My Sweet Delirium - FreenBecky

Bunny, por favor!

   🐰 Freen POV

A casa silenciosa, todos já haviam ido dormir e eu estava no mesmo quarto da Rebecca e na mesma cama. Olhando para o belo teto da casa de praia. Sabe nunca reparei nele pra falar a verdade. Mas até que é legal. Eu me deitei na ponta da cama com medo de que se sentisse o calor da Rebecca não fosse resistir, ela fez o mesmo pelo que percebi, por que na metade da cama caberiam duas pessoas facilmente. Ela também está acordada talvez admirando a beleza do teto como eu. Por que nós duas somos apreciadoras de tetos. Isso existe? Resolvi perguntar por que já estava me incomodando todo aquele silêncio.

- Por que você quis que eu dormisse aqui e não na sala? – perguntei e ela respirou fundo demorou alguns segundos pra responder e eu já acreditava que ela estava dormindo.

- Seu irmão tem um rato. – ela disse e eu ri. – E tenho muito medo de ratos. – ficamos em silêncio depois disso. – Freen? – me chamou e eu respondi com um som nasal. – Você sabe matar ratos, não sabe? – perguntei e eu não segurei a gargalhada.

- Sei, mas se eu matar o Jorge, Chris nunca irá me perdoar. – respondi e olhei pra ela. Fiquei de lado e ela também e nos encaramos.

- O rato tem nome? – perguntou com uma expressão de dúvida.

- Na verdade ele tem até sobrenome. Jorge Sarocha. – ela fez uma cara engraçada e se arrepiou.

- Freen, eu tenho medo de ratos. – repetiu e eu já estava achando fofo.

- Ele está na gaiola dele, não vai fugir. – ela procurava resquício de mentira em meus olhos.

- Você tem certeza? – perguntou com uma carinha de neném que deu vontade de cuidar.

- Absoluta. – falei com firmeza e puxei o edredom pra nos cobrir direito. Desliguei a luz do quarto e fiquei esperando o sono chegar. Ouvi ela se mexer algumas vezes e logo seu corpo estava colado no meu. Eu sabia que ela ainda estava acordada.

- Bunny, por favor. – ela choramingou e eu abracei seu corpo, de verdade. Ficamos de conchinha e eu aproveitei pra me aproximar e cheirar seus cabelos. Apertei meu braço em sua cintura e colei mais seu corpo no meu.

- Seus cabelos cheiram tão bem. – falei e beijei o emaranhado de fios castanhos. Ela respirou pesadamente e entrelaçou nossos dedos.

- Você vai fazer alguma coisa pra sua irmã? – perguntou acariciando minha mão.

- Sim, amanhã a noite. Mas só você e o papai sabem. – falei e não consegui resistir e beijei sua nuca.

- Bunny, nós prometemos... – ela disse e vi seu corpo se estremecer.

- Eu sei, Becca. – aninhei nossos corpos. – Vamos dormir, é o melhor. – ela fez um som nasal concordando e esperamos o sono nos pegar e embalar em seus braços. E não demorou muito pra que ele nos envolvesse, e em meus sonhos encontrei os olhos cor de avelã mais doces da face da terra. Isso já ta virando masoquismo. Eu não consigo me manter longe e quanto mais perto eu mais me machuco, só de imagina-la se casando com aquele babaca meu coração se contrai.

(...)

Acordei com tanto sono, parecia que não tinha dormido nada. Olhei meu relógio de pulso e constatei que já se passava das oito da manhã, Rebecca não estava mais na cama. Levantei meio dormindo. Com os olhos fechados e segui ao banheiro, abri a porta e entrei meio dormindo ainda.

- Freen, droga. – abrir os olhos na mesma hora e vi a Rebecca tomando banho.

- Becca, desculpa. Eu não... – desci meus olhos por seu corpo molhado. – Caramba. – subi meus olhos e encontrei os seus raivosos. – Eu não ouvi o chuveiro, desculpa. Vou sair. – segui para a porta e ela voltou ao banho, antes de sair ainda dei uma olhada nela de costas e não sei qual era melhor visão. De frente ou de costas. Fechei a porta e voltei a me deitar na cama. Dez minutos depois ela saiu do banheiro e eu corri pra dentro dele, muito apertada. Suspirei em alívio depois de terminar e fui para o box tomar um banho relaxante. Quando saí do banheiro enrolada em uma toalha percebi que estava sozinha no quarto, vesti uma roupa fresca e desci pra tomar café. – Bom dia. – cumprimentei todos que já estavam a mesa. O café foi rápido, até por que todos queriam ir para a praia. E o belo sol deixava o tempo mais propício ainda.

(...)

- Qual é Freen, nada? – Jen perguntou pela quarta vez se eu não tinha rolado nada entre mim e Rebecca.

- Já disse que não, Jen. Deixa de ser insistente. – falei e ajeitei os óculos escuros em meus olhos, observando as crianças na água. Rebecca, Lucy, Ari e Zendaya tomavam sol. Senhora Roberts e meu pai estavam embaixo de um coqueiro. Troye, Jen, Alíce e eu estávamos bebendo algumas cervejas. E observando as garotas que passavam pela praia. Por isso os quatro usavam óculos escuros. Só eu não tinha que dar satisfação a ninguém.

- Alíce, e você com Zendaya, rolou? – Troye perguntou.

- Sexo não, estamos indo devagar. Mais ficamos algumas vezes. Ontem depois de alguns beijos nós dormimos abraçadas. – minha amiga disse e eu ri me lembrando da noite com Rebecca. – E você Jen, vai enrolar pra pedir a Lucy em namoro até quando? – ela engasgou de um jeito e ficou vermelha.

- Nós somos só amigas. Parem com isso. –  disse sem nos encarar.

- Para de ser idiota, Jen. Quando aparecer alguém que queira dar valor nela, você vai perder. – falei e ela bufou.

- Okay, nós estamos ficando sério. – disse e nós olhamos pra ela com dúvida.

- O que diabos é isso? – perguntou Alíce lendo meus pensamentos.

- Não estamos namorando, mas ficamos com exclusividade. Ela não fica com mais ninguém e nem eu fico com mais ninguém. –  explicou e eu revirei os olhos.

- Deixa de ser broxa e a peça logo em namoro. – Troye disse e Jen virou todo o conteúdo de sua latinha de uma vez.

- Vocês tem razão. – ela se levantou. – Eu vou lá. – ela começou a andar em direção as meninas e retornou. – Não tenho coragem. – disse se sentando novamente.

- Jen, deixa eu te lembrar de uma coisa, você se lembra do Mark do último ano do ensino médio? – minha amiga enrijeceu. – Você quase a perdeu, e isso por que ele queria algo sério com a Lucy. Ela só não ficou com ele por que você quase implorou. Vai logo lá. Mostra que você não é tão bunda mole como nós acreditamos. – ela se levantou novamente e caminhou em direção as meninas de forma decidida. Até que enfim Jenna Park, até que enfim. Sorri observando ela se abaixar ao lado da Lucy, essa que levantou os olhos e tirou os óculos escuros, e depois de alguns segundos abriu um sorriso lindo. E não demorou nada pra puxar Vero com uma força pra cima dela e a atacar com um beijo de proporções inimagináveis.

- Mano do céu, que beijo. – Alíce disse e nós dois concordamos. Depois do beijo Jen veio cambaleando em nossa direção com os cabelos todos bagunçados e com o rosto todo borrado de batom e uma cara de imbecil. Na verdade com a cara mais imbecil do que ela já tem normalmente.

- To namorando. – ela disse e começamos a comemorar fazendo um barulho alto chamando atenção das meninas que riram da gente fazendo uma dancinha da vitória.