou, tocando as asas da filha enquanto via ela caminhando e arrastando as asas no chão.

—Mas por que você pode?

—Porque eu sou grande e só uso as vezes. Você não para.—Insistiu a mãe, procurando o filho caçula.—Austin, você também!

—Ah, não, mamãe.—A voz do garotinho veio de cima, fazendo ela olhar para observar o menino voando próximo do abajur.

—Chega, vocês dois.—Ela cruzou os braços, desviando o olhar entre os filhos.—Por favor, sosseguem um pouquinho. Estou cansada.

Austin baixou voo, se sentando no chão e guardando as asinhas imediatamente. Não gostava de ver sua mamãe chateada, ainda mais chateada com ele. Deu seus passinhos lentos até ela, abraçando suas pernas com carinho. Era seu menininho doce. Mal não se importaria de ter um milhão de Austin's porque ele era doce, gentil e comportado. O problema seria ter um milhão de Ellie's porque apesar de linda e doce, ela estava dando a entender que em alguns anos viraria a filha rebelde que Ben teria de deixar de castigo. Era uma fase que ela preferia nem pensar.

—Você quer comer o que no seu lanchinho?—Sorriu para o menininho, acariciando seus fios ruivos.

Ellie não se mexeu. De uniforme da escola ainda, as asas para fora pois agora estava relaxada e em casa podia ser quem quisesse. Mas magia deixava ela exausta, mesmo que preferisse a aparência imponente de um dragão. Ou uma menina-fera.

—Cereal, mamãe. De chocolate.—O garotinho murmurou.

—Vá apenas lavar a mão antes.

Assim que ele saiu, Ellie encarou a mãe.

Era jovem ainda, todos sabiam. Mal era nova e já tinha dois filhos antes dos trinta. Em breve teria ainda mais. Mas... bom, Ellie já tinha a experiência de filha mais velha, e não estava sendo interessante.

—Você gosta mais dele do que de mim?

—O que?

—Tipo, você... prefere ele? Você sempre pergunta o que ele quer comer, do que quer brincar.—A criança insistiu seriamente.—Comigo você só trás qualquer comida ou senta comigo enquanto eu estou brincando.

—Eu amo vocês dois igualmente.—A garota da ilha afirmou.

—Mas por que ele pode ficar em casa com você o dia todo e eu não?

—E-e-e-ele não tem a idade obrigatória de ir para a escola ainda.—Gaguejou Mal.

—Vocês vivem abraçados.

—Você vive abraçada ao seu pai também.

—Mas ele é meu papai.

—E eu sou mamãe do Austin.

—É minha também!—Relembrou.

Mal se ajoelhou em frente à menina, incomodada de repente com sua coluna, mesmo que a barriga não estivesse grande ou pesada.

—Você sabia que ninguém nunca brincou comigo? A ilha era uma merda, eu nunca tive brinquedos de verdade que são legais iguais os seus.—Disse.—Minha mãe não era legal e ela só me machucava. Eu nunca machuquei vocês. E eu só... eu só não pergunto o que você quer porque você sempre quer a mesma coisa. Ele tem mudanças no humor e cada dia quer algo diferente.

—Mas, mamãe...

—Você sempre discute comigo quando eu falo. Você não me obedece mais.—Apontou Mal.—Só tem nove anos. O que eu vou fazer quando você for mais velha? Eu tento ser o mais legal possível para você e você vive me afastando.