My Sweet Delirium - FreenBecky

O exame é claro

     🐰 Freen POV

Dois meses se passou. E bom, Becky e eu usamos muito o isolamento acústico, mas não foi a mesma coisa. Quando falamos pra nossa família e amigos que decidimos ter um bebê nossa família enlouqueceu, gritos histéricos e cumprimentos de todas as formas. Desde "Tomara que puxe a Becky pra ser bonito" ou "Taylor foi mais rápida" ou "Se for um menino espero que urine em você cara pálida" , sempre digo, tenho os melhores amigos do mundo. Becky e eu decidimos que ela engravidaria, escolhemos um doador com características parecidas com as minhas. Fizemos os exames pra saber quando Becky poderia engravidar a duas semanas e hoje é o dia que vamos buscar o resultado e falar com o médico, que Becky escolheu junto com Ari e Brid. Por falar em Brid, eu tenho a sensação que a vi beijando a Lana um dia desses, quando ela chegou em casa pra auxiliar meu pai. Mas ela não comentou nada e nem eu perguntei. Vou deixar pra questiona-la mais a frente. Alíce pediu Zendaya em namoro no mesmo dia que contamos sobre o próximo Sarocha, deixe-me contar a vocês como aconteceu.

Flashback On.

- Nós temos um anuncio pra fazer, por isso chamamos todos para um almoço. – Becky disse e eu fiquei ao lado dela, segurando sua mão.

- Vocês vão se casar? – meu pai perguntou.

- Ainda não, mas é uma boa idéia, pai. – falei e abracei Becky de lado.

- Vão contar que Freen é a passivona, todo mundo já sabia queridas. – Jenna disse e todos gargalharam, eu peguei uma colher de purê e joguei nela, que parou em seu olho.

- Fala pra eles que eu não sou, Becca. – falei fazendo bico e ela o mordeu.

- Ela não é, e parem de brincar com minha bebezona. – ela apertou minhas bochechas.

- Dá pra falar logo. – Troye disse.

- Freen e eu decidimos ter um bebê. – Becky disse e Ari foi a primeira a gritar. Depois de muita zoação, beijos e abraços voltamos a nos sentar pra comer.

- Hm, quero dizer algo também. – Alíce ficou de pé. – Zen, é, é um bom lugar aqui, não é? – ela perguntou e a morena assentiu sem entender. – É que não existe lugar melhor pra te pedir em namoro sem ser na presença de nossos amigos, praticamente uma família. – ela disse e a morena abriu a boca em descrença. – Minha morena, você quer namorar comigo? – Zendaya demorou alguns minutos pra responder e Alíce já estava ficando branca.

- Amiga, acho melhor você responder ou ela vai desmaiar. – Brid disse e Zendaya explodiu em lágrimas.

- SIM, MIL VEZES SIM. – gritou e se jogou nos braços da Alíce. As duas caíram no chão e se beijaram loucamente. E eu tampei os olhos da Eliza e do Chris. E Becky tampou os meus.

Flashback Off.

- Freen você ainda não se vestiu? – Becky perguntou saindo do banheiro. E eu lembrei que era pra eu ter me vestido, mas na verdade eu estava deitada na cama apenas de roupas intimas.

- Desculpa, amor. Me perdi em pensamentos aqui do que aconteceu nos últimos dois meses. – falei me levantando da cama e vestindo a calça jeans. Ela veio em minha direção e me fez sentar na cama pra poder pentear meus cabelos e eu sorri. – Já pensou que daqui alguns meses vai pentear os cabelos do nosso bebê? - perguntei e ela sorriu de forma doce.

- Já se imaginou trocando fraldas cheias de cocô? – ela perguntou e riu da minha expressão de descontentamento.

- Deixo essa experiência pra você. – falei e a puxei fazendo ela se sentar no meu colo. Beijei seu rosto e seu pescoço.

- Saro, temos que estar lá em uma hora. – falou com os olhinhos fechados.

- É tempo suficiente. – falei já nos girando na cama e ficando por cima dela, nada melhor do que uma rapidinha as sete da manhã, e com Becky então.

(...)

- Estamos atrasadas. – ela disse saindo do carro rapidamente.

- Não estamos nada, ainda temos três minutos antes da nossa consulta. E não fale assim, vou achar que não gostou de nossas rapidinhas. – falei e apertei a bunda dela.

- Esse foi o problema, você é tarada demais. Foram duas vezes, na cama e no banheiro. Já percebeu que sempre que temos que sair você fica cheia de fogo? – ela disse e eu ri olhando pra ela.

- Para de exagero. Já estamos aqui. – entrelacei nossos dedos e fui até a recepcionista. – Rebecca Armstrong. – falei e a moça olhou em uma ficha.

- Vocês serão as próximas. – ela disse com um sorriso nos lábios.

- Obrigada. – saí de lá andando com Becky até as cadeiras dispostas para os pacientes.

- Não gostei dessa recepcionista. – disse revirando os olhos e bufando ao se sentar. Ela mesma pegou meu braço e o levou por cima de seus ombros e pousou sua mão em minha coxa.

- Amor, já percebeu que você não gosta de nenhuma mulher que apenas se aproxime de mim? Não precisa nem ter intenção, você não gosta só pelo fato dela ter uma vagina e respirar o mesmo oxigênio que eu. – falei e ela me encarou com os olhos furiosos, mas com um sorriso nos lábios.

- Como se você fosse diferente com qualquer pessoa que se aproxime de mim. Então estamos quites, amor. – ela disse e eu a encarei com uma sobrancelha arqueada.

- Mas aquele professor babaca estava dando em cima de você. – falei e ela bufou. – Becky eu vi ele cheio de sorrisinhos para o seu lado quando eu fui te buscar.

- Por favor, Freen. Jorge é mais gay do que todos os gays da história. E ele estava perguntando onde eu fiz minhas unhas. Deixe desse seu ciúme sem cabimento, daqui a pouco vão nos chamar. – assim que ela disse o médico apareceu na porta para nos chamar. Entramos e nos sentamos nas cadeiras em frente a sua mesa. Depois dos cumprimentos corriqueiros ele pegou um envelope branco dentro de um armário.

- Rebecca Patrícia Armstrong , certo? – perguntou e minha namorada assentiu, ficaria melhor com um Sarocha no final. Mas resolvemos isso depois. Ele abriu o envelope e começou a lê-lo. Eu nem sabia que era necessário ler tanto assim, por que já não deram o resultado mastigado pra ele? Ainda tenho que trabalhar hoje. Ele passou mais uma folha e leu tudo aquilo, e logo depois mais uma folha. Olhei pra Becky e ela me olhava com expectativa. Já nervosa com tanta demora. Eu tentei mostrar pra ela com um sorriso que estava tudo bem, ele apenas estava olhando o exame e fazendo conta de quais seriam os dias férteis de Becky pra podermos fazer a inseminação. Trouxe sua mão de encontro aos meus lábios e deixei um beijo casto ali, cruzei minhas pernas e finalmente o doutor abaixou as folhas e encarou a nós duas. – Senhoritas, o exame é claro, mas antes tenho que fazer algumas perguntas. – nós assentimos.