🐰 Freen POV
Dois meses haviam se passado e eu tenho que confessar. As vezes desligo meu celular durante o dia. Becky não consegue ficar sem me perturbar um pouquinho. Mas ela estranhou o fato do meu celular sempre estar descarregado todos os dias e eu sempre esquecer o carregador do meu celular. E também estranhou o fato de eu sempre estar em reunião. Ai ela arrumou uma técnica ótima. Ligar pra Zendaya e Troye e os mandar passarem o celular pra mim. E foi ai que a merda começou, por que ela descobriu que eu estava a evitando descaradamente.
- Você está me evitando há dias. – ela disse andando pela minha sala, com o tom baixo, eu não posso me estressar por causa da gravidez. É o que ela sempre diz.
- Becky, você tá pegando muito no meu pé, eu só precisava trabalhar direito e não estava conseguindo me concentrar no trabalho. Por que a cada dez minutos eu tinha que parar pra falar com você. Desculpa amor. – falei e ela me encarava com um olhar raivoso.
- Eu só estava preocupada com você e nosso filho. Eu não sabia que estava te atrapalhando tanto assim. – quando ela disse isso eu me arrependi do que eu tinha falo. Aonde eu me enfiei? – Eu saí do trabalho no meio da aula pra falar com você e você diz que eu estou grudenta, que boboca. – ela disse e ficou de costas. Vi ela cruzar os braços e de costas consegui ver o tamanho do bico dela. Me aproximei e abracei seu corpo. Ela logo se afastou ficando um pouco longe novamente. Voltei a abraça-la e beijei o pescoço dela.
- Minha princesa, me desculpa. Me expressei mal, só isso. Eu entendo que você está preocupada. Mas eu preciso de um pouquinho de espaço. Eu não acho ruim seu cuidado, mas eu também sei me cuidar amor. – falei e levei minhas mãos até seus braços pra desfazer o nó que ela fez com eles. – Desfaz esse bico, minha vida. – beijei seu ombro.
- Eu entendo, mas eu só queria saber como você estava. – ela disse e abaixou a cabeça, e eu me senti a pior pessoa do mundo. Eu poderia ter atendido todas as setenta e duas vezes que ela me ligou antes de desligar meu celular.
- O que acha de nos falarmos por mensagem, com alguns intervalos de horas. Por que assim ninguém se prejudica, você também tem que dar suas aulas amor. – falei acariciando seus braços e torcendo pra que ela compreenda e aceite.
- Você vai me responder? – perguntou com o tom manhoso que eu tanto conheço.
- Vou meu amor, se eu demorar é um pouquinho só. – abracei seu corpo e dessa vez ela não fugiu. – Como você conseguiu sair no meio de suas aulas na faculdade?
- Eu disse que Sofia tinha passado mal na escola. Eu fiz errado, não é? Mentir assim é errado. – ela disse e colocou um dedo na boca e ficou corada.
- Fez muito errado. – beijei o pescoço dela. – Isso tudo pra me ver.
- Nem me lembre do motivo que eu vou ficar brava de novo. – ela disse parecendo uma criança emburrada. – Amor, vamos pra casa. Quero ficar agarradinha com você hoje à tarde. Eu to carente. – ela disse e eu nem precisava mais pensar.
- Vamos, meu bem. Vou só falar com o Troye. – falei e ela assentiu, sentou no pequeno sofá que tinha na minha sala enquanto eu ia até minha mesa, desliguei o computador e guardei alguns documentos. Peguei o que ainda precisava ser revisado e pedi ao Troye que resolvesse pra mim. Quando eu voltei até minha sala, vi Becky olhando as fotos que tinha na mesa. Fotos de toda a nossa família.
- Gosto de como você trata a Sofia. – ela disse analisando uma foto que tinha eu ao lado da Sofia e fazíamos caretas para a câmera.
- Eu amo minha cunhadinha. – falei e ela deu um sorrisinho, vindo até mim e enlaçando meu pescoço antes de beijar meus lábios com carinho. Saímos da minha sala e fomos pra casa. Passamos a tarde toda namorando, nada melhor do que estar com ela.
(...)
- Amor, você tá pronta? – perguntei entrando dentro do quarto enquanto comia um sanduíche monstruoso. O que é? Eu to com fome, gravidez da muita fome. E essa desculpa é mais velha que um tiranossauro.
- Só falta eu terminar a maquiagem. – ela disse e eu revirei os olhos.
- Pra que se maquiar as oito da manhã pra ir fazer uma ultrassonografia? – perguntei.
- Becky, eu ainda vou trabalhar. – ela saiu de frente do espelho esfregando os lábios inferiores e superiores pra espalhar o batom.
- Você fica tão sexy nessa calça social. – falei analisando o marcado de sua bunda na calça.
- E você fica um tesão comendo um sanduíche desse tamanho. – ela disse me zoando e eu nem liguei. Terminei meu sanduíche e ela terminou de se arrumar. Saímos do quarto e nos dirigimos a garagem. E assim seguimos até o consultório. Se tudo desse certo nós descobririamos o sexo do bebê hoje.
- Até agora minha barriga não cresceu. – falei analisando.
- Por causa do bebê não, mas pelo tanto que você ta comendo. – disse e deu dois tapinhas na minha barriga.
- Vou falar nada pra você. – falei e não dei bola mais pra ela. Mulher petulante. Chegamos ao consultório e ela me roubou um beijinho. Pronto, já passou a raiva. Eu sou muito pateta. Em alguns minutos nós fomos chamadas, o médico perguntou algumas coisas, e se eu tive enjoos. Até tive, mas a Senhora Roberts me deu um chá que a vó dela ensinou. E deu certo. Falando em senhora Roberts, ela e meu pai saem coincidentemente pelo menos um dia na semana. Nem disfarçam. Mudando de assunto, em uma semana é o aniversário da Lizinha de um ano. Taylor disse que não quer festa por que ela não vai lembrar-se de nada. Garota chata. Sofia até tentou mudar a idéia dela, mas a garota é irredutível. Brid e Lana são melhores amigas, isso é o que elas dizem, eu não sei de melhores amigas que transam. Jenna é babaca pela Lucy, Alíce pela Zendaya e o Troye pela Ari. Disso vocês já sabem.
- Vamos ver o bebê? – o médico disse e eu me direcionei até a cama disposta ali. Ele ligou aquela máquina, pediu que eu levantasse a blusa e abrisse o botão da minha calça. Até parece que eu vou abrir minha calça pra macho. Brincadeira crianças. Ele espalhou aquele gel e colocou o aparelho em cima. Ele explicava tudo de um borrão. Onde ele via braços e pernas ali? Mas meu mundo parou quando ele ligou o som e as batidas do coração invadiram a sala. É o coração do meu bebê. Nosso bebê. Uma vida dentro de mim. Dá pra entender as sensações que isso pode causar? Eu sei que não, só passando por isso pra saber. Becky se aproximou e selou meus lábios com paixão e gratidão. Algo tão pequeno e que representa algo tão grande pra nós duas. É como se fosse o encontro de nossas almas. É difícil até explicar.
- E o sexo, doutor? – Becky perguntou segurando minha mão.
- Não dá pra ver, está com as perninhas fechadas. – ele disse. O bebê sabia que queríamos saber isso e resolver esconder o tesouro. Também, filho da Becky. Teimosia tá no sangue. Que eu não fale isso nunca em voz alta. Por favor!
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My Sweet Delirium - FreenBecky
RomanceFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...