🐰 Freen POV
Depois da Becky sair com a Taylor eu me sentei próxima a Sofia, ela parecia irritada e foi a primeira vez que a vi assim.
- Tudo bem, cunhadinha? – perguntei e ela me encarou.
- Sua irmã é meio idiota, sabia? – ela perguntou e eu assenti. Até por que a maioria dos adolescentes é. – Pois é, ela cismou que uma amiga da em cima de mim e deu um showzinho hoje. Dizendo que eu devo ta afim da garota, por isso a defendo dizendo que ela não dá em cima de mim. Mas eu tenho olhos, sei quando alguém dá em cima de mim. E não gosto dessa desconfiança. – ela disse de uma vez e eu arregalei os olhos.
- Okay, quer um conselho? – perguntei e ela assentiu. – Não adianta, ela sempre vai ter razão, não adianta você dizer que a garota não dá em cima. Ela acredita nisso e não vai mudar de ideia. É como nadar contra a corrente, não vai chegar a lugar nenhum. Mas e essa garota, tem certeza que ela não dá em cima de você? – perguntei e ela bufou. – Só to perguntando por que talvez você não tenha percebido. Becky diz que a mulher pode sentar no meu colo e tirar o sutiã na minha frente que eu não percebo que ela está me dando mole. – Sofia me olhou de um jeito engraçado.
- Ela só me chama de amor. Mas ela faz isso com todo mundo, e agora Taylor já acha que ela quer meu corpo nu. Mas o lance é que eu só quero o corpo nu da sua irmã. – Sofia disse e arregalou os olhos. – Seu pai tá em casa?
- Pra sua sorte não, ele já deve ter saído pra fisioterapia. – falei e ela murchou no sofá respirando em alívio.
- Eu não gosto de brigar com a Tay. E pra falar a verdade foi a primeira vez que tivemos uma briga. – ela disse e apoiou o rosto em suas mãos. Eu me impressionei, tem cerca de oito meses que elas estão juntas e só uma briga. Eu não consigo, Becky e eu temos que brigar pelo menos um pouquinho. Acho que nos acostumamos a nos alfinetar.
- Você tem certeza que ela não está naqueles dias? – perguntei e ela levantou o rosto.
- Não, ela saiu tem uma semana. – falou e eu analisei o momento.
- Peça desculpas e diz que vai conversar com a garota, dizer que sua namorada não gosta de como ela fala com você. E pronto, não é tão difícil. Se ela achar que você vai fazer o que ela quer você sai ganhando. – falei e ela assentiu.
- São tantas regras assim pra se namorar uma mulher? E como você aprendeu? – perguntou e eu bati de leve em suas costas.
- Se você soubesse como sua irmã é uma mulher complicada, acharia a Tay fácil de lidar. – falei e nós rimos. – Vamos tomar um refrigerante, já que você ainda não pode tomar uma cerveja comigo. – nos levantamos e fomos até a cozinha, pegamos as latinhas e nos sentamos na bancada, senhora Roberts odeia quando fazemos isso. – Falei com sua irmã pra ir ao banco com você, acho que ela vai essa semana.
- Legal, eu tava mesmo querendo comprar um tênis novo. – ela disse e eu ri de sua ingenuidade, a mesma da irmã.
- Sofi, se você quiser vai poder comprar a fábrica. – falei e ela arregalou os olhos, ia perguntar, mas eu bati de leve em seu ombro. – Espere e confie, cunhadinha. Mas sempre lembre, dinheiro não é o mais importante, se você o colocar em primeiro lugar ele fará de você um escravo. Então o use com moderação.
- Tudo bem, dinheiro é bom se soubermos usar. – ela disse e eu assenti.
- Sofi. – ouvimos a Tay chamar e minha cunhada pulou da bancada.
- Vou lá fazer as pazes com ela, valeu pela ajuda. – ela disse e quando ela saiu da cozinha eu fui atrás pra ver a conversa. Não que eu esteja bisbilhotando, só quero ver se Sofia aprendeu. Se bem que vocês eu sei que só querem bisbilhotar mesmo.
- Desculpa Tay. Eu vou conversar com a Emily. – Sofia disse segurando as mãos da minha irmã.
- Tudo bem, amor. – Tay disse e deu um beijinho de esquimó na Sofi. – Eu confio em você, e sei que é só minha. Me desculpe também, é que quando a gente gosta muito sempre tem ciúmes. – Sofia assentiu e elas se aproximaram pra se beijar. O quê? Foi fácil demais. Por que não é assim quando tenho que me desculpar com a Becky? As vezes acho que essas duas tem mais cabeça do que Becky e eu. Sai de trás da porta e fui para meu quarto, se Becky descobre que to dando uma de detetive ela arranca meu couro e faz dele um sofá. Nossa que péssima ideia. Deitei na cama e liguei a TV, uma vantagem de ficar em casa é colocar minhas séries em dia. Durante o dia eu parei pra comer e ir ao banheiro, pra não ter perigo da Becky brigar comigo. Caramba, eu sou muito pau mandado. Até quando ela não tá por perto ainda faço suas vontades.
(...)
- Oi amor. – Becky disse entrando no quarto. E eu estou quase fundida com o colchão.
- Oi. – falei simplesmente e ela me olhou estranhando.
- O que foi? – perguntou e se aproximou beijando meu rosto com carinho.
- To entediada. – falei e bufo alto.
- Quer sair pra algum lugar? – ela perguntou e eu pensei na idéia.
- Você vai me levar pra um encontro? – perguntei divertida. E ela sorriu de lado acariciando meus cabelos.
- Me da a honra? – perguntou e eu gargalhei. A puxei com força e a fiz cair na cama e fiquei por cima dela. Beijei seus lábios com carinho.
- Pra onde vai me levar? – perguntei cheirando seu pescoço e distribuindo beijos e mordidas.
- Se continuar assim vamos ficar em casa. – ela disse e eu me afastei dela.
- A não, to de saco cheio de ficar em casa, eu fiquei vendo TV o dia todo. E sabia que TV não passa nada legal quando a gente não tem nada pra fazer? – perguntei. – Vamos comer fora?
- Sim, comida mexicana. – disse e eu ri, mordi seu queixo com carinho.
- Por que será que não estou surpresa? – perguntei e a vi corando. E me olhar com os olhinhos pidões. – O que quer vida?
- Posso tomar banho com você? – ela perguntou beijando meu nariz.
- Claro que pode, todos os dias. Eu adoro ver você nua. – falei e ela gargalhou.
- Freen você é tão tarada, que eu acho que nem percebe quando está sendo. Já está no seu DNA. – ela disse e eu ri levemente.
- Eu amo você. – colei nossos lábios em um beijo carinhoso. Nossas línguas em uma carícia mútua. Toda vez que nossos lábios se juntam assim eu sinto tanto amor e carinho dentro de mim que nem sei explicar. Separei nossos lábios e lhe dei um último selinho.
- Eu também amo você, Saro. – ela disse e beijou a pontinha do meu nariz. – Vamos tomar banho? – assenti e me levantei da cama, fomos até o banheiro e eu fiquei analisando ela tirar suas roupas. Uma certeza, eu tenho a mulher mais gostosa do mundo.
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My Sweet Delirium - FreenBecky
RomanceFreen Sarocha, uma aluna da faculdade de fisioterapia, que pra não se dar mal em uma matéria resolve dar em cima da professora. Rebecca Patrícia Armstrong, a nova professora de filosofia, que está em um noivado de seis anos, tem um novo desafio, sup...