🐰 Freen POV
Não demorou muito pra que eu visse o anuncio no jornal, em outdoors, na TV, na internet. Logo as ligações do Henry começaram, não atendi nenhuma, se você acha que estou fazendo algo errado, foda-se. Eu vi o assunto viralizando e várias pessoas comentando, saí da minha cadeira satisfeita com toda a repercussão e fui pra casa. Quando cheguei em casa ainda era final de tarde e meu pai estava lendo seu jornal na varanda, e na primeira página o anuncio da promoção.
- Cinquenta por cento de descontos em todos os produtos? – perguntou sem tirar os olhos das páginas.
- Pois é, promoção relâmpago pra dar uma levantada na loja entre os feriados. – falei e me sentei ao seu lado.
- Só isso mesmo? – perguntou desconfiado.
- Claro, o que mais seria? – perguntei sem olhar em seus olhos sabendo que ele podia me ler a qualquer momento.
- Quebrar os Henry de vez, talvez. – disse e eu engoli em seco.
- E por que eu iria querer fazer isso? – perguntei mantendo minha voz firme.
- Talvez pelo fato que Rebecca se torne uma Henrie futuramente e você está louca por ela? – ele perguntou e eu tive uma crise de tosse, estava ficando sufocada, de onde meu pai tirou isso?
- Claro que não, pai. Nada haver. – falei depois de quase três minutos de tosse.
- Você não me engana, nunca me enganou, não se iluda achando que isso vai acontecer. – ele disse bebendo seu chá que agora que eu vi que estava ali. – Eu acredito na sua competência a frente da empresa, e não vou intervir até por que sei que os Henry estão prestes a declarar falência, depois dessa então. Mas saiba que você foi imatura e que se você acha que vai conseguir o que quer derrubando os outros, está completamente equivocada. – meu pai disse em tom firme, mas sem nem alterar o tom e eu voltei a ser uma criancinha de oito anos quando ele falou da mesma forma por que eu tinha faltado com respeito a professora.
- Desculpa, pai. – falei e ele nada respondeu, e mais uma vez me senti mal em ter decepcionando-o. – Posso ir tomar um banho? – ele assentiu e eu entrei com as mãos nos bolsos e me sentindo a pior garotinha do mundo. Entrei no meu quarto e vi que nem as coisas de Sofia e nem da Rebecca estão mais aqui, fiquei pior ainda. Tirei minhas roupas e me enfiei debaixo da água gelada, esperando que ela levasse todas as minhas dúvidas e confusões. Até que eu me toquei que podia passar anos ali que mesmo assim não teria todas as minhas respostas. Terminei meu banho e vesti a primeira roupa que achei no guarda-roupa, sai de casa avisando que dormiria na Jen. Segui para sua casa, a mãe dela me deixou entrar e eu subi as escadas, entrando em seu quarto, ela deu um grito agudo e estridente tampando sua nudez recém-saída do banheiro.
- QUE INFERNO, BATE NESSA MERDA DE PORTA, PORRA. – ela gritou enquanto eu estava rindo. Voltou para o banheiro e saiu de lá vestida. – O que você quer cara pálida? – perguntou com desdém enquanto penteava seus cabelos. Pense em uma pessoa com criatividade pra criar apelidos, não achará ninguém melhor que Jenna.
-Encher a cara. – falei e ela sorriu cúmplice.
- Opa, é por sua conta, Sarogay. – revirei os olhos. E ela pegou seu celular e pulou nas minhas costas. – Vamos lá cavalinha. – disse e eu ia jogar ela no chão se não tivesse prendido suas pernas em torno da minha cintura. Quando desci as escadas a mãe da Jen riu da forma como estávamos e ela não desceu enquanto não chegamos ao carro.
