Salvar a minha garota

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   🐰Freen POV


Saí de casa discando o número do Troye enquanto entrava no carro.

- E ai, tudo bem, chefinha? – perguntou assim que atende.

- Chego na empresa em dez minutos. Preciso de um helicóptero no heliporto me esperando. – falei.

- E como você acha que eu vou conseguir um helicóptero em dez minutos? – perguntou desesperado.

- Não sei, oferece o triplo do valor se for preciso. Mas eu preciso do helicóptero. – falei e ele bufou.

- Pra que você quer um helicóptero? – ele perguntou e quem bufou agora fui eu.

- Troye, não tenho tempo pra conversar, estou dirigindo. Só consiga o helicóptero. – desliguei o celular e liguei o ar condicionado no quente. Porra de frio em Miami ou em mim. Cheguei na empresa com vinte minutos, por que o transito resolveu me atrapalhar. Olhei no relógio e vi que o casamento começava em dez minutos e com o helicóptero eu chegaria lá em meia hora. Inferno. Que Cronos me ajude. Estacionei o carro na empresa e minha cara de doente devia tá péssima, por que todos me encaravam de um jeito estranho. Peguei o elevador e decidi troca-lo, muito lento. Entrei no último andar e Troye falava ao telefone. Andando de um lado para o outro. Ele desligou e veio em minha direção.

- Dá pra me explicar agora por que quer o helicóptero? – ele perguntou e eu assenti.

- Preciso impedir o casamento da Becky. – ele me olhou de um jeito confuso. – O noivo dela, Henry babaca, é o namorado da Brid. Ele estava enganando as duas. E você não foi convidado para o casamento? – perguntei lembrando que Becky é amiga da Ari.

- Todos nós fomos, mas nenhum foi. É quase um protesto. – ele disse e eu ri. – O helicóptero deve tá pousando ai. Quer que eu vá com você? – ele perguntou com aquele jeito protetor.

- Não, é algo que eu tenho que resolver sozinha. – falei e ele assentiu.

- Freen, você tá bem? - perguntou analisando que eu estava suando e de blusa de frio.

- Eu só estou nervosa. – falei e ele meio desconfiado aceitou. Eu subi até o heliporto quando o helicóptero estava descendo. O piloto desceu me cumprimentando. – Precisamos ir. – falei já entrando, coloquei o cinto e o fone de ouvido. Ele veio logo pra dentro e começamos a voar.

- Pra onde vamos, senhora Sarocha? – ele perguntou e eu bufo alto.

- Salvar minha garota. – falei e comecei a explicar onde ficava. Por ser em uma pequena capela ao lado de um farol.

(...)

Eu olhava o céu, os prédios, as casas, tudo ao meu redor. Qualquer coisa que pudesse fazer o tempo passar, mas não adiantou. Tinha dez minutos que eu estava dentro daquele helicóptero e parecia que tinha pelo menos um dia inteiro que eu estava ali. O tempo estava fechando e eu percebi que logo cairia uma chuva. Parece que tudo resolveu dar errado agora. Quais os empecilhos ainda estariam por vir? Eu comece a contar os segundos junto com o ponteiro maior do relógio. E mais uma vez o ponteiro começava do zero.

- Estamos chegando senhora Sarocha. Mas não podemos descer no farol, por causa do terreno inclinado. – ele disse e eu confirmei. Cerca de sete minutos depois ele pousou o helicóptero. Eu olhei pra onde o farol estava e senti um arrepio passar pelo meu corpo. Febre idiota.

- Estamos a quantos quilômetros do farol? – perguntei enquanto ele descia.

- Cerca de um quilômetro em terreno inclinado. – ele disse e eu assenti. Comecei a andar e ele me chamou. – Senhora, a chuva está começando a cair. E a senhora não parece bem. – ele disse meio hesitante.

- Nada vai me impedir de ir até aquela capela. – falei e ele assentiu dizendo que ficaria ali me esperando se eu precisasse. Comecei a andar olhando no relógio já tinha vinte minutos que o casamento tinha começado. Ela pode dizer sim a qualquer momento. Eu comecei a correr como podia. Mesmo sentindo meu corpo pesado, o frio e uma fraqueza descomunal. A chuva começou a cair e parece que logo será uma tempestade. Eu consegui ver o farol se aproximando cada vez mais. Não diz que sim, Becky. Por favor. Não diz que sim. Minhas lágrimas se misturavam a água gelada lançada sobre meu rosto. Eu passei as mãos sobre o rosto algumas vezes tentando me livrar da água que atrapalhava minha visão. Pisei em uma pedra lisa e acabei escorregando. Me levantei novamente e voltei a andar. Na verdade correr. Eu só preciso chegar ao farol antes do sim. Eu sentia que cairia a qualquer momento, meu corpo já não respondia meus comandos. A capela já estava a menos de vinte metros e eu senti minha visão ficar turva. Um relâmpago cortou o céu, e eu respirei fundo sabendo que tenho que ter apenas um pouco mais de força. Forcei minhas pernas a andar e parei na frente da igreja, vi os dois olhando para o padre. Pisquei algumas vezes tentando achar forças, deixei-me cair de joelhos no chão. E usei minhas reservas para gritar por ela. – BECCA, NÃO SE CASE. – depois disso não vi mais nada. Tudo ficou escuro e a última coisa que eu senti foi meu corpo colidindo com o chão.


    🐻 Rebecca POV


O nervosismo começa a me consumir, eu me atrasei por que nem sabia o que fazer. E só não fugi por que meus pais estavam no quarto comigo. Fui para a igreja junto com meus pais, minha mãe entrou de primeiro e eu fiquei pra trás com meu pai.

- Tá tudo bem, filha? – ele perguntou me olhando enquanto eu ouvia a marcha nupcial.

- Acho que sim. – eu disse soltando o ar preso em meus pulmões. Ele sorriu como se acreditasse que seria apenas nervosismo da noiva. Entramos na igreja com todos nos observando. Noivas não deveriam se sentir emocionadas em seu casamento? Mas eu só consigo sentir um aperto no peito e pensar na Freen. Deixei uma lágrima cair quando parei de frente para o David e ele a limpou. O padre começou a falar e eu não ouvi nada, não consegui. Uma chuva torrencial começou a cair e eu me arrepiei por inteiro. Nenhum dos amigos que eu e ela temos em comum compareceu. Na verdade eles se mostraram bem contra o casamento quando eu falei sobre. Mas ninguém falou nada diretamente pra mim, apenas não vieram. Sofia estava perto da porta como se esperasse uma oportunidade pra fugir dali. Assim como eu.

- Rebecca, você aceita David Henry como seu esposo, para ama-lo e respeita-lo até que a morte os separem? – o padre perguntou. E eu me deixei pensar por algum tempo. Eu realmente quero isso?

- BECCA, NÃO SE CASE. – ouvi aquela voz fez meu corpo arrepiar, olhei pra porta e vi Freen colidindo com o chão. Meu corpo todo reagiu saindo do altar e correndo pelo corredor puxando o grande vestido branco pra cima. Sofia chegou lá primeiro e apoiou a cabeça da Freen em seu colo.

- Freen, acorda. Por favor. – eu disse e toquei seu rosto. – Ela tá queimando de febre. – olhei nos olhos de Sofia e ouvi barulhos de sirenes. Vários carros de polícia chegaram na igreja. Olhei ao redor e pedi ajuda ao meu pai, eu só preciso levar minha menina para o hospital.



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Buuuuuu 😁 surpresa!!

Parece que a Freen conseguiu impedir o casamento hein!!

My Sweet Delirium - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora