🐻 Rebecca POV
Acordei de um pesadelo terrível, eu estava transando com a Freen, e pior, gostando. Quando minha respiração voltou ao normal eu olhei ao redor e percebi que estava no mesmo quarto no qual eu acordei algumas semanas atrás. Na cama dela, com o cheiro dela no meu corpo e nua, enrolada em seus lençóis. As lembranças vieram de uma vez e eu tive certeza que não foi apenas um pesadelo. O que eu fiz? Pousei minhas mãos em minha cabeça e me permitir derramar algumas lágrimas. Eu não devia, eu não podia. Vi um bilhete ao lado da cama e o peguei pra ler, bebi o remédio que ela deixou, junto do copo d'água e fui para o banheiro, precisava tirar o cheiro dela do meu corpo, antes que eu surtasse de vez, o que provavelmente não faltava muito pra acontecer. Depois de ir pra a copa, e ter uma breve discussão com a Freen na sala, tomei o café da manhã sem direcionar um olhar pra ela, a dona dos olhos verdes perturbadores. O café passou o mais normal possível, levando em consideração que não era nada normal, tomar café da manhã com a família da aluna que eu odeio e que eu transei a noite passada. Deuses, que merda de confusão. E como eu vou olhar na cara do David agora?
- Quer que eu as deixe em casa agora, Rebecca? – Freen perguntou me tirando dos meus devaneios, e apenas assenti. Me despedi de todos e peguei minhas coisas que já estavam arrumadas desde que eu terminei meu banho. Sofia não gostou muito, mas tínhamos que ir pra casa, o caminho foi feito com as duas conversando animadamente e combinando novos passeios, eu não negaria isso a minha irmã, até por que, depois de quase um ano que meus pais se mudaram para o interior, esse foi o primeiro final de semana que eu vi ela sorrindo de verdade. Freen parou na frente da minha casa e eu desci rapidamente.
- Obrigada, Freen. – falei com um sorrisinho sarcástico.
- De nada, Rebecca. – ela disse e parecia sincero.
- Valeu, Sá. – Sofia disse ao meu lado e foi dar um beijo no rosto da garota dos olhos verdes.
- Vamos combinar mais coisas, Sofi. Até qualquer hora. – ela se despediu da minha irmã e saiu dali, entrei junto da minha irmã em casa e percebi que meus sogros já estavam em casa, não por que eles vieram me cumprimentar, e sim por que os empregados corriam de um lado pro outro tentando agrada-los.
- Foi bem legal, não é, Becky? – Sofia perguntou me fazendo dar atenção pra ela.
- É, foi legal. – falei sorrindo pra ela. Por incrível que pareça, Freen tem razão, Sofia não tem que pagar pelos nossos erros. Mas pensar assim da noite que passamos juntas, me causa uma série de arrepios e um pequeno incômodo.
- Nós podíamos fazer mais vezes. – ela disse mordendo o lábio, mostrando hesitação.
- Você vai sair com a Freen mais vezes, amor. Mas tente não me colocar no meio dessas enrascadas novamente, tudo bem? – ela assentiu com um pequeno sorriso. Ouvi meu celular chamar e o peguei, Sofia saiu do quarto já sabendo que era o David.
- Oi Becky. – ele disse assim que eu atendi.
- Oi amor, tudo bem? – perguntei me sentando na cama e apoiando uma mão atrás do meu corpo.
- Tudo sim, só queria avisar que chego hoje a noite, e queria passar a noite com você. Lembra daquela lingerie roxa que eu te dei? – perguntou e eu assenti. – Poderia usá-la hoje? – eu não gostava muito a tal lingerie em questão, por ser praticamente só um tampa sexo, minúscula.
- Claro. - eu queria agrada-lo de alguma forma.
- Ótimo, me espere só com ela na cama, vou chegar cerca de onze da noite. Tchau, Becky. – ele desligou sem nem esperar eu me despedir. O resto do dia passou como um borrão, e agora estou eu deitada, com minis trajes, na cama de casal e esperando David chegar. E quando enfim ele chegou, quase meia noite, ele cheirava a álcool. – Cheguei, querida. – disse só deixando sua pequena mala de lado, afrouxando sua gravata e deitando em cima de mim. Me dando beijos violentos, e sem o mínimo de tesão, não pra mim. Ele nem olhou a merda da lingerie que pediu pra que eu usasse. Arrancou a própria camisa como um animal, e assim fez com a calça. E eu era praticamente uma boneca inflável ali, deitada na cama. Arrancou também sua cueca e pediu pra que eu tirasse a lingerie, grotesco. No instante seguinte ao que eu fiquei nua, ele veio pra cima de mim já penetrando, gemi, não de prazer, mas dor. Mas ele acreditou que fosse ao contrário e continuou investido rapidamente. O pior é me sentir usada, eu estava ali só pra servir como seu potinho de prazer. Não demorou muito pra que ele chegasse ao seu ápice, soltasse um urro de prazer, como um verdadeiro animal e desfalecesse ao meu lado na cama. Involuntariamente cobri meu corpo com o lençol. Mas o pior aconteceu depois, que eu me peguei pensando em Freen. Nos beijos fogosos, nas mãos aventureiras, no cheiro dela.
Flashback On.
- Eu vou me arrepender disso. – falei olhando em seus olhos.
- Deixe pra se arrepender amanhã. – essa foi a resposta que ela me deu, e eu segui. Os beijos urgentes, o calor que emanava de nossos corpos, mas o que mais me impressionou foi ver a preocupação nos olhos dela. – Quer continuar? – perguntou.
- Deixe pra se arrepender amanhã. – foi o que eu consegui responder antes de sorrir. – Língua, dedos, dedos, língua e orgasmo. – lembrei do que ela havia dito.
- Mas você não sabe o que acontece entre eles. – ela mordeu meu queixo e uma corrente elétrica atravessou meu corpo.
- Então, me mostre.
Flashback Off.
Balancei a cabeça pra afastar meus pensamentos, e prometi a mim mesma nunca mais pensar na noite que tive com a Freen, não houve sentimento, foi apenas algo carnal, não teve significado, eu não preciso dessas memórias.
- Eu te amo. – ouvi a voz do David e me virei pra olha-lo, dormindo, ele falou dormindo, deve estar sonhando.
- Eu também amo você, David. – falei analisando seus traços, e me lembrando da época de escola, onde ele era meu primeiro amor, e lá no meu subconsciente uma vozinha irritante me fez uma pergunta.
Será?
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My Sweet Delirium - FreenBecky
Lãng mạnFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...