mamma is this it?

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Cerca de três anos depois, Ellie já estava sendo preparada para que seus pais lhe passassem a coroa. Estava uma moça linda, o rostinho perfeito de Mal quando mais jovem mas loira, o que certamente atraia muitos rapazes - Ben nunca gostava de nenhum deles, então a sua garotinha nunca saiu com nenhum deles, não que ele soubesse - com Austin completando seus nove anos no próximo verão e os gêmeos quatro no próximo outono, a casa estava uma bagunça.

Certa manhã, Jas e Din chegaram a Auradon para uma reunião, trazendo com eles o herdeiro que assumiria o trono no fim do ano seguinte, e, enquanto a reunião ocorria entre seus pais, o garoto ficou com ela no jardim. Brincaram de pega pega e se deitaram debaixo de um pomar para observar as nuvens. Era legal como dentro do castelo de Auradon podiam ser só crianças crescendo. Como seus pais criaram um ambiente seguro para que eles não tivessem que enfrentar o peso da realeza.

—Acha que vou ser um rei como meu pai algum dia?—A voz do garoto soou, fazendo Ellie se virar na grama para olhar para ele.

—Sim.—Sorriu. —Você pode ser, se quiser. Mas... por que não tenta ser melhor? Mamãe sempre diz que me criou para ser melhor que ela, não como ela.

—Melhor que meu pai?

—Os imigrantes não podem morar em Agrabbah ainda. Há perseguição, fome. Por isso Auradon passa por uma super população. Meu pai não quer que ninguém passe fome então equilibra a distribuição do dinheiro quando emprega todo mundo.—A garota contou.—Pretendo continuar todos os projetos dele, mas pretendo criar os meus também.

—Projetos, hein, vossa majestade?

—Que tal se... minha primeira proclamação for...—Ela pensou por um tempo, sem chegar a qualquer conclusão.

—Que todas as crianças da realeza possam viver fora dos limites do castelo.—Sugeriu.

—Nós podemos viver fora dos limites, ora. Meus irmãos vão para escola na vila.—Deu de ombros.—E de qualquer forma, a proclamação só funcionaria aqui, com meus irmãos, filhos, e os filhos deles.

—Você quer ter filhos?

—Não sei... talvez...—Gaguejou Ellie.—Não tão cedo. Meu pai vive me dando sermão de que me tiveram muito cedo e minha mãe teve que pausar os estudos por um tempo, e eu devia seguir exemplo contrário para não ter que parar de estudar.

—Mas... bom, acho que você precisaria de um pai para se tornar mãe.

—O que você sugere? O filho do meu tio Jay? Ele é bonitinho mas é besta e... não sei, acho que morreria cedo. Ele vive se metendo em emboscadas.—A garota contou, se apoiando nos cotovelos como ele para ficaram frente a frente.—E o filho da minha tia Evie tem uns onze anos. O filho da rainha do reino vizinho... a... Audrey? Isso. Ele tem quase a minha idade, mas nunca nos demos bem no parquinho.

—Nós dois sempre nos demos bem.—Jake deu de ombros.—Crescemos juntos.

—Já sei sobre minha proclamação, qualquer um pode se casar com um nobre desde que o conquiste.

—Mas já é assim! Meu pai era ladrão. Sua mãe vilã. E se casaram com nobres.—Insistiu.—Dois nobres poderiam se casar entre si também.

—Eu... não sei.—Deu de ombros. No comecinho do ano seguinte faria dezesseis anos, que apesar de cedo, era a idade que seus pais se apaixonaram.—Posso construir outra escola. Ou outros hospitais. Mais casas, talvez? A Auradon prep está decadente.

O menino se inclinou para frente, tomando os lábios da garota no seu de forma inexperiente. Sentiu que devia ser feito, pois apesar de crescerem juntos, nunca conseguiu dizer a ela o quanto a achava incrível. Era só um ano mais novo, não seria grande problema se pelo o menos namorassem, seria?

Ela se encolheu por um momento, mas tentou retribuir como podia. Era estranho beijar seu melhor amigo, mas... bom, era estranho beijar. Com seu pai em cima dela, sempre vigiando, jamais tinha conseguido beijar garoto algum.

Os beijos estalaram quando quebraram a ligação para darem selinhos enquanto ela voltava a se deitar, com ele pairando por cima de seu corpo formado. Um sorrisinho gentil enquanto acariciava os fios loiros herdados do homem que ele mais tinha medo - Benjamin Florian era um homem grande, sempre com o olho aberto em relação à sua menininha, assim como Mal, que parecia sempre atenta a tudo.

—Eu gosto de você.—Ele sussurrou.—Gosto muito.

—Ei!—A voz da rainha Jasmine soou pelo gramado quando ela apareceu, deixando a dupla assustada o suficiente para se levantar em um pulo, cheios d e grama.—Se eu fosse você, se ajeitava que o pai dela está descendo.—O olhar dela repreendeu o filho enquanto ele se levantava. As bochechas deles coradas enquanto Ellie voltava a se sentar, cruzando as pernas.

Óbvio que Mal não era idiota. Talvez Ben fosse um pouquinho, porque não percebeu qualquer troca de olhares na mesa de jantar, ou risinhos depois de sussurros ou até o boa noite despretensioso no fim do dia.

No fim da noite, quando o relógio marcava onze horas, as crianças estavam todas na cama. Ben e Din estavam cada um em seu quarto porque acabaram politicamente discutindo na reunião, mas Jas e Mal se sentavam na sala da casa deles no castelo de Auradon, cada uma com uma taça de vinho.

—Você não vai acreditar no que eu tenho para te dizer!—A garota da ilha murmurou animada.—Eu acho que... que Jake e Ellie estão gostando um do outro.

—Eu tenho certeza.—Gargalhou Jasmine.—Eles estavam se agarrando no gramado mais cedo, só... mandei se ajeitarem porque Ben ia matar meu filho, aí Din ia ficar ainda mais puto.

—Com certeza.—Mal devolveu, ficando séria enquanto enchia sua taça novamente.—Eu sempre soube, mas queria que ela tivesse chance de escolher sem se sentir pressionada ou sei lá.

—Agora ela tem quinze anos.

—E ele quatorze, Jas.

—De qualquer forma, sei que vão tomar a decisão certa e... confio que criamos eles bem.—Resmungou ela, voltando a rir.—Se ele engravidar minha filha, vou matar ele sozinha.

—Podemos ir juntas. Não criei filho para isso.

going crazy - História malenOnde histórias criam vida. Descubra agora