200 mil dólares

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     🐻 Becky POV


Freen fez a inseminação a algumas horas, já estávamos em casa e eu resolvi fazer um sanduíche pra ela. Cheguei ao quarto e a encontrei trabalhando no notebook.

- Amor. – chamei e ela olhou pra mim, mostrei o prato e sorri pra ela.

- A não, Becca. Não to com fome. É o terceiro sanduíche, já foi dois pedaços de bolo, sucos, e você já disse que vai fazer uma sopa de legumes pra mim hoje. Amor só tem três horas que eu fiz a inseminação, se for me fazer comer todos os dias desse jeito, no oitavo mês vai parecer que eu to no centésimo e de quíntuplos. – ela disse e eu revirei os olhos, só quero que ela fique bem alimentada. Eu to mimando ela.

- E se eu comer com você? – perguntei e me sentei ao lado dela.

- Você disse isso da última vez. – ela disse e guardou o computador e me puxou para os seus braços.

- Só mais esse. E depois só o jantar. – perguntei e ela fez bico, sentei em seu colo sem deixar meu peso cair sobre ela e estiquei o sanduíche de peito de peru em direção a seus lábios. Ela os abriu e mordeu um pedaço. Abrir um grande sorriso e ela apontou o sanduíche pra mim que o mordi. E assim de mordida em mordida o sanduíche teve seu fim. – Quer descansar agora? – perguntei acariciando seu rosto.

- Quero um beijinho. – ela disse e eu me aproximei pra lhe dar um selinho. – Só isso? – ela disse e eu grudei nossos lábios em um beijo cheio de carinho. Quando Freen decidiu carregar nosso filho em seu ventre foi a maior prova de amor que eu já tive em minha vida. Ela esteve ao meu lado quando eu descobri ser estéril e mesmo assim quis realizar meu maior desejo, ser mãe.

- Eu tenho que ir trabalhar. – falei e ela fez um bico enorme. – Eu volto as quatro da tarde. – olhei no relógio e constatei que já era dez da manhã, já estava quase atrasada.

- Não pode faltar hoje? – perguntou acariciando minha cintura.

- Já faltei a duas semanas, não posso ficar faltando assim. – acariciei seu rosto e beijei seu nariz.

- Por falar nisso você tem que ir com a Sofia abrir a conta dela, eu tenho que transferir o pagamento dela pra conta com seu nome. – ela disse e eu arqueei uma sobrancelha.

- Ela mora na mesma casa que você, por que simplesmente não entrega pra ela? – perguntei, foi difícil elas me convencerem a isso. Minha irmã tem que estudar em primeiro lugar, e não ficar trabalhando em computadores. Mas elas disseram que era só uma atualização de não sei o quê. E ai eu deixei. Mas controlando os horários da Sofia na frente do computador.

- Não sei se ela teria lugar pra guardar duzentos mil dólares. – disse com naturalidade e eu engasguei com a saliva, ela começou a bater em minhas costas gentilmente. – Amor, o que foi?

- Duzentos mil dólares? Como é isso? De onde saiu todo esse dinheiro? – perguntei e ela riu discretamente.

- Becky, com a atualização do sistema que sua irmã criou, nossos sistemas foram comprados para celulares do exterior. E isso aumentou os lucros da empresa. E quanto você acha que eu tenho em minha conta pessoal? – perguntou e eu parei pra pensar, era a primeira vez que eu parava pra pensar nisso.

- Não sei. – confessei e ela sorriu lindamente.

- Nem eu, amor. – beijou meus lábios com carinho.

- Mas acho um exagero, duzentos mil é muito dinheiro. – falei e ela cheirou meu pescoço e começou a distribuir beijos.

- Você me fez prometer que seria só saldo verdadeiro. E eu to fazendo isso, ela fez a empresa lucrar muito. Só estou querendo lhe pagar o que é de direito dela, minha  gostosa. – ela disse e apertou meus seios. Eu gemi e joguei a cabeça pra trás.

- Vou com ela amanhã, mas agora eu tenho que trabalhar. Você tá tentando me seduzir e me fazer ficar em casa. – falei e ela sorriu amarelo confirmando o que eu já sabia. – Se bem que não seria uma má idéia ficar com você nessa cama. – mordi o lábio imaginando a gente transando e bagunçando todos os lençóis da cama. Até eu ter um clique. – Mas o médico disse que você tem que ficar de repouso pra inseminação da certo, então eu vou trabalhar pra ficar longe da tentação. – olhei em seu corpo e deslizei minha mão sobre sua barriga. – Oh tentação gostosa. – falei e segui em direção ao banheiro, pra resfriar meu corpo fervendo. Quando sai do banheiro Freen entrou dizendo que precisava de um banho gelado. Eu ri dela e me vesti, quando eu estava quase saindo ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha branca. Me aproximei e beijei sua boca apaixonadamente pra me despedir. – Se cuida direitinho, meu amor.

- Vou me cuidar professora, te amo. – ela disse e abraçou meu corpo. Esperei ela se vestir e saímos do quarto juntas, vi Sofia junto com a Taylor meio afastadas, o que é bem raro, tão raro que é a primeira vez que eu vejo. Eu sabia que a Lizinha estava dormindo pelo horário.

- Tchau meninas. – falei e ia saindo quando Taylor me chamou.

- Pode me deixar na farmácia? – perguntou mordendo o canto da boca. Eu assenti e vi minha irmã bufando. Olhei em direção a Freen e por olhares ela me disse que falaria com minha irmã. Pronto já estamos conversando por olhares. Entramos no carro e Taylor parecia nervosa.

- Pode falar, Tay. – falei e ela me olhou hesitante.

- Sua irmã. Ela arrumou uma amiga na escola e eu sei que ela não me trairia, mas a garota fica dando em cima dela e eu tenho ciúmes. E ela acha ruim que eu tenho ciúmes, mas a garota é uma bela de uma folgada imbecil que sabe que a Sofi namora e fica a chamando de amor pra todo lado. E o pior é que pra Sofia ela só é uma amiga carinhosa, dá pra me ajudar. – ela despejou tudo de uma vez e eu arregalei os olhos. Gente, essas adolescentes cheias de problemas amorosos.

- Nossa, calma ai. Muita informação pra processar em pouco tempo. – falei e esperei alguns segundos pra poder voltar a falar. – Mesmo Sofia não tendo uma gota do sangue da Freen elas se parecem muito. E sua irmã é meio lerda pra perceber quando alguém da em cima dela, as vezes eu acho que a mulher pode colocar os peitos pra fora e na cara dela e mesmo assim ela não vai perceber. – Taylor arregalou os olhos e me olhou. – Mas eu também acho que Sofia não te trairia. Ela é louca por você. Mas impõe sua presença. – ela me olhou em dúvida e eu ri. – Amanhã Freen vai busca-los na escola, vai com ela. E ai, você chega na Sofi e mostra de quem ela é. Tem umas garotas que são folgadas mesmo, e temos que mostrar de quem nossas garotas são. – falei e a Taylor sorriu grande.

- Valeu cunhada. Mas mesmo assim, ela ta brava comigo, o que eu faço? – perguntou e eu ri parando em frente a farmácia.

- Só peça desculpas. Minha irmã tem o coração mole demais, vai te desculpar no mesmo segundo. – falei e ela assentiu. – E pra quê queria vir até a farmácia? – perguntei curiosa.

- Nada, foi só uma desculpa pra conseguir falar com você longe daquela casa cheia de gente. – ela disse e eu ri. – Até mais tarde, Becky.

- Até mais tarde, Tay. – acenei pra ela e seguir em direção a faculdade pra dar minhas aulas e pensar na minha garota dos belos olhos verdes e no possível fruto de nosso amor em seu ventre.

My Sweet Delirium - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora