Olá, minha pequena

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    🐰Freen POV


Assim que meu pai falou eu acelerei o carro, sai cantando pneu do lugar. Dirigi com rapidez, e fui imprudente algumas vezes, nada demais. Liguei pra o Troye e pedi pra ele ir em minha casa e os levar até o hospital que eu os encontraria. Pelo menos três pontos na carteira eu perdi. Eu fiz curvas fechadas a cento e vinte por hora e ultrapassei vários carros. Foda-se, é minha irmãzinha. Cheguei no hospital e deixei o carro do melhor jeito que consegui. Corri pra dentro e quando fui falar com a moça da recepção eu percebi que estava completamente fora de forma. Respirei fundo algumas vezes pra conseguir falar.

- Taylor Sarocha. – falei e coloquei meu documento em cima da bancada. Ela o pegou com a maior lentidão da história. – Você poderia ser um pouco mais rápida. – eu pedi tentando parecer calma, mas ninguém acreditaria nisso. Ela revirou os olhos e depois de olhar meu documento e verificar algo no computador ela finalmente disse onde minha irmã estava. O problema é que se eu soubesse que seria só isso eu teria entrado sem a ajuda dela, até por que, eu já conheço esse hospital. Quando cheguei no corredor Sofia andava de um lado para o outro no corredor. Meu pai encostado ali perto com a cabeça baixa. E o Troye ao seu lado. – Onde ela está?

- Na sala fazendo alguns exames. – meu pai respondeu. E eu acompanhei Sofia a conhecer o corredor e dar voltas nele. A criança estava adiantada. E isso me assusta. Crianças deveriam chegar com nove meses, certo? É o que eu sei. E ainda faltam três semanas. Então por que a bebê simplesmente não espera a hora certa?

- Desde quando ela tá sentindo dores, Sofi? – a garota parou pra me olhar.

- Ela me disse a pouco que desde as cinco da manhã, mas ela não avisou nada. – olhei no relógio em meu braço e constatei que já são quase duas da tarde. Ficamos ali mais alguns minutos até que o médico apareceu.

- Ela já está com oito centímetros de dilatação, quem vai acompanha-la? – perguntou e Sofia irrompeu sobre nós.

- Eu. – ela disse com uma firmeza que eu não conhecia.

- Tem que ser maior de idade. – o médico disse com um sorriso pra aliviar a menina que deixou seus ombros caírem.

- Eu vou. – falei e o médico assentiu. Me aproximei de Sofia e beijei seu rosto logo colando nossas testas. – Vai ficar tudo bem, Sofi.

- Cuide de nossas meninas, Sá. – ela disse e vi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.

- Eu sempre cuido. – a abracei rapidamente e o médico me guiou até uma sala onde eu tinha que me trocar. Em poucos minutos eu entrei na sala e minha irmã estava deitada, me aproximei dela e beijei sua testa. – Sofia queria entrar, mas não pode.

- O médico disse que uma mocinha queria entrar. – ela sorriu de leve e eu acariciei seu rosto. Várias pessoas com mesmas roupas como as minhas estavam na sala. – Sá. – ela me chamou e eu fiz um som nasal pra que ela continuasse. – Eu to com medo. – uma lágrima escapou de seus olhos e eu senti meu corpo tremer. Eu confesso que também estou com medo.

- Não precisa ficar meu amor, ta tudo bem. Se não estivesse o médico teria avisado. Ela só é apressada como a tia aqui. O que me deixa feliz, por que duas mulheres enroladas dentro de casa é demais pra mim. – falei e ela sorriu fraco e eu segurei sua mão. – Você decidiu o nome? – perguntei e ela assentiu. – E qual vai ser? – perguntei e ela negou com a cabeça.

- Só depois que eu ver o rostinho dela. – ela falou. O médico entrou na sala e eu fiquei em alerta, eu tenho que estar atenta a qualquer problema. Minha irmã teve que fazer muita força e eu quis estar em seu lugar pra ajuda-la. Eu queria poder ajudar. Mas só conseguia dizer que a pequena estava chegando. Depois de algum tempo um choro irrompeu a sala, esganiçado, desesperado. Minha irmã respirou fundo e sorriu grande ao ouvir o choro, assim como eu. A pequena menina branquinha, com poucos fios de cabelo, os olhos fechados, e com pulmões fortes. Uma enfermeira a trouxe até mim e eu tive medo de deixá-la cair. Eu nunca presenciei algo tão bonito como esse momento. Me aproximei da Tay e ela olhou para menina derramando lágrimas. – Olá, minha pequena, Eliza. – minha irmã disse e minhas lágrimas se intensificaram. Ela decidiu colocar o nome da nossa mãe. A pequena teve que ir e eu me retirei da sala. Com lágrimas nos olhos e uma alegria descomunal. Parece que uma filha minha nasceu.

- Ela é linda. – falei e eles respiraram em alívio. Me olhando com ternura. Me aproximei do meu pai e me ajoelhei na frente dela. – E seu nome é Eliza. – meu pai deixou lágrimas caírem e me abraçou com força. Eu correspondi na mesma intensidade. Eu vi Sofia ao celular e logo Rebecca chegou ao hospital nos parabenizando, me abraçou e eu não quis mais solta-la. Mas o fiz. Troye se despediu dizendo que tinha que contar a novidade pra Ari. O médico apareceu dizendo que podíamos visitar minha irmã e depois de muita insistência ele deixou que nós quatro entrássemos. Sofia foi a primeira a ir até o quarto, e quando nós três entramos, as duas se beijavam e Rebecca estava petrificada ao meu lado. – Chega cunhadinha, o sogro tá de olho. – falei e elas se separaram. Sofia percebeu a irmã ainda como uma estátua e ficou vermelha. Eu me aproximei das duas e depois de verificar se Tay estava confortável, olhei pra Armstrong mais velha.

- Vocês? – ela apontou pra Taylor e Sofia. As duas assentem e ela deixou a boca aberta em descrença. – A quanto tempo?

- Três meses. – Taylor respondeu.

- Quatro, Tay. – Sofia disse e minha irmã confirmou.

- E vocês sabiam? – Rebecca perguntou a mim e meu pai.

- Elas nem disfarçam. – meu pai respondeu de um jeito debochado e eu dei de ombros. Rebecca não falou mais nada por que uma enfermeira entrou segurando um embrulho rosa e entregou para Taylor.

- Ela é linda, Tay. – Sofia disse acariciando o rosto da pequena. Meu pai se aproximou e Taylor entregou Eliza em seus braços.

- Sua primeira neta, pai. – meu pai deixou lágrimas rolarem enquanto olhava a imagem de um pequeno e inocente anjo. Não demorou muito pra que meu pai voltasse a entregar a pequena a Taylor. Ela não hesitou em colocar a menina no colo de Sofia que tremia de medo. – Nem deu tempo de fazer nada, mas feliz aniversário, Sofi. – minha irmã disse e os olhos da Sofia brilharam, eu nunca vi sorriso tão grande em seus lábios. Ela se aproximou da Taylor e lhe deu mais um selinho.

- Obrigada, foi o aniversário mais divertido que eu tive. – a menina respondeu ninando a garota em seu colo. Inconscientemente, Eliza segurou o indicador de Sofia e não quis mais solta-lo. Estendi a mão pra Rebecca que se aproximou com receio, eu a abracei de lado e ficamos nós cinco ali, admirando a beleza da recém-chegada a família Sarocha.




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E a pequena Eliza Sarocha chegou 😍 e Becky descobrindo o relacionamento da irmã cm a Taylor!

My Sweet Delirium - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora