Penúltimo Capítulo

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    🐰 Freen POV


Crianças correndo por toda a parte, algumas até desviam de mim, e outras eu o faço. Vi a Ari e me arrastei pra perto dela. A abracei e pousei a mão em sua barriga.

- Oi Ari, como vai seu bebê? – ela está grávida de dois meses. Troye demorou uma semana pra acreditar que era verdade, e isso por que viu o exame de sangue. Ele não é um babaca, só ficou muito surpreso.

- Está bem, com alguns enjoos, mas bem. – ela disse e eu abracei seu corpo pelo ombro. Hoje é aniversário do primeiro ano de Noah. Becky está no meio da bagunça. Por quê? Por que eu a abandonei. Muita criança junta, em piscina de bolinhas, pula-pula, num escorregador, futebol de sabão. Tem gente que diz que aniversário de um ano nem tem graça por que a criança não aproveita. Isso por que a criança em questão não é um Noah Armstrong-Sarocha. Ele brincou em tudo, e me arrastou pra conhecer todos os seus colegas da creche. Becky e eu decidimos que era bom ele iniciar na creche pra se acostumar com pessoas diferentes. Ele pronuncia poucas palavras corretamente, mas mesmo falando errado, a gente entende. Noah pediu pra ir ao banheiro três vezes, e na última vez que eu dei o perdido na Becky. Voltando ao assunto palavras, a primeira que ele disse foi titia. Dá pra acreditar numa coisa dessa. O pior foi as meninas brigando pra saber qual a tia que ele havia chamado. Ele chama Becky de mama e eu de mamãe.

- Amor, vem me ajudar. - Becky me chamou e eu fiz bico pra Ari. Olhei pra trás e ela me olhava com os olhos do gato de botas. Me levantei e fui na direção da minha mulher que pediu que eu olhasse Noah enquanto ela buscava algo pra mim comer. Aparentemente o fato de eu ter tido uma leve anemia a um mês fez ela ficar meio paranóica com minha alimentação. Já estou melhor, mas isso não quer dizer que ela já diminuiu o cuidado. Alíce chegou do meu lado e me estendeu um refrigerante. Becky impôs a regra de sem bebidas alcoólicas no aniversário do menino dela. Brid e Lana estão viajando, elas adotaram isso de ser mochileiras, eu adoro as fotos que elas enviam. Jenna e Lucy sumiram durante todo o dia. Zendaya estava ajudando Becky. Meu pai e Ana estão em lua de mel, a um mês. Chris é o Chris, Taylor, Sofia e Eliza ainda são umas gracinhas. E os quatro estão na minha casa enquanto meu pai não retorna. Alessandro e Simone estão conversando com nossos vizinhos. Eles são apaixonados pelo neto e é totalmente recíproco.

- Mamãe, eu ralei o jolelo. – Noah apareceu com o mesmo bico de Becky e os olhinhos tristes. Olhei o pequeno arranhão no joelho e quase precisei de uma lupa pra poder ver o tal arranhado. Ele é manhoso. Se parece muito comigo, mas o jeito é todo de Mama dele. Me abaixei e assoprei o ferimento quase inexistente e beijei sua testa. Assim que me separei de sua testa, ele correu pra brincar novamente.

- Eu vou pedir Zendaya em casamento. – Alíce disse do nada enquanto eu me levantava. Virei pra ela na hora com cara de surpresa. – Por que tá me olhando assim? Ela é a mulher da minha vida, uma hora isso tinha que acontecer. – ela disse e virou a latinha de refrigerante. Ela enfiou a mão no bolso e tirou de lá um pequeno cantil de inox que sempre vinha acompanhando de bebida alcoólica. Ela o abriu e derramou um pouco em minha latinha. – É pra me dar coragem, mas eu dou um pouquinho pra você. – ela sorriu docemente.

- Só não fique bêbada, ela não aceitará se você nem conseguir ficar de pé. – falei e ela assentiu. Vimos Jenna e Lucy na entrada com caras de imbecis e Jen com uma garotinha no colo. Alíce e eu nos entre-olhamos. As duas já estavam tentando adotar uma garotinha a cinco meses. Elas se aproximaram e o sorriso do coringa da Jen entregava que elas tinham conseguido.

- Essa é a Jordan, nossa filha. – ela falou com os olhos brilhando. Eu nunca havia visto minha amiga tão imbecil, pior que eu na vida com o Noah. – Desculpa termos sumido, fomos resolver as últimas coisas e ela queria conhecer a sorveteria perto da nossa casa. –  piscou pra menina que deu um sorrisinho envergonhado. Jordan tem os cabelos negros e a pele bronzeada, como a da Jenna, os olhos castanhos e um sorrisinho tímido. Talvez pelas pessoas novas e tantas novidades. – Essa é a tia Freen, e a tia Alíce. –  apontou pra nós quando falava.

- Oi linda, quer ir brincar na piscina de bolinhas? – perguntei e a garota assentiu tímida. Chamei Noah e pedi que ele levasse Jordan pra brincar. Meu menino faz amizades rapidamente, então todo animado já levou a menina pra brincar com ele.

- Quantos anos ela tem? – Alíce perguntou olhando na mesma direção que eu, enquanto nossos filhos brincam.

- Quatro, é linda, não é? – Lucy disse abraçando Jen de lado, que ainda olhava a garota como uma pedra preciosa, e eu a entendo. – Vou conversar com as meninas. – Lucy beijou a bochecha de Jen e saiu. Troye chegou ao nosso lado com um pratinho recheado de salgados.

- Só falta você Alí, todo mundo aqui tem um filho agora. – falei e tivemos que explicar para o Troye sobre a Jordan.

- Vamos cortar o bolo. – ouvir a voz da Becky atrás de mim e ela logo me abraçou por trás.

- Vamos amor, ai o pessoal começa a ir embora. – falei e ela me deu um tapa nas costas. Ela me arrastou pra trás da mesa com o tema dos vingadores, tinha bonecos dos personagens ao lado da mesa de tamanho normal. Noah estava animado e era o que mais batia palma. Nosso filho é fogo demais, eu disse que puxou a Becky. Depois do parabéns ele só esperou o pedaço de bolo dele pra ir sentar no colo da avó Simone. É engraçado ele andando com a calça jeans. Noah começou a andar com dez meses, e aos onze nós o ensinamos a usar o pinico. Depois de quase uma hora só os mais íntimos continuavam ali.

- Zen, vem cá. – Alíce a puxou levemente pelas mãos a trazendo pra perto de nós. – Bom, hoje é um dia especial, aniversário do nosso afilhado e eu também quero que seja marcado por outra coisa. –  respirou fundo e olhou a morena. – Vamos começar nossa família? Casa comigo? – perguntou e Zendaya derramava litros de lágrimas, sem exagero.

- Você sabe que eu aceito. – Zendaya a beijou. Era uma coisa que estava predestinado, não o pedido de casamento. Nossa amizade, mesmo depois de tudo estávamos ali reunidas ao redor de algumas mesas, com crianças no colo ou na barriga, como no caso da Ari, parece que tudo nos conectou. Até a forma de como nos conhecemos.

- Mama. – Noah chamou Becky, ele estava em seu colo, ela respondeu com um som nasal. – Eu quelia um ilmãozinho, a gente pode compar um? Podemos usar minha mesada. – ele perguntou e eu encarei minha esposa. Ela me olhou com expectativa e eu a puxei pra beijar seus lábios.

- A gente pode tentar adotar. – falei quando separamos nossos lábios. 

Noah é um garotinho esperto demais, e fiquei feliz em saber que ele não faz a menor idéia de onde vem os bebês. Eu adoraria ter uma menininha com Becky, mesmo sendo adotada. Será nossa filha do mesmo jeito. Acho que a família vai crescer.

My Sweet Delirium - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora