My Sweet Delirium - FreenBecky

Mudando o mundo

     🐰 Freen POV

- Amor, fica calma. – Becky disse alisando minhas mãos. Tínhamos feito o exame pra saber se eu posso engravidar a dois dias, e hoje viemos pegar o resultado. Entramos no consultório e o médico deu um pequeno sorriso.

- Senhoritas. – ele abriu a gaveta e pegou um envelope. – Senhorita Sarocha? – ele perguntou e nós assentimos. Abriu o envelope e leu por alguns minutos. – Tudo certo. – ele sorriu e Becky me abraçou e logo beijou meu rosto demoradamente.

- Tudo certo? – perguntei e ele assentiu.

- Podemos fazer a inseminação em duas semanas, vamos colher o óvulo de Rebecca e insemina-lo. Logo depois implanta-lo em seu útero. – ele explicou.

- E ai, o bebê. – eu disse e ouvi Becky rir do meu lado.

- Mais ou menos, depois de um tempo faremos um exame pra saber se deu certo. – ele explicou e eu enrijeci o corpo, não pode dar errado.

- Vai dar tudo certo e vai ter seus olhinhos. – Becky disse e beijou meu nariz. Comecei a imaginar um bebê crescendo em mim. Se desenvolvendo, chutando e a hora de sair. Dei um pulo da cadeira e comecei a andar pela sala do médico. Os números não batem. – Amor. – ela se aproximou e me parou, mordi meu lábio em nervosismo.

- Amor, o bebê não vai conseguir passar por aqui. – falei com um jeito nervoso e apontei pra baixo.

- Meu bem, na hora de sair vai crescer, você sabe disso. Só está nervosa. – ela disse e eu imaginei a dor, arregalei os olhos e foquei meus olhos na pequena latina a minha frente. Segurei as suas mãos e as acariciei.

- Você vai estar comigo? – fiz a pergunta que ronda nosso relacionamento. Ela sorriu docemente e grudou nossos lábios.

- Vou estar com você pra sempre. – ela disse colando nossas testas e eu fechei os olhos pra absorver seu perfume e abraçar seu corpo.

- Te amo. – falei e ela beijou meu rosto.

- Também te amo. – ela disse e ouvimos um pigarro. Olhamos para o nosso lado e vimos o médico com lágrimas nos olhos.

- Vocês acabaram de me mostrar que o amor de vocês é tão real. Eu tenho um filho que minha esposa e eu sabemos que é gay desde pequeno. Mas ele tem medo de assumir. Eu preciso ir pra casa e abraçar meu filho e dizer o quanto amo ele do jeito que ele é. – o médico disse e nos acompanhou até a porta, saindo logo em seguida.

- Olha só o que fizemos hoje. Acho que aos pouco estamos mudando o mundo. – a abracei de lado enquanto caminhávamos até o estacionamento.

- Aos poucos conseguiremos mudar o pensamento da sociedade. – ela disse e beijou meu rosto.

(...)

- OLHA SÓ, QUEM EU VEJO. A NOVA FUTURA MAMÃE. – Jenna entrou na minha sala gritando acompanhada da Alíce e do Troye.

- Tenho que dizer pra Ruth não autorizar a entrada de vocês. E ai, o que querem? – perguntei deixando a caneta dourada de lado, sabendo que não trabalharia mais.

- Eu quero um milhão de dólares. – Jenna disse e começou a mexer na minha sala, que mania horrível.

- Nós queremos beber pra comemorar. – Alíce disse abrindo os braços.

- E tenho certeza que se eu aceitar será por minha conta. – falei e analisei os três.

- Por isso eu amo essa garota, ela sempre tem ótimas idéias. – Troye disse e se aproximou pra beijar meu rosto.

- E a mulher de vocês, o que acham disso tudo? – perguntei e olhei no relógio, era pouco mais de cinco da tarde e eles já queriam beber.

- Estão todas na sua casa, parece que elas vão sair também. Ah, e a Lana vai com a gente. – Alíce disse e eu arregalei os olhos.

- Becky vai me matar. – falei e os três riram.

- Ela que a chamou. Parece que a Brid e ela estão se pegando e Becky disse que é pra gente descobrir. – Jenna disse, essa garota é tão curiosa que até vence o ciúmes dela.

- Okay, vou ligar pra ela. – peguei meu celular e apertei o número em minha discagem rápida.

- Oi amor. – a voz dela soou em meio a risos.

- Oi princesa, você tá sabendo que estão tentando me arrastar pra beber? – perguntei e ouvi ela rir.

- Sim, mas olha só. Não bebe muito tá. – ouvi ela se afastar. – Lana vai estar com vocês. – ela sussurrou e eu segurei a risada.

- E você, onde está? – perguntei e ouvi Ari a chamar.

- Viemos pra casa da Ari. Estamos fofocando, comendo besteiras, fazendo as unhas e cabelos. – ela disse e eu ri. – Depois vocês vem pra cá, vamos dormir todos aqui. – engraçado, aparentemente eu fui a última a saber de todos os detalhes.

- Okay. Te amo. – falei e ouvi risinhos dos meus amigos, mostrei o dedo do meio pra eles.

- Eu também te amo, meu docinho. – ela disse e eu sorri toda boba. – Até mais tarde. – me despedi dela e encerrei a ligação.

- E ai, já podemos ir, pau mandando? – Jenna e seu jeito fofo de falar com suas amigas.

- Fica de boa ai, por que se não eu invento a maior história pra Lucy. – ela engoliu seco e eu fiquei de pé. – Vamos. E no caminho vamos resolver algo que ainda ta em aberto. – os três me olharam esperando uma resposta. – Alíce, você ainda não nos falou da noite com a Zendaya depois do pedido de namoro.

- Porra, por falar nisso você demorou em. Até eu fui mais rápida. – Jenna comentou batendo nas costas dela.

- Olha quem fala, quase não foi. Tava se borrando de medo. – Troye disse e Jen ficou vermelha.

- Que eu me lembre você enrolou até o final do jantar, meu amigo. – toquei seu ombro, e ela riu sem graça.

- Olha a branquela que só pediu Becky em namoro, por que ela botou uma pressão. – Alíce disse e me abraçou.

- Eu acho que nós quatro precisamos de um empurrãozinho. – Jen disse.

- O que é uma vergonha, nós quatro desse tamanho precisando de empurrãozinho pra fazer as coisas? – Troye disse e nós rimos.

- Acho que na verdade é um empurrão no nosso caso. – falei e nós rimos. 

Alíce ficou vermelha. Fomos até o bar e lá encontramos a Lana, que nos ofereceu as primeiras rodadas. E assim bebemos bastante, recebemos vários olhares, mas todos nós nos repreendíamos. Sabíamos que nossas garotas nos esperavam na casa da Ari. E assim começamos a falar delas, engraçado. A alguns meses tenho certeza que seriamos o terror dessa balada facilmente, agora conversamos sobre como elas nos mimam. Acho que uma hora ou outra todos viram idiotas bobões apaixonados.