🐰 Freen POV
Domingo, dois dias após a última vez que fiquei com a Rebecca. Achei que ficaria melhor se nos afastássemos de vez, mas parece que não está dando tão certo assim. E adivinhem o que eu resolvi fazer. Encher a cara. Não que isso vá resolver meus problemas, mas nada melhor do que sentir o líquido queimando a garganta enquanto pensamos idiotices. No momento estou em um bar próximo ao que me encontrei com a Rebecca algumas semanas atrás e do i wanna know? do Arctic Monkeys está tocando no lugar enquanto eu encaro a vodca no pequeno copo na ponta dos meus dedos.
- Nossos encontros sempre serão em bares e terão bebidas envolvidas? – virei em direção a voz e vi Mon segurando uma garrafa de cerveja.
- É o que parece, quer se sentar? – perguntei apontando para o banco vazio ao meu lado.
- Claro. – ela se sentou e eu virei a dose e pedi mais uma ao garçom.
- Sozinha novamente? – perguntei e ela sorriu de lado.
- Acompanhada pelo álcool, existe companhia melhor? – perguntou com um sorriso travesso.
- Desconheço. – ergui meu pequeno copo pra ela, que chocou o seu com o meu. E por meu copo estar um pouco cheio acabou derramando um pouco de vodca em minha mão.
- Oh, me desculpe. – ela disse e eu coloquei o copo no balcão pra secar minha mão.
- Sem problemas. – quando eu ia pegar um lenço ela puxou minha mão e deslizou a língua por sobre o líquido derramado, minha boca abriu em descrença e excitação ao mesmo tempo. O pior é que meu cérebro fez com que a Rebecca aparecesse no lugar dela. – Duas doses, por favor, garçom. – falei e assim que ele completou o copo eu bebi de uma vez sentindo o liquido percorrer meu corpo. Ela sorriu maliciosamente pra mim. E uma pergunta invadiu a minha mente, por que não? Peguei sua bebida e dei um grande gole pra que a coragem não terminasse. – Uma garrafa de vodca garçom. – pedi e ele logo trouxe, eu paguei tudo o que havíamos bebidos e estendi a mão pra ela. – Vamos?
- Claro. – ela aceitou minha mão e saímos do bar enquanto eu virava a garrafa de vodca na minha boca e deixava a loucura me consumir. A guiei pra dentro do meu carro e entrei junto com ela a puxando para um beijo desesperado e até mesmo alcoólatra demais. Eu não estava para brincadeiras, e não queria fazer amor, eu só queria foder a Mon enquanto o álcool ainda tinha efeito em minhas ações impensadas. Puxei seu corpo em direção ao meu e ela rebolou sobre meu sexo. Enquanto eu beijava seu pescoço. Vi ela beber da vodca. Abrir sua camisa sem pudor arrebentando a maioria dos botões. Apertei sua cintura deixando a marca de meus dedos ali. Ela saiu do meu colo e tirou a própria calça e as peças intimas enquanto eu me livrava de todas as minhas roupas. Talvez nós duas procurássemos a mesma coisa, algo que levasse ao prazer rápido e apenas isso. A puxei e a deitei sobre o banco traseiro do carro, mesmo com o espaço reduzido eu dobrei suas pernas e a fiz ficar totalmente exposta a mim. Penetrei-lhe duramente, sem preliminares, o pouco álcool que tinha em meu sangue não me dava tempo pra tanto. Enquanto meus dedos eram engolidos por ela eu peguei novamente a garrafa de vodca e a virei em minha boca. Será que agora vai ser assim? Pra conseguir transar com outra mulher só se estiver totalmente chapada? Que inferno Rebecca fez comigo? Maldita. Deixei a garrafa no chão, olhei nos olhos da minha companheira procurando pelo avelã mais doces e não o encontrei, estoquei fortemente em busca do prazer súbito que fizesse eu me livrar daquele momento constrangedor. Olhei no rosto da Mon e sua expressão de prazer me causou algo bom. Senti vontade de beija-la e o fiz, sendo correspondida imediatamente, o carro transbordando calor fazendo suor escorrer sobre nossos corpos. Mon empurrou meu corpo e eu fiquei sentada, eu iria perguntar o porquê quando ela se sentou no meu colo e começou a rebolar majestosamente. Segurei em suas nádegas procurando auxilia-la em seus movimentos enquanto jogava a cabeça pra trás e gemia inconscientemente. Mais alguns minutos em meio aquela dança e eu senti meu corpo estremecendo.
- Isso, Rebecca. – gozei demoradamente e senti meu corpo tremular. Senti o peso sumindo do meu colo e ganhei um selinho antes de ouvir o barulho da porta se fechando e o sono me dominar só me dando tempo de trancar as portas do carro antes de apagar.
(...)
- Ei Freen, quando for dormir fora avisa, tive que inventar maior história cabeluda pro seu pai. – Jen começou e eu apertei minhas têmporas, resultado da forte ressaca. – Quer me explicar o que aconteceu?
- Fala baixo, Jen. – falei sussurrando.
- O que aconteceu, Sá? – Lucy se aproximou e fez uma massagem em minhas têmporas.
- Fui pra um bar ontem e bebi todas, transei com a Mon no meu carro, aquela que eu fiquei no bar onde fomos com a Rebecca. Acordei nua, no banco de trás do meu carro com uma garrafa de vodca deitada no tapete do carro vazia. Tive que comprar essas roupas em uma loja de conveniência, assim como esse óculos ridículo que estou usando pra ver se ninguém vê minhas olheiras enormes e ajuda para ressaca não doer tanto por conta da luz. – eu já havia conseguido abrir os olhos e elas me encaravam espantadas.
- E por que chegou de táxi? – Lucy perguntou.
- Levei o carro no lava jato pra higieniza-lo, aquele cheiro de álcool e sexo estava me dando náuseas. – confessei e elas me olharam como se analisassem cada gesto meu. – O que foi?
- Achamos que estava gostando da professora Armstrong. – Lucy disse e a dor da ressaca voltou toda novamente. O sinal tocou e aquele som alto fez minha cabeça querer explodir. Fui até minha sala, até por que, segunda-feira, primeira aula é de quem? Da Rebecca. Entrei e fui para o fundão e me afundei em uma cadeira tentando me esconder do mundo. Ela entrou na sala graciosamente, uma pena que era só maquiagem. Por que eu consegui perceber seus olhos cansados e tristes.
Ela me olhou e parecia que tudo que eu tinha feito noite passada se transformou em um erro descabido. Nossos olhos não se encontraram mais e fiquei com os olhos fechados em quase todo o tempo. Ouvi sua voz em vários momentos, mas parece que estava tão longe. Só voltei a realidade quando senti seu perfume invadir minhas narinas e todo o cansaço me abandonar. Me ajeitei na cadeira e vi ela chegando na minha carteira.
- Parabéns senhorita, Sarocha. – ela disse e colocou meu trabalho em cima da mesa, com um grande A em vermelho na capa. Ela tirou meus óculos e inconscientemente fechei os olhos e abaixei a cabeça. – Não é permitido óculos escuros em sala de aula, sinto muito. – e eu só me perguntei em qual sentido ela usou as duas últimas palavras.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Sweet Delirium - FreenBecky
RomantizmFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...