🐰 Freen POV
- E ai, dormiu com a professora? – Jen perguntou assim que me viu.
- Bom dia pra você também. Eu dormi bem, e você? – perguntei enquanto abraçava Lucy por trás e beijava seu rosto.
- Corta essa e responde logo. – ela puxou Lucy dos meus braços e a abraçou da mesma forma que eu estava a pouco.
- Dormiram juntas, não é? – Lucy sorriu e Jen mostrou o dedo do meio. – A gente dormiu na mesma cama, mas não fizemos nada.
- Como assim? – Lucy perguntou.
- Ela apagou bêbada no meu carro quando eu ia levar ela pra casa, então tive que levar ela pra minha, e quando chegamos ela dormiu, eu deitei do lado dela e acordei apanhando. Tá vendo, por isso eu não gosto de ser legal e ajudar os outros. – expliquei e Jen gargalhou.
- Tá mole em Sarocha. – disse.
- E você por acaso acha que eu ia abusar de uma garota praticamente desmaiada na minha cama? Que graça teria isso? – falei cruzando os braços e revirando os olhos.
- Por falar em tal garota. – Lucy disse apontando com a cabeça, olhei pra trás e vi Rebecca, ela me olhou e seu rosto ganhou uma coloração vermelha, ela desviou e passou o mais longe possível. - Tem certeza que não rolou nada? Ela tá morrendo de vergonha por que então?
- É claro que eu tenho, não tava tão bêbada assim, ela que estava a ponto de não lemb... – bati a mão na minha cabeça. – Por isso ela me bateu, ela acha que a gente fez alguma coisa. Merda, como eu vou explicar que não fizemos nada? – perguntei mais pra mim.
- Eu sei lá, que tal ir falar com ela, aproveita que não tem ninguém lá dentro ainda e provavelmente tem poucos professores também. – Jen disse e eu assenti, deixei minha mochila com ela e corri pra dentro do prédio, o pessoal mal queria ficar dentro das salas no horário imagina faltando quinze minutos pra entrar, tava todo mundo aproveitando o tempo antes de entrar, fui até a sala dos professores e vi que ela não estava ali, perguntei a uma professora que estava ali, não me lembro do nome dela por ela não me dar aula, era alguma coisa com T. Ela disse que ela tinha ido ao banheiro e eu agradeci, corri até o corredor completamente deserto e me encostei na parede ao lado da porta do banheiro esperando ela sair. Esperei menos de dois minutos e ela saiu se assustando ao me ver ali.
- Precisamos conversar Rebecca. – falei e ela respirou fundo tentando fugir, abraçou o próprio corpo, parecia estar em uma luta interna se corria ou se ficava.
- Não temos nada pra conversar Freen. – ela disse desviando o olhar e em nenhum momento olhou no meu rosto. Eu bufei, ela tá parecendo uma criança.
- Nós temos e você sabe, eu preciso te contar uma coisa. – falei e ela finalmente me olhou.
- Não me diga que você tem alguma doença sexualmente transmissível? – eu olhei pra ela incrédula, babaca.
- Deixa de ser imbecil, só meia hora, pelo menos. – ela semicerrou os olhos e bufou, metade da nossa conversa era por meio de bufadas.
- Então fala logo que eu não tenho tempo pra você. – falou e ficou de frente pra mim, eu ainda encostada na parede e ela no meio do corredor com os braços cruzados, uma blusa amarela e uma calça branca que marcava suas belas pernas e pelo que eu podia perceber, principalmente sua enorme bunda. Alessandro fez direito, credo Freen, que pensamento horrível. Eu estou com uma calça preta e uma blusa grafite regata.
- Você tá muito velha pra agir como criança assim, não acha? – perguntei e ela me olhou desafiadoramente, eu sei que brinquei com fogo, não se fala sobre a idade de uma mulher depois que ela passou dos vinte e cinco, mas eu não podia perder essa oportunidade de deixa-la um pouco irritada.
- Se formos discutir sobre minha idade eu posso me retirar, já que eu tenho muita coisa pra fazer, pirralha. – ela disse e eu não pude deixar de sorrir de lado, eu realmente a atingi.
- São somente seis anos de diferença, e a senhorita ainda dá um caldo, Armstrong. – falei e alisei o braço dela, a primeira reação dela foi dar um tapa na minha mão, ela começou a andar e eu puxei seu corpo fazendo ele colar no meu, com minha mão direita segurando seu braço esquerdo e minha mão esquerda segurando sua cintura, ela estava sem escapatória. – Calma, senhorita. A conversa é rápida, eu juro. – meu tom era baixo e eu vi ela engolindo em seco.
- Não tão rápida assim, eu já estou aqui a alguns minutos e até agora você não falou nada de proveitoso. – ela disse encarando meus olhos e eu devolvia seu olhar na mesma intensidade.
- Só quero te dizer que nós não dormimos juntas. – falei e ela arqueou uma sobrancelha. – Quer dizer, dormimos, mas não desse jeito, a gente não transou, se quer nos beijamos, eu acordei na base de tapas atoa. – falei e ela me olhava receosa e a boca aberta demonstrando sua dúvida.
- Como? Por quê? – perguntou.
- Eu te explico, mas temos pouco tempo. – falei e ela assentiu. – Nós bebemos bastante, mas eu ainda controlei por estar dirigindo, você não fez o mesmo, bebia quase tudo que via ou te ofereciam, dançamos juntas e quando eu percebi, você já estava praticamente dormindo em pé abraçada comigo. – ela corou. – Eu fui procurar Alice, mas não a encontrei, então resolvi te levar pra sua casa, mas você apagou no meu carro, eu até tentei te acordar, mas você estava irredutível, te levei pra minha casa e te deixei sentada na minha cama enquanto eu ia ao banheiro e quando voltei você estava só de lingerie e dormindo. Eu só deitei ao seu lado e apenas dormi. – expliquei e ela analisava meu rosto, desde meus olhos até meus lábios.
- Então a gente não transou? – ela perguntou e eu neguei, e juro ter ouvido ela murmurar um "Que desperdício."
- Mas foi engraçado, você conversa enquanto dorme. – falei rindo e ela me deu um tapa no ombro. – To começando a achar que você tem algum fetiche em me bater.
- Acabei de me lembrar de tudo. E não seja prepotente Sarocha. Quando eu acho que você tá melhorando você sempre tem que começar com essas brincadeirinhas idiotas. – ela estava mesmo brava, saiu de perto de mim e ia saindo quando eu a puxei novamente, colei nossos corpos e puxei seu rosto para o meu.
Colei nossos lábios e ela não correspondeu no início, até tentou me empurrar e bater nos meus ombros pra que eu a largasse, mordi seu lábio inferior e ela parou de me bater, apertou meus ombros, e começou a retribuir, pedi que ela cedesse espaço para minha língua e assim ela fez abrindo seus lábios, o encontro de nossas línguas foi algo divino, uma sensação completamente nova e desconhecida, segurei sua cintura com as duas mãos apertando seu corpo de encontro ao meu e ela pousou suas mãos em meu rosto, o beijo era quase violento, uma luta por domínio que nenhuma de nós ainda tinha ganhado. Ela separou nossos lábios de uma vez, olhou em meus olhos e eu vi arrependimento nos seus. Rebecca saiu rápido dali sem dizer nenhuma palavra e eu ouvi o sinal bater, inferno. O pior é que a primeira aula é com ela, quer saber, vou pra empresa trabalhar e me distrair. Uma colega de sala me encontrou no meio do corredor e entregou a mochila dizendo que Jen havia pedido que ela me entregasse, agradeci e sai da faculdade em meu carro com certa velocidade. Por que eu a beijei? Já tava difícil ficar perto dela sem isso, agora então, vai ser insuportável. As lembranças do beijo me invadiram e meu sorriso de lado se fez presente.
- Beija bem. – falei comigo mesma.
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E o 1 beijo FreenBecky saiu, e agora, cm vai ser?
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My Sweet Delirium - FreenBecky
RomansaFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...