Melhor que comida mexicana

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         🐰 Freen POV


- E ai, conseguiu falar com a professora? – Jenna perguntou assim que sai da minha ala acompanhada pela senhorita Armstrong.

- Claro, usei aquele truque de esbarrar sabe, o que eu te ensinei a uns nove anos, e ainda arrumei umas aulas de reforço no intervalo. – ela e Lucy riram e eu as acompanhei.

- Levando em consideração que a Jen usa esse truque com oitenta por cento das meninas que ela fica eu acho que pode dar certo. – Lucy disse e Jenna fez cara de ofendida.

- Lu, o esbarrão é só trinta por cento do processo, se eu não fosse boa de papo, não rolaria. – ela disse e eu ri das duas.

- Eu sei que hoje vocês vão ficar, quando começa com essa implicância vocês terminam na cama. – eu disse e as duas gargalharam. – Bom meninas, eu até chamaria vocês pra almoçar, mas tenho que ir pra empresa, e vou comer alguma coisa por lá mesmo. – beijei o rosto da Lucy e bati minha mão com a de Jen fazendo alguns movimentos, um cumprimento que fazíamos desde que tínhamos cinco anos de idade.

- Vai lá, empresária. – ela disse com brincadeira.

- Até amanhã, Sá. – Lucy disse e eu entrei no carro saindo da faculdade e indo direto pra empresa, meus irmãos iam embora no ônibus da escola então eu não precisava me preocupar, e qualquer coisa Brid me liga. 

Cheguei na empresa e fui cumprimentada por cada ser que respira e que passava por mim.

- Boa tarde, senhorita Sarocha. – minha secretária Ruth cumprimentou e eu sorri pra ela e devolvi seu cumprimento. – Tem três contratos que precisam de sua aprovação em cima da sua mesa, e o senhor Henry ligou mais uma vez querendo uma sociedade, pediu que a senhorita retornasse. – ela disse e eu bufei, velho chato.

- Muito obrigada. Poderia pedir um almoço pra mim, por favor? – pedi e ela assentiu com seu sorriso habitual. Entrei na sala e abrir alguns botões da camisa branca que eu estava usando, eu sempre deixava uma roupa social no carro pra que quando viesse pra empresa pudesse vesti-la. 

Não sei por que, mas ela impõe respeito. Sentei na poltrona de couro que antes era comandada pelo meu pai e liguei o ar condicionado, vi os três contratos e o recado do Robert Henry. Deixa-me explicar pra vocês quem é esse homem, ele começou a empresa junto com meu pai, os dois estavam crescendo juntos, mas quando a ganância foi maior ele se separou levando seus cinquenta por cento, e começou sua própria empresa, e na época que a corporação Sarocha começou a falir depois da morte da minha mãe, ele estava fazendo rios de dinheiro, por que meu pai era o único concorrente direto da corporação Henry. 

Mas depois do derrame que meu pai sofreu, e eu comecei a comandar a empresa e eu usei toda minha força de vontade para reergue-la, ele perdeu vários clientes, e como eu comecei a importar e exportar produtos a empresa ganhava nome cada vez mais, e em seis meses ganhou o lugar de principal no ramo da informática em todo o país, e agora Robert Henry está caindo cada vez mais, a um mês atrás ele demitiu trinta por cento de seus funcionários. E agora quer subir de novo usando o nome da corporação Sarocha. Eu peguei o papel que tinha o recado de Robert e o ameacei, fazendo virar uma bolinha de papel, joguei na direção da lata de lixo prateada, e acertei em cheio fazendo uma comemoração idiota por ter acertado o alvo. Ouvi duas batidas suaves na porta e permiti a entrada de quem quer que fosse.

- Boa tarde, senhorita Sarocha. – Troye, meus dois braços e as pernas dentro da empresa, e por isso é o vice-presidente.

- Corta essa, Troye. – nós dois rimos e ele se sentou na cadeira em frente a mim.

- Ruth me informou que Robert ligou de novo. Ele não desiste não é? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça. – Semana passada foram dez vezes. – ele disse e foi pegar um copo de água gelada em uma jarra que sempre eu fazia questão de ter na minha sala, por que como quase não saia dali tinha que ter água com fácil acesso pra que não me esquecesse de tomar.

- Dá vontade de trocar os números da empresa, mas não posso, todo mundo tem esses números da corporação Sarocha. – falei e meu amigo apontou para os três contratos.

- Você os viu?

- Ainda não, to com fome demais pra pensar. – falei e ele riu, ouvi mais uma vez batidas na porta e liberei a entrada, Ruth entrou na sala e eu quase a beijei quando vi que ela pediu comida mexicana. Ela se retirou da sala e eu comi, na verdade eu tive que dividir com o morto de fome do Troye, mas tudo bem. – Então, me diz o que você achou dos contratos? – perguntei sabendo que ele provavelmente tinha lido cada um, umas quinze vezes.

- Os dois primeiros estão ótimos, quando você ler vai assinar, mas o terceiro eu achei que teríamos um pouquinho de desvantagem em relação a preço. – ele disse e eu concordei assinando os dois primeiros. – Não vai ler?

- Não, confio em você, e to meio sem tempo hoje, ainda tenho que ver algumas produções. – falei e dei uma olhada no terceiro contrato.

- Vou trazer um cheque em branco pra você assinar. – ele disse e nós dois rimos, nos conhecemos quando tínhamos doze anos de idade na escola, ele por ser mais alto do que a maioria dos garotos de sua idade, sempre me defendeu dos outros garotos, por conta do meu estilo, e foi assim que nossa amizade nasceu.

- Você pode resolver isso do terceiro contrato, por favorzinho? – pedi fazendo carinha do gato de botas.

- O que você não me pede sorrindo, que eu não faço chorando, não é? – ele disse.

- Valeu, Troye. Eu te amo, cara. – levantei e o abracei.

- Claro que ama. – ele disse e beijou meus cabelos, nossa reação é de irmãos mesmo. Ele tem minha idade, mas parece ser mais velho, e ele é amigo da Jenna e Lucy também, fazemos um time imbatível. – E como está seu pai?

- Meu pai tá bem, daquele jeito, mas pelo menos a fala tá melhorando cada vez mais. – falei e ele sorriu.

- E a gata da Brid? – ele sempre teve vontade de ficar com ela, mas ela nunca deu moral.

- Você e essa sua queda por loiras. – falei e revirei os olhos, ele colocou o braço em meus ombros e fomos em direção a porta da minha sala.

- O que eu posso fazer, elas são umas delicinhas. Melhor que comida mexicana. – ele disse e nós rimos. Troye ficou em sua sala e eu fui até a ala de produção da empresa, além de importarmos produtos e peças de outras empresas grandes, também produzimos nossos próprios produtos.



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Como sou boazinha, tá aí mas capítulo pra vcs. Amanhã tem mas.

Boa noite amores, beijos 😘💋

My Sweet Delirium - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora