🐰 Freen POV
- Então Sofia, o que você faz sozinha em um parque a essa hora da noite? – perguntei e nós duas olhamos pra frente, como se aqueles arbusto fosse nosso refúgio.
- Me diz você. – ela disse e é uma garota esperta.
- Cabeça cheia, resolvi caminhar pra espairecer um pouco. – expliquei.
- Caminhar a meia noite? – perguntou, nós conversávamos, mas sem olhar uma pra outra.
-Eu gosto da noite e da lua, são boas companhias. E você, me conta sobre sua experiência noturna. – falei e ela respirou fundo.
- Espairecer. – olhei de relance pra garota, o que ela tinha de problemas? Só espero que também não esteja grávida, ai é muita criança grávida. – Eu moro com minha irmã, o noivo dela e seus pais. E ele é um perfeito idiota, eu não gosto da casa onde estou, não gosto da escola, acho que parei de gostar até de Miami.
- O noivo da sua irmã te faz algum mal? – perguntei sabendo que ela podia se negar a responder.
- As vezes. – ela respondeu.
- E sua irmã deixa e não faz nada? – eu já estava espantada.
- Ela não sabe, quando ele bebe fica agressivo e já chegou a me bater dizendo que eu não deixo ele viver em paz com minha irmã, e normalmente acaba agredindo ela também. – meu sangue ferveu, que tipo de crápula bate em mulheres?
- E seus pais?
- Não estão mais com a gente. – me senti péssima, os pais dela estão mortos? O quanto essa criança não sofre? O tempo começou a esfriar e eu olhei no meu relógio, quase uma da manhã.
- Vamos, eu te levo pra sua casa, Sofia. – falei e me levantei, ela me encarou por longos segundos e eu estendi a mão pra ela, ela aceitou e eu a acompanhei até sua casa que era no mesmo quarteirão da praça, quando chegamos na frente da grande mansão ela ligou pra irmã e pediu que ela viesse abrir a porta, enquanto a mulher não aparecia eu dei meu número do celular pessoal pra Sofia, falei que era pra qualquer eventualidade e ela entendeu o que eu quis dizer. A porta foi aberta e eu não podia ter susto maior na minha vida, Rebecca Armstrong estava ali na minha frente, apenas com uma camisola branca, eu engoli em seco, claro que ela estava com muito menos roupa do que eu já sou acostumada a ver, mas ainda é a Rebecca idiota Armstrong.
- Sofia, nunca mais faça isso, vai pro seu quarto, eu vou lá conversar com você. – ela nem me notará, e eu estava empacada feito uma mula.
- Não é meu quarto, e sim o quarto de hóspedes. – Sofia respondeu com raiva.
- Que seja Sofia, entre. – a garota se virou pra mim e sorriu, um pequeno sorriso, eu o retribui e vi que Rebecca agora que me notou. Ela estava mais pasma do que eu e Sofia entrou rapidamente. – Freen? – ela perguntou mais tentando se convencer e em um tom bem baixo.
- Senhorita, Armstrong. – disse e me virei pra sair dali, comecei a andar mas fui impedida pelo puxão no braço que eu levei me fazendo virar de uma vez.
- O que você tava fazendo com minha irmã? – a voz mostrava ódio, mas ela sussurrava com medo que alguém naquela enorme casa fosse ouvir.
- Nada, nós só conversamos e eu a trouxe pra casa. – falei puxando meu braço bruscamente.
- Nunca mais faça isso. – ela disse e apontou um dedo no meu rosto e eu segurei o seu pulso com firmeza, ela tentou tirar minha mão com sua outra que estava desocupada, mas eu aproveitei pra segura-la também. Agora ela estava presa, empurrei seu corpo até a parede da casa, prendi seus braços acima da sua cabeça e me aproximei dela.
- Não fale sobre coisas que você não sabe, sua área é a filosofia, professora. – falei e aproveitei pra cheirar seu pescoço, qual é? O cara de ferro é outro, e não eu. – Sabe o que eu to com vontade de fazer novamente? – olhei em seus olhos que brilhavam, mas eu não conseguia diferenciar se era de medo ou ansiedade. Aproximei meus lábios dos seus e os rocei, ela tentou se remexer pra se escapar de mim e com a mão livre que eu tinha segurei sua cintura a prendendo mais a parede e aproximando meu corpo do seu pra a fazer parar, tirei minha mão de sua cintura e segurei sua nuca, nem cinco segundos depois minha língua já estava dentro de sua boca, um beijo desesperado, cheio de luxuria, sabor e vontade, ela relutou no começo, mas começou a retribuir o beijo, eu soltei seus pulsos e ela agarrou meus cabelos, intensificando ainda mais o beijo, deixei uma de minhas mãos em sua cintura, e a outra continuava em sua nuca, ela puxou meus cabelos e isso só me incentivou a intensificar o beijo, nossa línguas brigavam por domínio, uma guerra gostoso, e prazerosa de se lutar, ela deixou que eu o ganhasse. Mas o ar começou a faltar, e meus pulmões a protestarem. Mordi seu lábio inferior e separei nossas bocas, agora inchadas e vermelhas. Nossos corpos ainda próximos, ela ainda segurando meus cabelos e eu com as duas mãos pousadas em sua cintura, as respirações ofegantes, até que ela quebrou totalmente o clima, empurrando meus ombros.
- Você está maluca, Freen? – seu tom de voz era baixo. Ela voltou a me empurrar e eu dei dois passos para trás. – Nunca mais faça isso, você tá entendendo?
- Engraçado, você parecia estar gostando. – comentei e ela deu alguns socos em meus ombros.
- Não repita isso, idiota. Eu não gos... – ela não conseguiu finalizar por que eu a agarrei de novo, iniciando assim um novo beijo, ela correspondeu de imediato, não gostou, sei. To vendo isso. Mas esse não foi tão longo por conta da mordida que ela me deu, machucou.
- Ai, por que fez isso, idiota? – perguntei apertando meu lábio com dois dedos e vendo o sangue logo quando tirei.
- Eu disse pra você não fazer novamente. – ela respirava com dificuldade. – Vai embora, Freen. E não se aproxime da minha irmã novamente. – ela disse e eu me irritei por estar agindo como aquela pé no saco de sempre, esse noivo dela deve ter um membro minúsculo, pra ter um mal humor desses deve estar sendo muito mal comida, isso sim.
- Você não manda em mim, não estamos na escola, REBECCA. – dei ênfase em seu nome e sai andando.
- Eu te denuncio pra polícia. – ela disse um pouco mais alto e eu virei meu corpo sem deixar de andar, agora pra trás, pra sair logo daquele lugar de merda, mostrei meus dois dedos do meio pra ela e saí dali em direção a minha casa.
Assim que cheguei tomei mais um banho e vesti apenas as peças íntimas antes de cair na minha cama extremamente confortável. Garota idiota e arrogante, mas não deixa de ser gostosa e beija bem. Com esse pensamento sorri de lado e acabei dormindo assim, pensando nela, e no quanto ela consegue me irritar facilmente.
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My Sweet Delirium - FreenBecky
RomansaFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...