David Clayton

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     🐰 Freen POV


Taylor teve alta três dias depois, e todos queriam conhecer a Eliza. Mas minha irmã ainda precisava descansar. Então só Sofia ficou em minha casa. E isso por que eu pedi pra Rebecca. Alegando que a garota me ajudaria muito. E pra falar a verdade estava mesmo ajudando. Quando eu chegava em casa Taylor já estava alimentada e Sofia cuida da Eliza de uma forma que impressiona a todos. Sofia passa uma calma pra menina que mesmo quando ela chora, com poucas palavras e um pouco de colo, Sofia a acalma. Os olhos castanhos da Eliza se focam nela, como se Sofi brilhasse ou algo assim. Sai de casa em direção ao aeroporto. O vôo da Mon sai em duas horas e ela já deve estar lá. Ansiosa como estava, não é nenhuma surpresa. Quando cheguei lá foi dito e certo. Ela e seus pais estavam sentados conversando.

- Ei garota. – chamei e ela me olhou vindo me abraçar logo em seguida. – Cadê seus amigos? – perguntei vendo que só estavam seus pais ali.

- Pedi pra ninguém vir, não queria chorar. – ela disse e eu ri.

- Tá animada? – perguntei e ela assentiu.

- Claro não é Freen. É a Itália. Quem sabe eu não conheça uma italiana gatinha por lá. – ela disse e eu ri.

- Achei que estava indo por causa do curso de artes. – falei pra provoca-la.

- E estou, mas as italianas são quentes. – ela disse e nós voltamos pra perto de seus pais. Nosso assunto foi sobre o curso e a cidade onde ela ficaria. França. Mon já está arranhando no italiano. Isso é bom, pelo menos não vai morrer de fome por lá. É estranho pensar que me tornei amiga de uma ficante. Mas é o que acontece. Aconteceu da mesma forma com Lana, não que sejamos melhores amigas. Mas nos damos bem. Eu só me afasto quando percebo que a mulher é louca. Deveria ter me afastado de Rebecca então, por que se tenho certeza é que aquela mulher é louca. Pelo menos um pouco. Mas eu não consigo. O vôo dela foi anunciado e ela se despediu de mim com um selinho. Os pais dela já falaram que queriam que a gente namorasse. Mas não dá. Eu ainda não consegui esquecer a Armstrong. Quando ela se dirigiu ao portão de embarque e se virou para acenar eu descobri com ela parece. Não acredito que fiquei um mês e meio com uma garota que parece com Rebecca. Onde foi que eu me meti? Eu ofereci uma carona para os pais dela. Depois de deixa-los em casa eu voltei pra minha e encontrei toda a trupe na minha casa.

- Olha se não é a nova titia. – Alíce disse com seu jeito exagerado de ser. Taylor estava na sala ao lado da Sofia que segurava Eliza no colo. Cumprimentei a todos. E me sentei ali.

- Onde você estava? – Ari perguntou.

- Fui me despedir da Mon. Ela se mudou pra Itália pra fazer um curso. – respondi.

- Ah, a garota que parece com a Becky. – Troye disse e todos deram pequenas risadinhas.

- Vocês já tinham percebido? – perguntei e todos assentem. – E por que ninguém me disse nada? – perguntei e eles se entre-olharam.

- Não entendemos é como você não percebeu. – Lucy disse.

- Já fez exame de vista esse ano? Tá precisando viu. – Jen disse.

- Concordo com a Jen. – meu pai disse. Tava tão na cara assim e só eu não percebi?

- Vamos mudar de assunto. Cadê a Brid? – perguntei.

- Foi visitar os pais. – Ari respondeu e eu assenti.

(...)

