My Sweet Delirium - FreenBecky

Agente se vê por ai

    🐰 Freen POV

- Por que você não me disse que as duas estavam juntas? – Rebecca perguntou assim que saímos do quarto. Ela pediu que eu a levasse até o banheiro.

- Por que era uma coisa que Sofia tinha que decidir te falar, eu não tenho esse direito. – falei e ela analisou meu rosto.

- Mesmo assim. Você tinha que ter me falado. – entramos no banheiro e eu fui lavar o rosto.

- Por quê? – perguntei enquanto ela entrava em um box.

- Por que ela é minha irmã, oras. Não é meio óbvio. – falou com a porta fechada e eu me escorei na bancada do banheiro.

- E no que isso me diz respeito a invadir a vida dela e sair espalhando as coisas por ai? Isso não é falta de ética? – perguntei e ouvi-a bufar alto, acabei rindo.

- Pode não dizer respeito a você, mas a mim sim. – ela disse saindo do banheiro.

- Bom, agora você sabe. – falei olhando pra ela de lado.

- Mas eu queria saber desde o começo. – ela disse, eu virei meu corpo e encarei seu rosto pelo espelho.

- Por que tudo isso agora? – perguntei e ela devolveu o olhar.

- Por que são duas crianças, e são garotas. Sabe como isso é complicado? – ela disse e eu ri ironicamente.

- Sério que tá falando isso pra mim? – ela bufou mais uma vez, só faltam os chifres pra ser um touro. Ah claro, e aquilo que parece um piercing enorme no nariz.

- Freen, você entendeu. Isso não vai pra frente. – ela disse e eu a encarei dos pés a cabeça.

- Você diz isso pelo fato delas serem jovens ou por serem garotas? – ela não respondeu minha pergunta. – Por que se for a segunda opção, eu gostaria de te lembrar que você estava me dando e gemendo meu nome a algumas horas atrás. Não tem moral nenhuma pra falar. – ela me encarou com arrependimento nos olhos. – Não acredito que você seja tão imbecil assim, Armstrong. Antigamente eu tinha suspeitas, mas agora você tá me provando. - ela parecia arrependida e se encostou-se à bancada do banheiro.

- Não é isso, eu só tenho medo que ela se machuque. Ela é minha irmã caçula. – talvez seja até por conta do relacionamento que ela tem com David.

- E daí, Taylor também é minha irmã caçula. E não sei se você percebeu, mas Sofia está muito feliz. Claro que pode acabar um dia, a maioria dos namoros acaba. Mas elas estão vivendo o momento. – terminei de falar e ela abaixou a cabeça.

- Você tem razão. Desde que Sofia conheceu vocês, ela é outra garota. Sempre feliz. – ela disse e eu abaixei a guarda.

- Vamos voltar pra lá. – eu disse e ela concordou assentindo com a cabeça.

- Sá, desculpa. – ela disse antes de saímos do banheiro.

- Tudo bem. Acho que é melhor você ir pra casa, tá ficando tarde. – falei sem olhar no relógio. Mas vi que já estava escuro por uma das janelas.

- Vou só falar com eles e já vou mesmo. – eu assenti e entramos no quarto. Taylor ninava Eliza e Sofia o seu lado. – Eu já vou. – anunciou assim que entramos.

- Já? – meu pai perguntou.

- Tá tarde já. – ela disse e ele assentiu. – Sofi, vamos. – ela chamou e a menina olhou com dúvida nos olhos.

- Eu vou ficar. – anunciou.

- Não, os Sarocha tem que descansar. Assim como a Taylor e a Eliza. – disse e Sofia não ficou muito contente.

- Vai Sofi. Você não vai poder ficar no hospital mesmo. Eu vou levar meu pai pra casa e depois volto pra ficar com ela. E na hora da visita amanhã você volta. – falei e ela concordou com um aceno de cabeça.

- Como você consegue? – Rebecca perguntou baixinho e eu dei de ombros. Sofia encheu minha irmã de beijos e acariciou os cabelos da pequena Eliza que dormia tranquilamente.

