Terça-Feira
06 : 45 da manhã
Noah NarrandoDesço as escadas e vejo meu pai deitado no sofá dormindo com uma garrafa de whisky na mão. Minha mãe ainda estava dormindo. Devido a uma discussão suas. Eles vivem brigando, isso é o que mais me deixa perturbada.
Apenas o ignorei e continuei meu caminho.
Anthony: ei. - Diz com uma voz fraca e rouca.
Ele acordou.
Anthony: Sua vadia. -Tenta se levantar e falha. Mais na segunda tentativa consegue. -Vem..aqui. Vem porra -Altera a voz -Tô mandando - eu queria muito criar coragem para bater nele. Mas sempre falho. Meu pai nos meus sete anos era um ótimo pai, alguém maravilhoso. Mas olhando agora, eu não sei descrever quem ele se tornou e por que.
Engoli seco e apertei minha mão que segurava a chave da porta com raiva.
Ele bufa e vem até mim atrapalhado e mancando, tonto e destrambelhado.
Anthony: eu falei pra você vir aqui sua puta -Bate minha cabeça na parede.
Aí...
Merda isso tá doendo.
Caio no chão com a mão na cabeça enquanto ele toma um gole da bebida.
Anthony: sua merdinha. -Da um soco na minha boca.
Noah: para...
Anthony: eu não acredito.. você ainda teve a coragem de me xingar?!! Sua cadela -chuta meu nariz que escorria sangue - O sua infeliz -bebe seu whisky enquanto me agarra pelo cabelo -Você -Bebe o último gole da garrafa -É muito..... -Diz pensativo e em menos de três segundo bate a garrafa de vidro na minha cabeça.
Que agora sangrava dos dois lados. Meus lábios cortados, e nariz escorrendo o líquido vermelho.
[...]
Noah: Professora! -Abro a porta com tudo -Desculpa e licença
Gabriela: você tá a meia hora atrasada na minha aula. Restam dez minutos para que ela acabe. -Me olha de braços cruzados
Vou andando até meu lugar.
Noah: foi mal. Meu....pai passou mal hoje cedo , então tive que ajuda-lo. -me sento ao lado de Jacob
Gabriela: tudo bem. Vou tolerar só hoje. -Volta a escrever no quadro verde.
Suspiro de dor
Jacob: seu pai? Como assi-
Para de falar após eu tampar sua boca.
Como nossas carteiras eram as últimas ninguém iria ver. E estávamos em dupla.
Puxei meu cabelo da frente e mostrei o corte em minha testa. Em seguida mostrei a ele o roxo na minha costela erguendo a blusa.
Jacob: que?! -Ele arregala os olhos -Seu pai de novo não é? -Concordei e abaixei a blusa.
Ele já sabia disso deis de que eramos pequenos, vamos se dizer que ele também conhecia Guilherme, éramos um trio.
Jacob: Aquele desgraçado viciado. Maconheiro de merda.
Noah: esquece isso. Já não é a primeira vez mesmo né.
Jacob: se eu fosse você eu denunciava ele . Já falei, você tem meu total apoio
Noah: não é fácil. Minha mãe não trabalha porque ele não deixa, eu estudo ainda, e a casa , o carro tá tudo no nome dele. E não tem para onde eu ir. -Me escoro na cadeira me deitando com as costas nela. E suspirando - eu queria, e como queria. Mas assim que terminar a escola e começar a trabalhar eu compro um apartamento e corro pra lá.
Jacob: e sua mãe?
Noah: sinceramente, não tô ligando muito, percebi de uns tempos pra cá que ela é muito fraca, sempre deixou ele bater em mim, e em si mesma. É alguém fútil. Por mais que eu obviamente ainda a ame, ela não tem jeito, vai defender meu pai a todo custo. - ele alisa meu ombro em consolo.
[...]
O sinal toca e vou embora. Finalmente. Minha costela tá doendo.
Allan: eai. -Levo um susto após sentir mãos na minha cabeça bagunçarem meu cabelo. E o ser de blusa preta brotar ao meu lado de repente. -Vamo pra minha casa?
Noah: Vamos. Só preciso passar na minha casa.
Allan: pra que?
Noah : pra pegar o dinheiro para comprarmos a bola de isopor e alguns materiais né. Fora as tintas e tals.
Allan: as bolas a gente já tem - franzi o cenho, mas logo me toquei do que ele estava falando.
Noah: seu idiota. - deixo um sorriso escapar.
Allan: tô brincando . Mas eu pago as coisas.
Noah: de qualquer forma eu preciso passar em casa. -Ele assente
Fomos caminhando até minha casa. O caminho, um completo silêncio.
Após chegar em casa.
Noah: fica aqui, eu já volto -Ele concorda
Entrei em casa e não vi meus pais. Fui na cozinha e peguei a caixa de remédios. Procurei por um remédio de dor muscular entre outros. E finalmente achei.
Abri o potinho e tomei com água. Abri outro, e tomei também. Abri outro, e tomei. Três remédios diferentes. Espero que ajude. Guardei tudo e sai de casa.
Allan: pronto?
Noah: sim. -fomos pra uma lojinha de artes que não era tão longe daqui .
Ao entrarmos vi diversas coisas, como tinta, pincéis, papel sufite.
Vou até o caixa e Allan me acompanha.
Noah: Boa tarde.
Gláucia: Boa tarde - Ela sorri amigável e eu retribuo
Noah: eu gostaria de saber se aqui tem isopor.
Gláucia: claro. Temo sim -Ela entra em uma porta a poucos passos atrás do balcão. E após alguns segundos ela volta com uma bola de isopor. -Esta serve?
Noah: O que você acha? -Olho pra Allan.
Allan: pra descrever o mundo, acho que dá. -Concordei
Noah: vou querer essa mesmo -Ela assente -Nos só vamos pegar mais algumas coisas e já voltamos no caixa
Gláucia: Claro, vou deixar aqui no caixa. Fiquem avontade.
Noah: brigada. -Deixamos o isopor no caixa e fomos pras prateleiras.
Allan: Ok, do que exatamente precisamos? -Para do meu lado, enquanto eu olhava as prateleiras e caixas.
Noah: você é burro ou o que? -Ele me encara enquanto se escora na parede me olhando
E porra... que encarada sexy que ele me deu. Gente do céu, acho que algo vazou aqu em baixo em...
Allan: o bruxinha eu só queria saber. -Suspiro -voces humanos são tão chatos... -Sussura baixo, tão baixo que eu não escutei direito
Noah: que foi? - o olho curiosa.
Allan: você é uma Bruxa tão chata. -Bufo
Noah: não sou uma Bruxa!
Allan: Então porque aqueles caras te chamaram de Bruxa? -Brinca com meu cabelo em seus dedos.
Noah: escuta aqui o seu esquisito. -Tiro a mão dele do meu cabelo -Pega tinta, pincéis, papel crepon, sufite, cola quente, bastão de cola quente, pedrinhas, folhas, e canetinhas. Eu cuido do resto dos materiais.
Allan: tudo bem -Passa por trás de mim -Bruxa -Sussurra no meu ouvido. E eu mordo os lábios de raiva.
Seu humilde voto me incentiva a continuar 💋💋🤡🤡🤡
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Meu Vizinho Vampiro
RomanceNoah Alves. Uma adolescente qualquer no segundo ano do ensino médio, que só tem apenas um amigo -Jacob Mery-. com a chegada do novo Aluno, Allan Caller, que demonstra comportamento estranho que somente ela nota, e com sua grande curiosidade investi...