🐰 Freen POV
Becky terminou de esquentar o macarrão e pediu pra que o Chris chamasse as meninas enquanto ela tirava a travessa do forno. Meu pequeno irmão saiu correndo da cozinha.
- Elas transam? – perguntou assim que ele saiu, eu sabia que ela iria perguntar.
- Sim, todo mundo transa vida. – falei pra ver se conseguia fugir logo do assunto.
- E como você sabe disso? – ela perguntou e eu arregalei os olhos, inferno. Pensei em várias desculpas.
- Ah, não sei amor. Apenas deduzir. Elas já tem uns dez meses de namoro. Devem fazer isso, não é? – falei e levantei sem olhar pra ela, pegando logo um prato pra me servir. Fui até a geladeira pegar o suco e enchi um copo.
- Por que será que eu acho que você está fugindo? – perguntou e eu engasguei com o suco que estava bebendo.
- EU? – perguntei e olhei pra ela que assentiu e cruzou os braços. – Olha só, as crianças chegaram. – falei apontando pra eles que passavam pela porta e eu respirei em alívio. – Vamos almoçar. – abrir um sorriso nervoso e fui me sentar. Sentei ao lado da Sofia que dava macarrão pra pequena Eliza. Becky se sentou ao meu lado e eu arrumei suco pra ela, agradar a mesma.
- Mama. – todos nós paramos automaticamente o que fazíamos e nos viramos pra Lizinha. Ela encarava Sofia com os olhos brilhando. – Mama. – ela chamou mais uma vez e Sofia deixou uma lágrima escapar.
- Ela tá mesmo dizendo o que eu acho que ela está dizendo? – Sofia perguntou.
- Mama. – a pequena garota disse mais uma vez batendo palminhas.
- Ela te chamou de mamãe, amor. – Taylor disse e puxou Sofia pra beijar os lábios dela. Eliza olhou pra Taylor e deu um sorriso.
- Mama. – chamou Taylor, que ficou como uma boba parada encarando a pequena. – Mama. – a pequena garota olhou pra Sofia. – Mama. – voltou os olhos pra Taylor.
- Ela chamou vocês duas de mamãe. Que amor. – Becky disse e esticou o braço pra apertar a bochecha da pequena.
- Fala titio. – Chris ficou em pé sobre a cadeira e começou a brincar com a garota. Eliza olhou pra ele por apenas alguns segundos e se voltou pra Taylor e Sofia mais uma vez.
- Mama. – ela disse super feliz e batendo palminhas. Taylor deu um pouquinho de macarrão pra garota de apenas alguns dentes.
- Quero ver o nosso neném nos chamando de mama. – Becky disse com os olhinhos brilhando. E eu fiquei feliz por saber que ela já tinha esquecido o assunto sexo das nossas irmãs. Selei nossos lábios em um longo selinho.
- Vocês já marcaram o pré-natal? – Taylor perguntou. E eu lembrei que não tinha marcado, to muito irresponsável. Tenho que marcar isso essa semana ainda.
- Semana que vem. – Becky disse e eu olhei pra ela. – Já marquei amor, eu sabia que você não ia lembrar. – eu tenho ou não a melhor garota do universo?
- Ainda bem que você também é mãe do bebê, eu não sei cuidar nem de mim. Imagine de uma criança. – falei e beijei seu rosto. – Te amo.
- Own, também amo você. – disse e me deu um longo selinho acariciando meu rosto.
- OH GENTE. Tá todo mundo comendo aqui, vocês podem parar com essa melação por dez minutos inteiros? – Taylor disse estragando nosso momento amoroso aqui.
- Qual é? Não se pode namorar um pouquinho nessa casa? – perguntei beijando todo o rosto da Becky.
- Claro que pode, no quarto de vocês. – Taylor disse e nós rimos. Voltamos a comer todos juntos em meio a risadas e vários Mama's.
(...)
Terminei de escovar os dentes e sequei minha boca. Caminhei em direção a minha cama e liguei a TV. Becky ainda estava vestindo sua camisola, por mim podia dormir nua. Muito melhor. Fiquei admirando seu corpo e vi ela passar seus cremes em suas pernas tão gostosas, acabei mordendo o lábio sem nem perceber.
- Freen para de me olhar desse jeito. – disse e eu ri. Ela veio até nossa cama e se deitou ao meu lado, entrou debaixo do edredom e me puxou pra perto dela. Praticamente subindo no meu corpo. – Amor, você prefere menina ou menino? – perguntou alisando minha barriga.
- Não sei, acho que qualquer um dos dois. Principalmente se parecer com você. – beijei seus cabelos. – E você, tem preferência? – perguntei.
- Também não tenho preferência. Já to feliz só de ter um bebê com você. – ela disse, e eu a abracei fortemente. As vezes eu me pergunto como conseguir alguém tão perfeita como Becky. Claro que ela tem defeitos, até por que ela não seria tão perfeita sem eles. Acho que o que falta em mim eu encontrei nela. São tantos fatores que me levaram até ela que parece que era pra ser. Talvez eu não acredite em destino ou entidades, mas posso acreditar quando se trata do fato dela ter entrado na minha vida e ter tomado conta de algo que antes eu achava ser impenetrável, meu coração.
Provavelmente todos os meus erros era apenas pegadas que acabariam me levando até ela. Se for isso, que bom que eu tenha errado tanto. Becky com seu doce olhar e sorriso tão cativante, melhor ainda é a mistura dos dois. Ela sempre fecha um pouco os olhos quando sorri. Um filósofo, Platão, disse que o amor é uma doença mental, eu devo estar muito mal mesmo, o diagnóstico da esquizofrenia vai vir com carta de recomendação de para qual sanatório eu devo ir. Pensando nisso eu queria ir para o sanatório de Gotham. Batman é legal. É, eu devo estar mesmo doente. Acabei com todo o clima fofo que eu criei com todas as palavras que descrevi antes. Bom, isso por que minha vida é uma comédia romântica. Apenas os romances são chatos e clichês demais. Ei, lembrei de uma dúvida que eu tive essa manhã, será que Becky vai ficar brava se eu perguntar? Mas é que eu nunca vi, e as vezes acho que não.
- Becca. – chamei e ela respondeu com um som nasal. – Você solta flatulências? – perguntei e ela levantou o rosto pra me encarar.
- É o que? – perguntou com uma cara engraçada.
- Se você solta bufa, sabe. Nunca vi você fazendo isso? – perguntei e ela revirou os olhos.
- Você sabe que não pode beber. Vai dormir Freen, eu tava quase pegando no sono pra você me chamar pra perguntar isso. Tem horas que acho que você não bate bem das idéias. – ela disse e voltou a se deitar sobre meu ombro. Eu vou acabar sem ter minha resposta. Era apenas uma dúvida. – E pra você ficar sabendo. Eu sou uma princesa, não faço essas coisas. – ela disse levantando o rosto pra me encarar, voltou a se deitar e se aconchegar no meu corpo. É claro que ela o faz, é que eu nunca vi ou ouvi no caso. Se bem que essa história de princesas não fazerem isso, faz de mim o Shrek. Então isso faz da Becky minha Fiona? Ai deuses, melhor eu ir dormir mesmo, quando não tenho nada pra pensar de importante, só sai merdas desse tipo. Ouvi a respiração da Becky se acalmar e olhei em seu rosto a vendo dormir.
- Boa noite minha pequena Fiona. – falei, sorri baixinho e beijei seus cabelos.
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My Sweet Delirium - FreenBecky
RomanceFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...