- Hoje é dia sem fim de noite. – falei e ela entendeu. É um código nosso, poderíamos ficar com quem quiséssemos no bar, mas sem levar ninguém pra cama, por que uma precisava da outra essa noite. E eu precisava da minha amiga. Ela assentiu com a cabeça e fizemos nosso comprimento sagrado. Chegamos ao bar e o lugar estava razoavelmente vazio, claro, é uma quarta-feira a noite, estranho seria se tivesse lotado. Nossas primeiras cinco doses foram juntas, mas depois fomos rodeadas de garotas. O bom do bar gay e que nenhum idiota vem te encher o saco. Jen saiu com duas garotas dizendo que me encontrava mais tarde. Eu levantei meu copo pra ela e uma das garotas ainda continuava ali, olhei pra ela e logo um desejo incontrolável atingiu meu corpo. – Qual seu nome? – perguntei enquanto olhava seu rosto de algo tão familiar.
- Mon. – ela estendeu a mão pra mim e eu a puxei em direção ao meu corpo, não sei se é efeito do álcool, mas tudo parecia gritar que eu precisava dessa garota. Eu podia sentir seu perfume doce e cheirei seu pescoço. Voltei aos seus lábios e dei um breve selinho em seus lábios, quem aprofundou foi ela segurando meus cabelos e não deixando que eu me afastasse dela. Invadi sua boca com minha língua a procura de algo, eu não sabia o que diabos estava acontecendo comigo.
(...)
- Meu Deus, a loirinha era divina, Sá. – Jen disse enquanto entravamos no quarto dela, estávamos meio bêbadas, mas não o suficiente pra nem andar sozinha. – Podíamos ter nos juntado e fazer um grupal. – ela disse e eu ri dela.
- Quero nem saber o que a Lucy vai achar disso. – falei e ela engoliu em seco.
- Nada ué, a gente não tem nada. – falou toda nervosa.
- Arram. – falei com vontade de rir enquanto tirava minha roupa e ia tomar um banho, não tínhamos frescura uma com a outra.
- Não fala nada pra ela, por favor. Não quero que ela fique chateada comigo. – disse entrando no banheiro fazendo um coque no cabelo.
- Tá legal. – falei enquanto me ensaboava.
- E você? Só ficou com a gatinha? – ela disse e um arrepio atravessou meu corpo.
- Foi, ela era legal. – falei e vi que ela estava tirando a roupa. – Jen, ainda estou tomando banho, onde está minha privacidade.
- Vai a merda, minha casa, meu banheiro, sai logo daí que eu quero dormir. – ela disse e veio pro box me expulsando de lá, não tive escolha se não sair e vestir uma roupa dela, e me atirar na cama de casal que tinha em seu quarto.
- Quando foi a última vez que trocaram os lençóis da sua cama? – perguntei só pra ter certeza que ela e Lucy não tinham dormindo sobre os mesmos lençóis que eu estou deitada no momento.
- Hoje, idiota. – falou e sei que já sabia por que eu tinha perguntado. Não demorou pra que ela saísse do banho e tivemos uma pequena discussão por que a bonita queria dormir pelada, mas nem a pau que eu durmo com essa tarada pelada ao meu lado. No final ela vestiu um conjunto de lingerie e se deitou, cada uma virada para o seu lado, e assim se findava um momento nosso entre amigas.
(...)
Ouvi meu celular tocar e o procurei ainda as cegas.
- Alô. – falei e ouvi alguém fungar.
- Freen? – Taylor chamou.
- O que foi, Tay? – perguntei. Me sentei na cama rapidamente e ligando a luz atraindo a atenção da Jen. Comecei a vestir minhas roupas rapidamente. Minha amiga viu minha expressão assustada e levantou esperando que eu dissesse algo.
- Eu... eu to sangrando, não quero perder meu bebê. – ela disse e ouvi-a chorar e soluçar.
- To indo pra casa, Tay. – desliguei o celular e expliquei a situação pra Jen, ela me levou até a porta e eu dirigi feito uma louca às quatro da manhã em direção a minha casa.
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Alguém lembra de uma certa "Konkamon, ou simplesmente Mon" rsrs A atração da Freen cm ela foi imediata, pq será, né? Aqui na fanfic ela vai ser parecida cm a Becky.
E a Taylor, será que vai perder o bebê?
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My Sweet Delirium - FreenBecky
RomansaFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...