- Qualquer coisa me liga. – Sofia disse a minha irmã que concordou com os olhos cansados. As duas se despediram e foram embora. Brid entrou na sala pra conhecer a pequena e também ficou encantada. Ela se ofereceu pra levar meu pai pra casa, e isso ajudou muito. Me aproximei da Taylor e peguei Eliza em meus braços.

- Pode dormir, Tay. – ela se deitou direito na cama e em poucos minutos estava em um sono profundo. Eu deixei Eliza no pequeno berço e a embrulhei com a manta rosa. Me sentei na poltrona e assisti aos sonos das duas. Uma enfermeira visitava o quarto a cada duas horas e Eliza acordou duas vezes durante a noite pra mamar. Mas logo dormia novamente. Assim como Taylor. Mas uma noite que passei praticamente sem dormir. Admirando o sono das duas responsabilidades minhas. Quando consegui dormir o sol já estava nascendo.

(...)

- Freen, acorde. – alguém me balançou e eu logo acordei. Vi Jenna na minha frente.

- O que foi, Jen? – perguntei já me levantando procurando minha irmã e Eliza.

- Nada, branquela. Vai pra casa descansar. Eu fico com a Tay. – ela disse e eu a olhei em dúvida. – Anda logo, Freen. Eu já cuidei da sua irmã quando você ia pegar alguma garotinha.

- É, mais agora tem um bebê também. – eu disse e ela revirou os olhos.

- Eu juro que se não sair daqui agora e dormir pelo menos cinco horas antes de voltar, eu vou pegar todos os seus filmes pornôs e as revistas de mulher pelada e vou botar fogo em tudo. – ela disse e eu arregalei os olhos. Era artigo de colecionador.

- Você sabe ameaçar. – eu disse e ela me empurrou pra fora do quarto.

- Caí fora daqui idiota. – ela disse e eu sabia que esse era seu jeito de mostrar que se preocupava comigo.

 Fui até o estacionamento e vi meu carro parado no meio de duas vagas e dei sorte por não ter nenhuma multa. Dirigi até em casa com calma. E quando cheguei tomei um banho rápido e caí na cama, atendendo ao pedido carinhoso da Vero.

(...)

Sentir beijos sendo distribuídos por minhas costas, ombros e nuca. Acordei aos poucos e lembrei que nem roupa eu tinha colocado antes de cair na cama.

- Boa tarde, Sá. – sorri ao ouvir aquela voz.

- Oi, Mon. – falei me levantando e indo pegar uma roupa e a vestindo.

- Vim conversar com você. – olhei pra ela que estava sentada na minha cama e me olhando.

- Pode falar. – eu disse e ela abriu um pequeno sorriso.

- To indo pra Europa. – ela disse de uma vez. – Itália.

- Legal, Mon. Foi o que você sempre quis, não é? – perguntei por ela já ter mencionado que queria fazer um curso no país.

- Sim. – ela disse sorrindo. Me aproximei e sentei ao lado dela. – Mas vou sentir sua falta. – a abracei e beijei seus cabelos. – Você é uma grande amiga. – ela disse e eu sorri. Mesmo ficando a gente construiu uma amizade.

- A gente se vê por ai. – falei e ela sorriu. – Quando vai?

- Em três dias. E eu espero sinceramente que você corra atrás do seu amor. Ouviu bem, olhos verdes? – ela disse e eu revirei os olhos. Sim, ela sabe minha história com Rebecca.

- Deixa de ser chata. E eu vou estar no aeroporto. – falei e ela me deu um selinho.

- Ótimo, tenho que voltar pra casa. Muita coisa pra embalar. – ela disse e nos despedimos. Eu fiz minha higiene e quando desci pra comer alguma coisa Sofia me ligou. Perguntou se eu já estava indo busca-la. A hora da visita estava quase começando. Em vinte minutos eu estava parada na frente da grande casa e Sofia entrou no carro.

- Acelera, to com saudade das minhas garotas. – ela disse e eu ri.

- NOSSAS. Nossas garotas, Sofi. – falei e nós rimos juntas

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Oiê gente 😊 boa tarde 😙