Três semanas se passaram. E o mundo parece estar sem graça. O casamento de Becky é na próxima sexta-feira. E a duas semanas a família Sarocha recebeu o convite do casamento. Eu preferia que ela tivesse nos esquecido. Eu não tenho me sentido muito bem. Por isso deixei a empresa nas mãos do Troye. Devo estar resfriada. Sofia teve que voltar pra casa, por que os pais vieram para o casamento da irmã. Mas ela sempre dá um jeito de escapar e vir ver minha irmã. Hoje é domingo e meus amigos tentaram me tirar da cama. Mas realmente estou indisposta. Só quero dormir.

(...)

Segunda-feira não fiz nada. Só fiquei na cama. Meu pai veio me ver algumas vezes e eu não deixei Taylor vir. Por que se for um resfriado ela pode pegar e passar para a Eliza. Meu pai tentou me convencer a ir para o hospital. Mas eu bati tanto o pé que ele desistiu.

(...)

Terça-feira eu levantei da cama, pro meu pai não ficar insistindo pra que eu vá ao hospital. Foi minha melhor técnica.

(...)

Quarta-feira e eu aproveitei que meu pai tinha fisioterapia o dia todo pra ficar o tempo todo no meu quarto em baixo de um grosso edredom.

(...)

Quinta-feira e não teve como fingir que eu estava bem, não consegui sair debaixo do edredom e meu pai constatou que eu tinha febre. Bebi vários tipos de chás. Remédios e nada da febre abaixar. Mas consegui convencer meu pai de que estava melhorando quando tirei sorrateiramente o termômetro do meu braço. E minha febre milagrosamente abaixou.

(...)

Sexta-feira e eu estou em meio a um sonho perturbador quando alguém me sacode e me acorda. Sentei na cama suando. E vi que era a Brid.

- Você tá mal mesmo em. – ela se aproximou colocando a mão na minha testa. – Freen você mediu essa temperatura.

- Eu to bem, Brid. – falei me encolhendo. – O que veio fazer aqui? – perguntei sem soar mal educada.

- Seu pai me disse que você passou a semana mal e eu vim te ver. – sentou ao meu lado. – Posso saber por que ainda não foi ao hospital? – perguntou com seu jeito durona de quem é médica.

- Não gosto de hospitais. Você sabe disso. – nunca gostei, mais piorou depois da morte da minha mãe.

- E por isso acha melhor morrer em casa? – perguntou e eu bufo.

- Podemos mudar de assunto. To precisando de alguém pra conversar. – falei e ela assentiu.

- Como você está com o casamento da Becky? – perguntou e eu olhei pra ela incrédula.

- Não tem assunto melhor não? – ela se desculpou levantando as mãos. – Me diz, como está seu namoro.

- Ah, tá normal. Ele está fora da cidade, vai ficar duas semanas fora. Coisas do trabalho dele. As vezes eu acho que ele trabalha demais, tem que tirar férias e descasar um pouco. – ela disse e eu assenti.

- E quando eu vou saber quem é esse cara que conquistou seu coração? – perguntei e ela pegou o celular no bolso.

- Ele é muito reservado e tímido. Não gosta nem de tirar fotos, mas olha. Tirei essa quando ele estava dormindo. – ela me entregou o celular e eu travei. Forcei minhas vistas e vi que não era coisa da minha cabeça.

- Qual o nome dele, Brid? – perguntei ainda encarando o celular.

- David Clayton. – ela disse e minha mente começou a funcionar de uma forma maluca. Clayton é o primeiro sobrenome do David Henry. O noivo da Becky. Eu preciso ir atrás dela.

- Brid, esse cara... – eu não sabia como falar, mas sabia que tinha que ser sincera com minha amiga. – Eu sei que você vai se sentir muito mal, não tem como te falar isso sem te magoar, mas esse cara é o noivo da Becky, que está se casando com ela agora. Ele estava enganando vocês duas. – ela pousou suas mãos sobre a boca e deixou lágrimas escaparem. Levantei da cama vestindo uma calça jeans e pegando um casaco. – Eu preciso impedir esse casamento.



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Surpresos? Ou já imaginavam? Será que Freen impedirá o casamento doente?

My Sweet Delirium - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora