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5 meses depois
Sábado
10 : 23 da manhã
Noah Narrando

Termino de picar as cebolas e jogo-as na panela de água fervendo com o arroz novo. Escuto o barulho da porta se abrindo e logo após alguns minutos batendo e sendo trancada. Continuo cozinhando e cortando os legumes quando sinto duas mãos na minha cintura me enrolarem leve, apenas acariciando minha barriga e um selar ser deixado no meu ombro.

Noah: chegou cedo.

Allan: Só tinha alguns papéis para serem assinados. E não tem nada mais importante do que chegar em casa e poder ficar com minha esposa e minha filha. - me vira devagar ficando de frente a frente comigo. - passou rápido.

Noah: você não faz ideia. Pra mim nós ainda estamos na escola. - soltamos um riso abafado e nostálgico.

Allan: faz muito tempo desde que me mudei para seu lado, desde que nos conhecemos. Eu diria que quase um ano.

Noah: Pois é. A nossa lua de mel parece ter sido semana passada. - ele concorda com a cabeça e me dá um selinho. - vai tomar banho, já estou terminando o almoço.

Allan: tá bem. - ele pega sua bolsa e se vira subindo às escadas na direção do nosso quarto.

Desde a nossa lua de mel muita coisa aconteceu nas nossas vidas. Acho que mais na minha mesmo, Alugamos uma casa em outro bairro, a família dele também veio conosco, eles moram a três quadras daqui. Ficamos todos mais próximos. Nossa casa não é igual aquelas que eu sonhava quando era criança, ela é melhor. Eu casei, tenho uma casa com três quartos, dois banheiros e uma sala, temos um cachorro também, um pastor alemão adorável e brincalhão, lógico que trapalhado ainda está com a gente, mas o danado também arranjou uma gata, conheceu ela no inferno, uma gata vampira e ele um demônio.

Deixo um sorriso escapar.

Um amor ela, posso até dizer que somos bem amigas. E em todo esse tempo eu também engravidei. Desde nossa noite lá no hotel depois do casamento, eu escolhi não tomar o remédio, quem sabe o que o futuro nos espera. Eu antes tinha medo, medo de enfrentar tudo sozinha, de não dar conta, de não conseguir, mas a família de Allan com  o tempo se tornou a minha, violet tem me ajudado muito com a gravidez, esta sempre me falando o que fazer quando estou passando mal e sempre sai comigo junto com ravena para comprar as coisas da bebê, sim, A bebê, é uma menina. Allan ficou bobo quando descobrimos o sexo a dois meses atrás, ele é um pai muito presente, está sempre comigo e me acompanhando em todas as consultas e exames médicos. Decidimos que o nome será Helena. Eu queria Melry, mas ele insistiu tanto que eu acabei deixando, e se mais para frente tivermos um menino queremos Gabriel ou Murilo, bem nome de menino sapeca.

Descobri a gravidez um mês depois, quando estava enjoada e minha barriga ficou um pouquinho aguda, com uma pontinha.

E minhas alucinações também pararam. Não vi mais nenhuma sombra de Heitor e Sara, durando algumas semanas eu via, mas agora não mas, acho que foi só a adrenalina de meses atrás. Mas hoje em dia está tudo bem.

Ainda sim também sinto falta da minha mãe, queria ela aqui comigo, meu pai deve ter morrido no inferno já. O corpo dele desapareceu a muito tempo daquela casa, eu e Allan a vendemos, deixamos aquele bairro, eu mesma só não tive coragem de largar a cidade, foi aqui que tudo aconteceu. Eu também nasci aqui, seria difícil largar tudo.

Sem contar que Jacob também está aqui, ele e Luna estão num relacionamento sério e já alugaram um apartamento por aqui também, eles dois trabalham, mas ainda não largaram a escola, falta só mais esse ano, afinal estamos já em 12 de novembro. Minha vida está uma loucura, minha pequena não me deixa  dormir mais a noite. Só juta, passo noites em claro. Mas é gostoso, só de imaginar um serzinho correndo pela casa de frauda tudo vale a pena.

Continuo cozinhando até ouvir um zumbido ecoar na minha cabeça, uma tontura de ver as coisas a minha frente multiplicando me faz por a mão na testa. Me afastei do balcão olhando ao meu redor, senti uma dor forte na minha barriga, algo que fez minhas pernas estremecerem. Assim que olhei para baixo vi um líquido vermelho escorrer e pingar no chão.

Gritei de dor e me agachei me segurando na pia da cozinha.

Noah: Allan! - berrei da cozinha e comecei a chorar da dor imensa que eu sentia na barriga.  - Allan!

Coloquei a mão na minha parte íntima através do short moletom largo que eu usava e vi a região encharcada de sangue.

Vi Allan descer as escadas com o cabelo molhado, já vestido.

Allan: Noah! - dispara assim que vê o sangue - o que aconteceu?! - corre para o meu lado e me segura

Noah: eu preciso ir pro hospital, agora!  - ele me ajuda a me levantar e caminha  comigo passando pela sala até chegar na porta, me guiando até o carro. - aw. - gritei expressando o nervoso e a agonia que eu sentia das pontadas que davam já minha barriga. - porra.

Allan: calma amor, - ele liga o carro  - a gente já tá saindo de casa.

Gritei mais tentando estancar o sangue. Vi ele andar com o carro e pegar o celular ligando para alguém.

Allan: mãe! Mãe! Por favor vai pro hospital. Agora, a noah tá sangrando. - não pude escutar nada mais do que eles falaram por já estava fraca, tinham sangue em tudo em mim. - calma noah, calma, por favor aguenta mais um pouco.

Depois de alguns minutos dirigindo chegamos, Allan corre por fora do carro e abre a porta para mim desesperado me ajudando a sair. Mas no momento seguindo eu acabei apagando e desmaiando ali mesmo.




Voltei!!!!! Votem galeris. Estão gostando? Já já acaba em.

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