Meu Vizinho Vampiro

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Um mês depois
Três dias antes do casamento
Quarta-Feira
10 : 56 da manhã
Allan Narrando

Ando pelo chão branco e limpo do lugar aonde trabalho, não há nada além de carros e carros pros lados. As paredes a minha frente de vidro transparente mostram a rua movimentada porém silenciosa.

Hoje está um pouco vazio, mas ainda está cedo. Gosto do meu trabalho, meu chefe é alguém sério e curto, mas pelo pouco que observei ele me parece um bom homem. Alguém experiente, - de idade - e confiante. Seu nome é Samuel. Samuel Valla.

Estou nervoso com o casamento meu e da noah, na verdade não muito , estou vivo a cem anos então minha vida é um completo tédio, já incendiei carros, casas, roubei, fui preso por homicídio ,agredir um policial, bater em uma criança - em minha defesa ela estava jogando areia nos meus olhos - já nadei no mar e fui mordido por um tubarão na minha perna, não tenho cicatrizes so uma marquinha pequena roxa.

Sim, um tubarão, eu estava por volta dos meus noventa e três anos e ultrapassei aquela linha de boias nas praias e fui lá no fundo tudo por causa de uma competição idiota, nunca façam isso, são arrependimentos que me dão vergonha.

De repente sinto uma dor no meu peito me fazendo colocar a mão no região que doía. Não é algo muscular , é uma sensação ruim. Um pressentimento amargo.

Acho que preciso ver noah.

Noah Onn Pov's

Coloco duas caixas de sapatos ao lado da mulher morena que estava sentada no banco de experimentar.

Sara: nossa, que rápido  - me Levanto e suspiro apoiando as mãos na cintura

Noah: pronto pode experimentar.

Ela pega uma caixa na mão e a abre vendo o tênis branco com listras cinzas de veludo nas laterais.

Sara: eu não pedi de veludo, eu pedi bordas de borracha cinza.

Noah: Oi? Não você pediu veludo - Contrário.

Sara: tá de brincadeira? Eu quero borracha, ou eu não pago. E não sei se você se lembra, mas é com meu dinheiro que você paga suas contas, agora vai lá em cima pegar o outro pra mim. E dessa vez de borracha, e se demorar muito eu vou embora  - devolve o sapato na caixa e me devolver.

Eu estou cansada e ofegante, minhas pernas precisam descansar, o suor está estampado na minha cara.

Pego as duas caixas e subo novamente três escadas na direção dos estoques.

Vasculho tudo mas não encontro o bendito sapato.

Desço as escadas novamente com as mãos vazias.

Após olhar aonde a abençoada estava vejo ela conversar com alguém no telefone.

Sara: agora? mas como.... - ela me vê e para de falar e desliga o telefone  - cadê?

Noah: não tem no estoque, acabou.  - cruzo os braços.

Sara: Ótimo, justo pra mim não tem  - ela bufa- me trás aquele vestido ali - aponta para uma peça de roupa preta - só que dá cor branca.

Noah: não tem branca no estoque.

Sara: como você sabe se nem foi lá? Vai, agora.

Revirei os olhos, me virei e subi.

Novamente.

Me sinto ridícula por estar fazendo isso, estou sendo tão idiota ao ponto de estar sendo humilhada pela ex do meu atual, ou por estar sendo humilhada por uma vampira desgraçada, sem noção. Qual o problema dela? Ela é tão insegura assim?

Olho o lugar sem ver nada. Ótimo, como eu já esperava, não tem nada de branco aqui.

A luz se apaga de repente , me fazendo olhar ao redor no breu. Dou alguns passos a frente na esperança de achar o interruptor mas sem sucesso.

Então inesperadamente alguém joga um pano na minha cabeça me sufocando.

Merda, não consigo respirar.

Sinto meu coração acelerar e uma angústia percorrer meu corpo com o toque de um braço que me puxa pra um corpo grande. Tento lutar mas a outra pessoa é mais forte que eu. Alguns minutos se passam e eu começo a ficar ofegante e a perder o ar totalmente.

Estou fraca...não.. con...

Sara pov's Onn

Assim que aquela bastarda sobe as escadas sinto que é o momento perfeito.

Idiota, tão estúpida e ingênua.

Olho em volta no local e vejo as atendentes ocupadas e as clientes vestido e escolhendo roupas. Ótimo.

Pego minha bolsa e subo devagar pelas escadas tentando não chamar muita atenção,  subi rapidamente e vi seis portas, todas escritas com estoque um, estoque dois, estoque três e por aí vai.

Abri o primeiro e não vi nada, abri o segundo e não vi ninguém, abri o terceiro e não vi ninguém, mas assim que abri o quarto lá estava ele.

Sara: Por que não me avisou que estava aqui? Perdi meu tempo te procurando seu imbecil.

Heitor: Calma, aqui é onde tem as caixas de luzes da loja. - observo ele mexer numa caixa cinza de metal não muito grande.

Sara: terminou?

Heitor: agora sim - ele a fecha. - sabe onde ela está?

Sara: no estoque cinco ou seis, cuide do resto, te espero no carro.

Heitor: tá bom, fique na esquina , te encontro lá  - ignoro-o completamente e saio silenciosamente.

Essa vadia vai aprender uma bela lição.

Desço as escadas e vou indo em direção a saída, mas no caminho encontro uma funcionária,  mas que merda.

- Desculpe, mas o que a senhora estava fazendo lá em cima? - ela franze o cenho e me encara curiosa e desconfiada.

Sara: procurando o banheiro, mas pelo visto não o encontrei. Tchau.  - saio de lá sem dar explicações pra mulher e corro até o carro.

Humanos intrometidos,  odeio sua raça.

Abro a porta preta e escuto uma movimentação bruta no banco de trás.

Sara: tá difícil aí? - ligo o carro e vejo ele amarrar as mãos,  pés e tampar a boca da menina.

Heitor: se você me ajudasse. Não é fácil vestir ela com o disfarce e amarra-la.

Sara: lógico que não  - dou de ombros e dou partida no carro

Votem!! Desculpe-me a demora para postar gente.